De um apontamento de Alice de Moura, recolhido em Lisboa: "O anel, um oráculo. – Num cabelo, que deve ser arrancado pela raiz, enfia-se um anel que será liso, todo da mesma largura e sem pedra alguma. Segurando-se na mão direita as duas pontas do cabelo, apoia-se o cotovelo de forma que fique o anel suspenso dentro de um copo de vidro liso; depois, tendo a mão bem firme, diz-se 'anel, anel, diz-me a verdade, diz-me verdade; se eu ficar aprovada no exame a que sou hoje submetida, dá duas pancadas no copo; se ficar reprovada dá quatro'.
E, sem a mão se mexer, o anel começa a oscilar e bate nas paredes do copo com uma pancada, outra, outra… respondendo-nos assim.
Etnografia Portuguesa; José Leite de Vasconcelos; Vol IX, p. 193
Published on January 25, 2012 22:26