Anassir deixava o salão acompanhada por dois guardas que a levariam até aos seus aposentos, dos quais não teria autorização para sair. O alcaide de Sharish, al-Farah, olhava-a com os seus olhos profundos e observava as reacções de todas as pessoas presentes.
As evidências mostravam que tinha sido Anassir, filha da Senhora das Águas, quem roubara o Elmo de Cristal. E o alcaide, que fora incumbido de guardar aquela poderosa arma, aplicava a justiça que todos esperavam. Mesmo sabendo que ela estava inocente e que alguém a queria incriminar, al-Farah fingia acreditar nas provas e sabia que ela entendia a sua intenção.
Mas ainda que sabendo tratar-se de uma encenação, sentia que era uma afronta tratar daquela forma alguém tão digno quanto Anassir.