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message 1:
by
João
(new)
Dec 22, 2016 12:26PM
Infelizmente, tem um pequeno corte na secção final.
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Nuno wrote: "gostei bastante de ouvir, João :)"Obrigado, Nuno. :) Se não nos falarmos antes, um bom Natal.
João Carlos wrote: "Só consegui ouvir até à problemática da tradução. Gostei das temáticas discutidas..."Obrigado, João Carlos. É uma conversa ainda longa. E sobre a tradução muito ainda haveria a dizer, mas não quero deprimir ninguém. :)
João wrote: "João Carlos wrote: "Só consegui ouvir até à problemática da tradução. Gostei das temáticas discutidas..."Obrigado, João Carlos. É uma conversa ainda longa. E sobre a tradução muito ainda haveria ..."
E a questão dos números de tiragem de alguns livros (entre 500 a 1000) é definitivamente "assustador" e até "deprimente"...
João Carlos wrote: "João wrote: "João Carlos wrote: "Só consegui ouvir até à problemática da tradução. Gostei das temáticas discutidas..."Obrigado, João Carlos. É uma conversa ainda longa. E sobre a tradução muito a..."
Sim... e já vi tiragens dessas durarem anos. Não admira que os livros em Portugal sejam caríssimos - de facto, são-no. Trabalho na área (mesmo quando estive no estrangeiro) há mais de 6 anos e não vejo nada a melhorar, só a piorar. Quando se trabalha vários meses de borla, porque não pagam traduções... E fico-me por aqui, pois as cenas tristes com que já me deparei na edição portuguesa enchiam uma Bíblia.
O país é pequeno, mas o problema da escala está mesmo na baixa formação que afeta todas as artes, da literatura ao cinema, teatro, etc. etc. E depois claro, o que referes de freelance com o atraso de pagamentos, que é mau pela falta de dinâmica do mercado, mas agrava-se por uma questão cultural, que aceita que mesmo os ordenados possam ser fraccionados, ou andar em atraso. Complicado.
Nelson wrote: "O país é pequeno, mas o problema da escala está mesmo na baixa formação que afeta todas as artes, da literatura ao cinema, teatro, etc. etc. E depois claro, o que referes de freelance com o atraso..."
Nelson, o tamanho do país é uma desculpa dada por certas pessoas que não tem qualquer cabimento. Os países escandinavos têm, todos eles, populações inferiores à portuguesa (Dinamarca e Noruega têm metade da nossa população, a Islândia o equivalente à do concelho de Gaia) e não acontecem por lá coisas destas.
Os problemas são, esses sim (e como refere), a baixíssima literacia em Portugal e a incompetência dos responsáveis (privados e públicos) pela área cultural.
O grande problema a nível económico face aos trabalhadores envolvidos é mesmo o de «atirar para a frente e o próximo que feche a porta», ou seja, o de solicitarem serviços sabendo de antemão que não os podem/ querem pagar. É fácil apontar, como certas pessoas, o dedo aos freelancers que aceitam as ditas condições, mas a verdade é que não existiriam livros se todos se recusassem a trabalhar em condições relativamente precárias. Eu pessoalmente pondero abandonar a tradução literária no fim de cada ano.
O que deveria existir era, na verdade, uma fiscalização estatal. A empresa não paga? O Estado cobria o calote e caía sobre o devedor. Como acontece em países civilizados. :)
Mas enfim, parece-me que são conversas que não interessam, em geral, a quem está de fora, pois acaba-se sempre no queixume. :) De qualquer forma, nada muda.
É tudo isso. O queixume é mau, mas é preciso, não tanto em tom de queixume mas de assertividade, de dar conta da realidade muitas vezes escamoteada.Bom natal!


