Ainda acerca de editoras e coisas afins, e para fechar o assunto em definitivo,…
…conto-vos mais uma pequena história.Uma vez que eu nunca tive (e continuo a não ter) pretensões a ser chamado de escritor ou coisa que o valha, nunca depositei expectativas naquilo que escrevi e escrevo. Não é para mim um orgulho desmesurado ter em casa uma estante com livros com o meu nome na capa, nem é coisa de que eu faça gala quando tenho visitas em casa.Não quer isto dizer que não me orgulhe do que escrevi, ou escrevo. Acho que uma ou outra coisa até têm a sua piada, mas orgulho-me de o ter feito, não de ter sido editado!Como tal, não tendo eu qualquer expectativa em relação à edição das obras, é seguro dizer que em nenhum momento me senti defraudado pelo facto de serem mais ou menos divulgadas, de venderem mais ou menos……para ser franco, nem sei o quanto alguma delas vendeu e , sendo absolutamente sincero, nem me importa!Mas, com o “Treta de cabos” a coisa já era algo diferente! Não que quiséssemos, quer eu enquanto autor do livro, quer a banda, ganhar algum dinheiro com o livro/CD. Temos perfeita noção da realidade e o objectivo não passava de todo por aí!Não vou entrar em detalhes, mas posso apenas dizer que as coisas não correram, de todo, como tinham sido planeadas. E neste caso não estavam as minhas expectativas em questão, mas as de cinco pessoas, com cinco sensibilidades diferentes.Não tendo as coisas corrido bem, e tendo nós, logo à partida, gravado 2 álbuns, com o objectivo de fazer um segundo livro de crónicas para acompanhar o segundo CD, havia que encontrar uma solução.Tendo nós falado sobre os objectivos que teríamos, e começando a discutir as soluções possíveis, eis que uma pessoa amiga sugere e serve de ponte alguém que fundou uma editora precisamente por se ter esbarrado no mesmo tipo de problemas que nós tentávamos contornar.E foi assim que, através dessa pessoa e com o apoio da mesma, conheci as Edições OZ, da poeta Paula Oz.Uma pequena conversa onde lhe apresentei o projecto levantou algum interesse da parte dela, conversas posteriores confirmaram esse interesse e a vontade de executar o projecto, e, para minha grande surpresa, mesmo antes de tudo estar firme, de pedra e cal, mesmo antes de eu conseguir falar com os restantes membros dos XXL Blues para lhes dar conta da evolução e obter a confirmação de que seguiríamos por este caminho, as Edições OZ anunciam com pompa e circunstância a colaboração com os XXL Blues e, com base nas conversas que tínhamos tido, anunciam o lançamento de “Treta de Cabos II” para o mês de Novembro do passado ano.Fui apanhado de surpresa por esta divulgação em pleno metropolitano de Lisboa por um telefonema do meu anterior editor a perguntar, com razão, diga-se:-Atão, pá? É esta a consideração que te mereço?Claro que isto tudo levou a que tivéssemos a conversa que devíamos ter tido. Infelizmente não a tivemos nos moldes em que devíamos ter tido.Mas, adiante, começaram a ser planeadas algumas coisas, o livro ficou pronto, cheio de ilustrações do Sr. Carlos Bernardino, a formatação foi feita por mim, a capa também, com base nos desenhos do mesmo……o livro foi entregue pronto bastante a tempo do lançamento em Novembro.Entretanto começamos a ver opções para fazer o lançamento.Devo dizer que nunca foi fácil falar com a editora, e eu não sou propriamente um gajo chato, pelo que só tentava entrar em contacto quando era estritamente necessário à evolução do projecto.Já dentro de uma lógica de divulgação, falaram-nos da possibilidade de irmos actuar a alguns dos eventos da editora, o que era absolutamente lógico. Perguntam-nos se estaríamos interessados em ir tocar na futura apresentação de uma colectânea de poesia para a qual ainda não havia data, coisa a que acedemos de imediato, com a condição de, visto que alguns dos membros têm mais projectos musicais e pessoais e há que conciliar os calendários, fossemos avisados atempadamente para nos podermos organizar.O aviso surgiu quase em cima da hora, sendo impossível a presença da banda, devido a compromissos já assumidos. No entanto, e ainda assim, acabamos por ir em formato de trio (os que estavam disponíveis) mas, tendo sido o evento no sábado e após inúmeras tentativas de contacto, apenas conseguimos saber a hora e local exactos na véspera do evento.Chegamos à hora que nos disseram para estarmos no palácio fóz para descobrirmos que não tinha ainda chegado ninguém da editora.Oferecemos o Som, oferecemos a nossa actuação.Dessa tarde há duas coisas a registar:-O gozo enorme que me deu estar a tocar rock dentro da biblioteca do Palácio Foz com um recital de música clássica a decorrer a dez metros de distância-A total falta de respeito das pessoas presentes por nós (o que não é de estranhar, uma vez que o respeito que tinham umas pelas outras também não era grande – e os roqueiros rebeldes ali éramos nós, os únicos deslocados naquilo que era uma festa de gala, prova provada que os hábitos não fazem os monges), bem como a falta de consideração da própria editora pela nossa presença (gratuita e disponibilizando o material de som, relembro), tendo a única palavra de agradecimento à nossa presença sido feita por alguém que nem pertence à editora (forte abraço, Emanuel, que estavas quase tão divertido com aquela “charada” como eu), coisa que deixou o meu baterista ao rubro e com razão!Entretanto, a primeira hipótese que pusemos em cima da mesa para a apresentação não se concretizou, mais dificuldades em comunicar com a editora atrasaram todo o processo e já na segunda metade de Novembro a editora compromete-se em marcar datas nas FNAC´s para algumas apresentações e eu contacto alguns locais e a própria Câmara Municipal do Seixal (zona onde residimos e onde temos, por enquanto, a maior fatia dos nosso fãs) a fim de resolver o problema do local do lançamento.Resolvidas todas as questões, como é óbvio tento entrar em contacto com a editora……e até hoje não houve qualquer resposta. Os telefonemas não são atendidos, as mensagens não são respondidas e os e-mails também não!
Entretanto o livro está lançado, disponível mundialmente, está a vender……sem nenhuma chancela!
Tenho tentado entrar em contacto com a editora desde antes da disponibilização do livro para dar conta de que não estamos interessados em trabalhar com pessoas sem palavra e sem consideração pelo trabalho dos outros. Pessoas que nem sequer têm a coragem, a hombridade e o carácter de dizer, cara a cara “Afinal repensei a situação e não estamos interessados neste projecto” coisa perfeitamente natural. Infelizmente não lho consigo dizer, uma vez que continua sem responder às tentativas de contacto.Mas, como ao contrário dela eu tenho o caracter, a hombridade e até, pasme-se, a distinta lata de dizer as coisas como são na cara das pessoas, pode ser que um dia destes a Srª Paula Oz conte com a minha presença num dos seus eventos onde poderá ouvir da minha boca o que penso dela e de pessoas como ela!
Até lá ficam estas palavras que servirão ou não de aviso à navegação…...e quem avisa...
Entretanto o livro está lançado, disponível mundialmente, está a vender……sem nenhuma chancela!
Tenho tentado entrar em contacto com a editora desde antes da disponibilização do livro para dar conta de que não estamos interessados em trabalhar com pessoas sem palavra e sem consideração pelo trabalho dos outros. Pessoas que nem sequer têm a coragem, a hombridade e o carácter de dizer, cara a cara “Afinal repensei a situação e não estamos interessados neste projecto” coisa perfeitamente natural. Infelizmente não lho consigo dizer, uma vez que continua sem responder às tentativas de contacto.Mas, como ao contrário dela eu tenho o caracter, a hombridade e até, pasme-se, a distinta lata de dizer as coisas como são na cara das pessoas, pode ser que um dia destes a Srª Paula Oz conte com a minha presença num dos seus eventos onde poderá ouvir da minha boca o que penso dela e de pessoas como ela!
Até lá ficam estas palavras que servirão ou não de aviso à navegação…...e quem avisa...
Published on February 06, 2015 03:42
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