quem não tem colírio
Você acha que um pé-rapado como eu não sabe se comunicar com o consumidor de produtos de luxo?
Já fui colunista da VOGUE RG. Adora sou colunista da revista DASLU.
E a pauta, eles que deram: escrever sobre a bunda. Que tal? Urban chic, m’ermão.
Com uma sugestão de pauta dessa, dá até gosto de trabalhar.
A revista já está nas bancas. Meu texto tá lá.
Como não entendo de bundas, pedi ajuda às redes sociais, fui pesquisar no Google.
Me lembraram do divertido poema do Drummont sobre a própria.
Que merece ser reproduzido:
A BUNDA, QUE ENGRAÇADA
A bunda, que engraçada.
Está sempre sorrindo, nunca é trágica.
Não lhe importa o que vai pela frente do corpo. A bunda basta-se.
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora – murmura a bunda – esses garotos ainda lhes falta muito que estudar.
A bunda são duas luas gêmeas em rotundo meneio.
Anda por si na cadência mimosa, no milagre de ser duas em uma, plenamente.
A bunda se diverte por conta própria. E ama.
Na cama agita-se. Montanhas avolumam-se, descem.
Ondas batendo numa praia infinita.
Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz na carícia de ser e balançar
Esferas harmoniosas sobre o caos.
A bunda é a bunda redunda.
+++
Agenda cheia no fim de semana.
Sábado à tarde tem na OSCAR FREIRE
E antes, de manhã, também tem no CARANDIRU.
Extremos.
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