Se hoje em dia há algum conhecimento quer de Uruk, o pequ...
Se hoje em dia há algum conhecimento quer de Uruk, o pequeno, assim chamado pela sua extrema humildade perante os outros e o mundo, e não por causa de ter dois metros e cinco e ter a constituição de um touro, foi por causa da descoberta dos manuscritos do mar morto, que faziam referencias claras a figuras importantes do Nmismo, bem como a figuras de civilizações muito mais recentes, como a Suméria ou a Egípcia.
Um dos textos conta uma história, considerada mais uma alegoria ou uma parábola do que uma realidade concreta, que se passa quando, após os Nmistas Absolutistas, com a ajuda dos Nmistas radicais, terem conseguido tornar proscrita a corrente Cientologista, Uruk se viu forçado a viajar incógnito junto com o seu ajudante, Matatturru, filho do grande rei Matturru.
Depois de muitos, muitos, muitos, muitos, muitos, mas mesmo muitos dias de viagem, em que atravessaram vales e montanhas, planícies, desertos, planaltos, glaciares e até um ou outro mar nunca de antes navegado, chegaram a uma zona em redor de uma cidade que parecia muito, muito antiga. Toda a zona era de uma devastação constrangedora, os campos abandonados, os animais magros e com fome, as ervas daninhas cresciam como ervas daninhas, no ar o pó dos campos ressequidos elevava-se como uma cortina que tornava o ar espesso.
A cidade, que quase parecia em ruínas, estava estranhamente quieta.
Uruk, o pequeno, entrou na cidade junto com o seu aprendiz. À excepção de um guarda nos portões que não parecia muito bem-disposto e que nem lhes ligou importância, estava completamente deserta.
As tavernas estavam abertas, mas não havia ninguém. No ferreiro um aprendiz com cara desconsolada mantinha o fogo vivo, mas não se via o ferreiro em lado nenhuma malhar o ferro. O mercado estava vazio. Parecia uma cidade fantasma.
Mas eis que ouvem um rumor de uma multidão, e dirigiram-se nessa direcção.
Lá chegados encontraram um cenário como nunca tinham visto.
Havia uma enorme arena circular que tinha no seu centro muralhas altas, muito altas, que tornavam impossível ver fosse o que fosse lá para dentro. Aparentemente toda a população da cidade se concentrava na arena em volta dos muros com uma atenção e fervor quase religiosos. No cimo das muralhas havia alguns homens que gritavam para a multidão que, ora recebia as notícias com enorme satisfação ou com um burburinho de desalento, mas ninguém arredava pé.
Intrigado, Uruk aproximou-se de um dos locais.
-Saudações irmão… - disse ele à pessoa mais próxima - …acabo de chegar de uma longa viagem em que atravessei montes e vales, planícies, desertos, glaciares e até mares nunca de antes navegados, procuro mesa e repouso…
-As tavernas e as hospedarias ficam lá atrás… - disse o outro apontando vagamente uma direcção e dando o assunto como encerrado logo ali, virando de imediato a sua atenção para um dos homens no alto da muralha que gritava tão alto como podia:
-Yoannus, o mestre das armas, acabou de se reconciliar com Sasha, a ruiva, e partilham agora o leito. Sahrah, a rival de Sasha, prometeu vingança!
-Ohhhhhhhhhh! - Disse a multidão, em uníssono.
-E bem feito para a Sahrah! – Gritou uma velhota de repente.
-Bem feito? - Gritou uma outra voz de mulher – A Sasha é que é uma autêntica prostituta. Mete-se debaixo de qualquer coisa que tenha olhos…
-Diz lá isso outra vez, se queres ver… - gritou a velha!
-A Sasha é uma prostituta babilónica sifilosa! – Respondeu a outra.
-Eu dou-te a prostituta babilónica sifilosa! – e com isto gerou-se ali uma confusão enorme entre a velhota e a outra, sendo que não só ninguém fez menção de separar as duas mulheres como se juntaram à volta delas até a fazer apostas enquanto ambas lutavam na lama da arena.*
Uruk estava estupefacto com aquilo a que assistia…
* Há quem diga que foi deste episódio que surgiram, eras mais tarde, as lutas de Wrestling feminino na lama
Um dos textos conta uma história, considerada mais uma alegoria ou uma parábola do que uma realidade concreta, que se passa quando, após os Nmistas Absolutistas, com a ajuda dos Nmistas radicais, terem conseguido tornar proscrita a corrente Cientologista, Uruk se viu forçado a viajar incógnito junto com o seu ajudante, Matatturru, filho do grande rei Matturru.
Depois de muitos, muitos, muitos, muitos, muitos, mas mesmo muitos dias de viagem, em que atravessaram vales e montanhas, planícies, desertos, planaltos, glaciares e até um ou outro mar nunca de antes navegado, chegaram a uma zona em redor de uma cidade que parecia muito, muito antiga. Toda a zona era de uma devastação constrangedora, os campos abandonados, os animais magros e com fome, as ervas daninhas cresciam como ervas daninhas, no ar o pó dos campos ressequidos elevava-se como uma cortina que tornava o ar espesso.
A cidade, que quase parecia em ruínas, estava estranhamente quieta.
Uruk, o pequeno, entrou na cidade junto com o seu aprendiz. À excepção de um guarda nos portões que não parecia muito bem-disposto e que nem lhes ligou importância, estava completamente deserta.
As tavernas estavam abertas, mas não havia ninguém. No ferreiro um aprendiz com cara desconsolada mantinha o fogo vivo, mas não se via o ferreiro em lado nenhuma malhar o ferro. O mercado estava vazio. Parecia uma cidade fantasma.
Mas eis que ouvem um rumor de uma multidão, e dirigiram-se nessa direcção.
Lá chegados encontraram um cenário como nunca tinham visto.
Havia uma enorme arena circular que tinha no seu centro muralhas altas, muito altas, que tornavam impossível ver fosse o que fosse lá para dentro. Aparentemente toda a população da cidade se concentrava na arena em volta dos muros com uma atenção e fervor quase religiosos. No cimo das muralhas havia alguns homens que gritavam para a multidão que, ora recebia as notícias com enorme satisfação ou com um burburinho de desalento, mas ninguém arredava pé.
Intrigado, Uruk aproximou-se de um dos locais.
-Saudações irmão… - disse ele à pessoa mais próxima - …acabo de chegar de uma longa viagem em que atravessei montes e vales, planícies, desertos, glaciares e até mares nunca de antes navegados, procuro mesa e repouso…
-As tavernas e as hospedarias ficam lá atrás… - disse o outro apontando vagamente uma direcção e dando o assunto como encerrado logo ali, virando de imediato a sua atenção para um dos homens no alto da muralha que gritava tão alto como podia:
-Yoannus, o mestre das armas, acabou de se reconciliar com Sasha, a ruiva, e partilham agora o leito. Sahrah, a rival de Sasha, prometeu vingança!
-Ohhhhhhhhhh! - Disse a multidão, em uníssono.
-E bem feito para a Sahrah! – Gritou uma velhota de repente.
-Bem feito? - Gritou uma outra voz de mulher – A Sasha é que é uma autêntica prostituta. Mete-se debaixo de qualquer coisa que tenha olhos…
-Diz lá isso outra vez, se queres ver… - gritou a velha!
-A Sasha é uma prostituta babilónica sifilosa! – Respondeu a outra.
-Eu dou-te a prostituta babilónica sifilosa! – e com isto gerou-se ali uma confusão enorme entre a velhota e a outra, sendo que não só ninguém fez menção de separar as duas mulheres como se juntaram à volta delas até a fazer apostas enquanto ambas lutavam na lama da arena.*
Uruk estava estupefacto com aquilo a que assistia…
* Há quem diga que foi deste episódio que surgiram, eras mais tarde, as lutas de Wrestling feminino na lama
Published on April 18, 2016 04:21
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