Já ontem, estive quase a suicidar-me!

Foi!Há alguns dias da semana em que eu saio às cinco e vou para o Ballet! Mesmo!Para quem já me está a imaginar de tutu cor-de-rosinha, devo esclarecer já que vou para o Ballet levar a Mini Me!A moçoila quer ser bailarina! E quem sou eu para a contrariar… (pelo menos nisto, entenda-se! Quando ela se lembrou que preferia o Hip-Hop ao ballet o caso mudou de figura! Como lhe expliquei, há muitos anos atrás uns senhores importantes juntaram-se me Genebra e fizeram um acordo que diz que a tortura é proibida, logo…)Mas ainda bem que falei em tortura no parêntesis anterior, visto que fui submetido a uma bárbara e cruel tortura. Não, não me espetaram lascas de bambu por debaixo das unhas!Não, mas fui agredido, pelo menos intencionalmente!Eu explico!Não podemos assistir às aulas! No espaço contiguo à sala onde as raparigas (não há lá nenhum rapaz… Go figure…!) têm aulas, existe uma sala! Fora dessa sala existe um telheiro abrigado! E amodos que é isto!Ontem estava frio! Muito frio! Assim que entreguei a Mini Me à professora, fui para debaixo do telheiro esfumaçar-me, sentado num banco corrido, enquanto queimava bateria do meu tele-coiso a jogar solitário! (eu sei há jogos mais interessantes, mas para mim jogos só mesmo no PC)!Já vos disse que estava frio?Pois! Lá voltei eu para dentro da abrigada sala quentinha! Jogar solitário num lado ou no outro vai dar ao mesmo, certo?Errado!Sou o único gajo que aparece por ali! O resto são tudo mães e avós!Vocês fazem ideia do que é ouvir as avós durante quarenta e cinco minutos a falar dos últimos desenvolvimentos das telenovelas que elas afirmam quase não ver mas das quais conhecem os diálogos de cór?É mau! É muito mau!Mas pior mesmo é levar com as mães a falar da agitada e completa agenda social das filhas, das festas onde vão e a criticar, de forma positiva ou negativa (sim que um critica pode ser ambas as coisas) as festas a que as filhas têm ido, assim como discutiam o que planeavam para as festas das suas filhas!*oda-se!Ainda bem que não tinha nenhuma arma comigo!
Mesmo assim ainda fiquei a pensar se conseguiria fazer uma rotura da jugular com a ponta da caneta que tinha no bolso…
(e pensar que tenho de aturar isto duas vezes por semana...)