Bem,...
...esta vem com uma história agarrada!
Não se empolguem, não é uma história espectacular...
...e também não é estúpida o suficiente para ser interessante! É apenas uma história como outra qualquer!
Era um puto, já tinha tido um ou outro projectos musicais, mas nada de especial, nem nada que tenha feito algo de espectacular!
O ultimo projecto que tinha tido acabou de uma forma não muito interessante! O baterista, ainda mais puto que eu, gostava mais de Alcoól do que eu de mulheres! E eu gostava mesmo muito de mulheres...
...bem como gostava muito das mulheres...
...e ainda gosto...
...mas adiante, senão ainda me perco!
Dizia eu, acabou porque começou a ser costumeiro estar à espera dele para ensaiar e descobrir que ele tinha apanhado uma "tola" no dia anterior e ainda não se tinha levantado, depois levantava-se a correr, aparecia todo roto com uma ou duas horas de atraso, completamente ressacado...
Eu não me embebedo para que ninguém tenha que me aturar! Consequentemente sempre tive um grau baixo de tolerância para com as bebedeiras dos outros! Quando isto aconteceu consecutivamente ao longo de uns seis meses, adoptei outra táctica. Estava no sítio combinado à hora combinada. Esperava meia-hora e se ele não aparecia não íamos ensaiar!
Ele ligava umas três ou quatro horas depois a dizer que não voltava a acontecer...
...mas acontecia! E um dia, no sítio onde nos costumávamos encontrar, olhamos uns para os outros quando o baterista mais uma vez não apareceu e, não ensaiando já há mais de um mês resolvemos acabar com a coisa!
O rapaz ficou chateado! Achou que tínhamos sido injustos! Eu tentei explicar-lhe que tínhamos todos mais que fazer do que ficar à espera dele! Ele continuou a achar que não tínhamos razão e, até aos dias de hoje, sempre que me cruzo com ele, o que é raro mas acontece, há chatices...
...mas adiante!
Tendo acabado com essa banda, continuei com vontade de fazer alguma coisa, mas estava um bocado farto de bandas, egos (que pelos vintes estão demasiado exacerbados) e outras coisas mais.
O que é que mudou esta minha disposição?
Esta música!
Foi a primeira vez que tal me aconteceu! Trabalhava perto de casa e tinha duas horas de almoço, portanto ia almoçar a casa! Um dia, depois do almoço, sentei-me com a guitarra na mão e um bloco à minha frente e dez minutos depois tinha saído esta letra junto com os acordes!
Não muito depois começaram a aparecer outras músicas e a primeira encarnação dos Teatrum aconteceu!
A primeira versão da música tinha pianos e violinos e guitarras e bateria e o lava-louças da cozinha e ar condicionado...
...era assim uma coisa em grande!
Depois a letra passou a inglês e foi cantada, na segunda encarnação dos Teatrum pela Xana Guilherme! Mas foi aqui que a música ganhou forma definitiva, com base neste improviso de piano do Sr. Nuno Tavares que, comigo a regê-lo (dizer-lhe o acorde a seguir, dar-lhe o tempo e indicações acerca da intensidade) gravou este piano em dez minutos, como só um génio musical consegue fazer!
E agora está aqui! E se acharem que eu a estraguei, podem bater-me à vontade!
Se gostarem partilhem, se não, como de costume,...
...não!
No fim de tudoA alvorada veioPara banhar as minhas lágrimasIluminar o meu peito abertoCorri para o desertoSenti-me a cairSem saber para onde fugir
Pensei na minha sede pelo teu amorOnde guardar minha dorNo inferno que era a minha razãoA minha vida era a minha solidãoSem saídano que é que eu tinha tornado a minha vida?
Mas hoje é outro diaE aquele que eu era ontem já partiuA dor que eu sentia saiu de mimFoi só mais um capítulo que chegou ao fim
Disseste que eu havia de cairDisseste que eu havia de desistirMas eu estou aqui com o meu orgulho inteiroSei que cheguei ao fimSei que fui o primeiro
Disseste que eu nunca iria mudarDisseste que eu nunca irira lá chegarEu soube dar a volta e cheguei lá por fimMas olho para trás e não me vejo a mimPerdi-meE só agora é que eu viO quanto neste tempo todoEu cresci
Sim,Aquele que eu era ontem já partiuA dor que eu sentia saiu de mimFoi só mais um capítuloQue chegou ao fim!
Disseste que tinha chagado ao fimDisseste que querias fugir de mimAgora voltaste e queres o meu perdãoNão sei se não prefiro a...
...solidão...
© 1992 C. N. Gil
Não se empolguem, não é uma história espectacular...
...e também não é estúpida o suficiente para ser interessante! É apenas uma história como outra qualquer!
Era um puto, já tinha tido um ou outro projectos musicais, mas nada de especial, nem nada que tenha feito algo de espectacular!
O ultimo projecto que tinha tido acabou de uma forma não muito interessante! O baterista, ainda mais puto que eu, gostava mais de Alcoól do que eu de mulheres! E eu gostava mesmo muito de mulheres...
...bem como gostava muito das mulheres...
...e ainda gosto...
...mas adiante, senão ainda me perco!
Dizia eu, acabou porque começou a ser costumeiro estar à espera dele para ensaiar e descobrir que ele tinha apanhado uma "tola" no dia anterior e ainda não se tinha levantado, depois levantava-se a correr, aparecia todo roto com uma ou duas horas de atraso, completamente ressacado...
Eu não me embebedo para que ninguém tenha que me aturar! Consequentemente sempre tive um grau baixo de tolerância para com as bebedeiras dos outros! Quando isto aconteceu consecutivamente ao longo de uns seis meses, adoptei outra táctica. Estava no sítio combinado à hora combinada. Esperava meia-hora e se ele não aparecia não íamos ensaiar!
Ele ligava umas três ou quatro horas depois a dizer que não voltava a acontecer...
...mas acontecia! E um dia, no sítio onde nos costumávamos encontrar, olhamos uns para os outros quando o baterista mais uma vez não apareceu e, não ensaiando já há mais de um mês resolvemos acabar com a coisa!
O rapaz ficou chateado! Achou que tínhamos sido injustos! Eu tentei explicar-lhe que tínhamos todos mais que fazer do que ficar à espera dele! Ele continuou a achar que não tínhamos razão e, até aos dias de hoje, sempre que me cruzo com ele, o que é raro mas acontece, há chatices...
...mas adiante!
Tendo acabado com essa banda, continuei com vontade de fazer alguma coisa, mas estava um bocado farto de bandas, egos (que pelos vintes estão demasiado exacerbados) e outras coisas mais.
O que é que mudou esta minha disposição?
Esta música!
Foi a primeira vez que tal me aconteceu! Trabalhava perto de casa e tinha duas horas de almoço, portanto ia almoçar a casa! Um dia, depois do almoço, sentei-me com a guitarra na mão e um bloco à minha frente e dez minutos depois tinha saído esta letra junto com os acordes!
Não muito depois começaram a aparecer outras músicas e a primeira encarnação dos Teatrum aconteceu!
A primeira versão da música tinha pianos e violinos e guitarras e bateria e o lava-louças da cozinha e ar condicionado...
...era assim uma coisa em grande!
Depois a letra passou a inglês e foi cantada, na segunda encarnação dos Teatrum pela Xana Guilherme! Mas foi aqui que a música ganhou forma definitiva, com base neste improviso de piano do Sr. Nuno Tavares que, comigo a regê-lo (dizer-lhe o acorde a seguir, dar-lhe o tempo e indicações acerca da intensidade) gravou este piano em dez minutos, como só um génio musical consegue fazer!
E agora está aqui! E se acharem que eu a estraguei, podem bater-me à vontade!
Se gostarem partilhem, se não, como de costume,...
...não!
No fim de tudoA alvorada veioPara banhar as minhas lágrimasIluminar o meu peito abertoCorri para o desertoSenti-me a cairSem saber para onde fugir
Pensei na minha sede pelo teu amorOnde guardar minha dorNo inferno que era a minha razãoA minha vida era a minha solidãoSem saídano que é que eu tinha tornado a minha vida?
Mas hoje é outro diaE aquele que eu era ontem já partiuA dor que eu sentia saiu de mimFoi só mais um capítulo que chegou ao fim
Disseste que eu havia de cairDisseste que eu havia de desistirMas eu estou aqui com o meu orgulho inteiroSei que cheguei ao fimSei que fui o primeiro
Disseste que eu nunca iria mudarDisseste que eu nunca irira lá chegarEu soube dar a volta e cheguei lá por fimMas olho para trás e não me vejo a mimPerdi-meE só agora é que eu viO quanto neste tempo todoEu cresci
Sim,Aquele que eu era ontem já partiuA dor que eu sentia saiu de mimFoi só mais um capítuloQue chegou ao fim!
Disseste que tinha chagado ao fimDisseste que querias fugir de mimAgora voltaste e queres o meu perdãoNão sei se não prefiro a...
...solidão...
© 1992 C. N. Gil
Published on June 28, 2016 01:29
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