Para quem não conhece a história…
…esta é daquelas que merece ser conhecida.
Robert Leroy Johnson foi talvez o músico mais influente do Sec. XX. Nasceu em 1911 (mais ou menos, provavelmente mais para o menos que para o mais)no Mississipi e morreu em 1938.
Deixou 28 músicas gravadas numa única sessão de gravação feita num quarto de hotel. Era um músico itinerante, como tantos naquela altura.
Porque é que, então, foi um músico tão importante?
Todos os blues que ouvimos hoje tem influência directa dele! Sobretudo da mais famosa música dele, Crossroads, musica que já foi tocada por quase toda a gente que é alguém!
Desde pedaços de letra que foram pedidos de empréstimo pêlos Led Zeppelin em “Traveling Riverside Blues”, até às covers das quais a mais conhecida é a versão dos Cream, tocada até hoje por Eric Clapton.
Aliás, o próprio festival de Blues que o Eric Clapton organiza bi-anualmente chama-se Crossroads Guitar Festival!
Além disso, esta mesma música deu origem a um filme também chamado de Cross Roads, que tem Ralph Maccio no papel principal! O gajo primeiro aprendeu a dar murros e pontapés com um japonês de depois aprendeu a tocar guitarra!
Mas qual o imenso apelo desta música?
O original é cantado de uma maneira que mais ninguém cantou, com um sofrimento na alma que dói só de ouvir! Conta a história de como ele, Robert Johnson e Willie Brown, seu companheiro às vezes, e lendário Harmonicista, foram até uma determinada encruzilhada onde se encontraram com o diabo que, em troca das suas almas, os ensinou a tocar de uma maneira que nenhum outro mortal tocava.
A música é um lamento, pois apesar da maneira surreal como tocava, a sua vida foi turbulenta e acabou assassinado pelo dono de um bar onde estava a tocar ao beber whisky envenenado com estricnina que estaria com ciúmes da atenção que a sua mulher estava a dar a Johnson. Ele conseguiu recuperar do envenenamento, mas nesse meio termo apanhou uma pneumonia e não resistiu.
A música é um lamento, um pedido de perdão a Deus pelo pecado que cometera! Não teve fama nem fortuna em vida e morreu aos 27 anos.
No entanto a sua música ficou e veio a influenciar todos os músicos de blues que vieram depois dele. Muddy Water considerava-o o maior cantor de Blues que já viveu!
É ou não uma grande história?
Mas voltemos ao filme.
Neste filme um rapaz de boas famílias, estudante de música clássica em Berkley e apaixonado pêlos Blues descobre Willie Brown internado num hospital prisão em nova Iorque e vai falar com ele para tentar saber algo sobre o seu ídolo, Robert Johnson, e sobretudo, tentar saber o que há de verdade por trás do mito da música.
O velho Willie promete contar-lhe se ele o ajudar a fugir. E o miúdo acaba por deixar tudo para trás ao ajudá-lo a fugir e transforma-se num vagabundo a tocar por cama e comida junto com o Willie que apenas quer voltar à encruzilhada para tentar desfazer o pacto, uma vez que acha que o Diabo não cumpriu com a sua parte!
Pelo caminho o jovem apaixona-se a acaba por ser enganado! Embora ele fosse um executante exímio, faltava-lhe sentir na pele uma vida dura e ao longo das suas deambulações enquanto fogem à policia e seguem à boleia pelo sul dos “States” ele aprende o que é ser um “Bluesman”! Mas o pináculo da aprendizagem é quando ela o deixa.
É nessa altura que Willie Brown se volta para ele e diz:
“Blues ain´t nothin’ but a man feelin’ bad about a woman he once was with!” (os Blues não são mais que um homem a sentir-se mal por causa de uma mulher com quem esteve)
E o puto saca da guitarra e toca isto! E cada vez que ouço isto, arrepio-me!
Feelin’ bad Blues – Ry Cooder
Robert Leroy Johnson foi talvez o músico mais influente do Sec. XX. Nasceu em 1911 (mais ou menos, provavelmente mais para o menos que para o mais)no Mississipi e morreu em 1938.
Deixou 28 músicas gravadas numa única sessão de gravação feita num quarto de hotel. Era um músico itinerante, como tantos naquela altura.
Porque é que, então, foi um músico tão importante?
Todos os blues que ouvimos hoje tem influência directa dele! Sobretudo da mais famosa música dele, Crossroads, musica que já foi tocada por quase toda a gente que é alguém!
Desde pedaços de letra que foram pedidos de empréstimo pêlos Led Zeppelin em “Traveling Riverside Blues”, até às covers das quais a mais conhecida é a versão dos Cream, tocada até hoje por Eric Clapton.
Aliás, o próprio festival de Blues que o Eric Clapton organiza bi-anualmente chama-se Crossroads Guitar Festival!
Além disso, esta mesma música deu origem a um filme também chamado de Cross Roads, que tem Ralph Maccio no papel principal! O gajo primeiro aprendeu a dar murros e pontapés com um japonês de depois aprendeu a tocar guitarra!
Mas qual o imenso apelo desta música?
O original é cantado de uma maneira que mais ninguém cantou, com um sofrimento na alma que dói só de ouvir! Conta a história de como ele, Robert Johnson e Willie Brown, seu companheiro às vezes, e lendário Harmonicista, foram até uma determinada encruzilhada onde se encontraram com o diabo que, em troca das suas almas, os ensinou a tocar de uma maneira que nenhum outro mortal tocava.
A música é um lamento, pois apesar da maneira surreal como tocava, a sua vida foi turbulenta e acabou assassinado pelo dono de um bar onde estava a tocar ao beber whisky envenenado com estricnina que estaria com ciúmes da atenção que a sua mulher estava a dar a Johnson. Ele conseguiu recuperar do envenenamento, mas nesse meio termo apanhou uma pneumonia e não resistiu.
A música é um lamento, um pedido de perdão a Deus pelo pecado que cometera! Não teve fama nem fortuna em vida e morreu aos 27 anos.
No entanto a sua música ficou e veio a influenciar todos os músicos de blues que vieram depois dele. Muddy Water considerava-o o maior cantor de Blues que já viveu!
É ou não uma grande história?
Mas voltemos ao filme.
Neste filme um rapaz de boas famílias, estudante de música clássica em Berkley e apaixonado pêlos Blues descobre Willie Brown internado num hospital prisão em nova Iorque e vai falar com ele para tentar saber algo sobre o seu ídolo, Robert Johnson, e sobretudo, tentar saber o que há de verdade por trás do mito da música.
O velho Willie promete contar-lhe se ele o ajudar a fugir. E o miúdo acaba por deixar tudo para trás ao ajudá-lo a fugir e transforma-se num vagabundo a tocar por cama e comida junto com o Willie que apenas quer voltar à encruzilhada para tentar desfazer o pacto, uma vez que acha que o Diabo não cumpriu com a sua parte!
Pelo caminho o jovem apaixona-se a acaba por ser enganado! Embora ele fosse um executante exímio, faltava-lhe sentir na pele uma vida dura e ao longo das suas deambulações enquanto fogem à policia e seguem à boleia pelo sul dos “States” ele aprende o que é ser um “Bluesman”! Mas o pináculo da aprendizagem é quando ela o deixa.
É nessa altura que Willie Brown se volta para ele e diz:
“Blues ain´t nothin’ but a man feelin’ bad about a woman he once was with!” (os Blues não são mais que um homem a sentir-se mal por causa de uma mulher com quem esteve)
E o puto saca da guitarra e toca isto! E cada vez que ouço isto, arrepio-me!
Feelin’ bad Blues – Ry Cooder
Published on July 22, 2016 06:45
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