Os dias mais estranhos - 16. Ir (abalar, figurar, ocorrer acontecer)

Quando chegamos a minha casa, eu e a Andreia saímos do carro. A Mónica deixou-se ficar pesadamente no banco de trás. ir-Acho que bebi demais! – Acabou por dizer. Respirou fundo e fez uma pausa. –Leva-me a casa. – Disse-me. – Não tou em condições de conduzir.-Então e o carro…?-Amanhã logo se vê. Podias ficar tu por lá e amanhã vinha para cá contigo para o vir buscar.-Já viste o trabalho? Por que é que vocês não ficam por cá? Podem ficar as duas na minha cama, que é de casal, e eu durmo no sofá…-Amanhã o Francisco vai-me ligar logo de manhã e eu vou ter que estar em casa. A minha casa é grande, ficas tu por lá à vontade, se quiseres passas o dia com a Andreia e depois eu venho contigo.-Anda. – Disse a Andreia. – Tens que admitir que a ideia dela é razoável…-Tá bem, - disse a contra-gosto – eu vou.Arrancamos logo em seguida. Durante o caminho a Andreia ia cantarolando as musicas que iam passando na rádio. Volta e meia olhava pelo espelho para a Mónica que parecia dormitar no banco de trás, embora desse sinal de vida de vez em quando cantarolando junto com a Andreia. Eu entretanto fui-me perdendo em pensamentos enquanto as marcações da estrada passavam rapidamente.
Não podia deixar de olhar de relance para a Andreia e admirar-me com a sua beleza. E depois olhava para a Mónica e pura e simplesmente parava a olhar para ela. A sua languidez do sono fazia-a parecer ainda mais sensual. Enquanto me perdia nestes pequenos gestos de pura adoração por estas duas mulheres que estavam comigo a estrada voou por baixo do carro e chegamos ao nosso destino. Era 01:00 da manhã…
 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on November 03, 2015 00:37
No comments have been added yet.