E agora, neste momento, qualquer coisa de absolutamente e completamente diferente!

Porque achei interessante o desafio do Pipoco Mais Salgado, um poema, declamado, de uma amiga, Olívia Santos, do seu livro "Nos teus olhos... A janela do tempo"



SINTRA
A névoa matinal envolve a vilaenche-a de mistério, beleza singular, únicadaquele lugar, daquela vila, a manhã nascenebulosa, como eu, que sem luzmergulho em poços de tristeza fundaprovocando motins de dor e de amargurapor dentro de mim.Sentimentos difusos, olhos rasos de água,sem saber porquê...Penso em PESSOA, prossigo e percebo-O.Apresso o passo, o café, a escrita inevitávela poesia. O som das cores.Navego nas veias das palavrase avisto sempre como solução, o fim.Reparo num olhar que se prende em mima lembrar um outro olhar, num outro tempotudo sem sentido, partir ou ficar?Lágrimas quentes a rolar por fimnada muda. Dói a solidão de sempre, nada muda.A névoa, a vila, a tentativa de encontrar coordenadaspara ficar, debalde, sempre debalde.São 7 da manhã no relógio da Torre, onde estou?Para onde vou? Que importa isso?Sento-me no banco de pedra.Aguça-se o frio entranha-se em mimE fico estátua. Como PESSOAPara não mais sentir!
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Published on July 08, 2016 02:29
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