Ana C. Nunes's Blog, page 4
November 17, 2021
NaNoWriMo 2021 – Semana 2
Sinto-me ligeiramente assoberbada.
Foi nesta segunda semana que tive o primeiro momento Aha! da história. E com ele veio a vontade de escrever cenas que só vão acontecer muito lá para a frente na trama. Qual o problema? Quando ainda não se tem a história toda bem planeada, pormenor a pormenor, escrever cenas adiantadas pode não correr bem, porque pelo caminho muita coisa pode mudar e depois damos por nós a reescrever cenas completas, ou a pô-las totalmente de parte. E eu estou a tentar manter-me no caminho a direito. Nada de desvios!
Mas há que dizer que tinha saudades destes momentos Aha! Ontem aconteceu outro. E como é que estas coisas acontecem quando eu já sei onde a história acaba?
Pois vejam isto da seguinte maneira: Tanko, uma das personagens quasi-principais deste meu romance, começa a história no ponto A, e eu sei que ele vai acabar no ponto D, mas o que é feito dos pontos intermédios? Pois isso são as tais coisas que vão surgindo à medida que vou escrevendo, nos casos em que não planeio antes tudo (que é quase sempre, se for honesta convosco).
Estas revelações são surpresas até para mim, o que é fantástico. Quase como se descobrisse segredos ao mesmo ritmo que os leitores. Honestamente esta é uma das razões porque nunca planeio tudo ao pormenor, porque assim continuo a ser surpreendida pelos eventos ao longo da escrita, o que ajuda a manter-me motivada.
Antes disto eu estava com problemas em perceber como ia justificar certas situações, com o Tanko, por exemplo, mas depois tudo se encaixou. Tive de ajustar algumas cenas que já tinha escrito antes, mas nada de muito profundo.
E aqueles de vocês que são escritores: já tiveram situações semelhantes, ou são daqueles que planeiam tudo ao pormenor antes de começarem a escrever as vossas histórias?
Mas e afinal perdi-me com divagações e ainda não falei no NaNoWriMo.
Continuo atrasada na contagem geral, mas, mais uma vez, não estou preocupada. Se não chegar às 50.000 palavras fico feliz na mesma, porque estou a conseguir escrever e descortinar a trama, que era o que estava a precisar.
Neste momento estou com 17.571 palavras, cerca de menos 10.000 do que deveria ter ao dia de hoje. Bastavam-me dois dias a escrever 5.000 e a voltava à carga. O que não seria nada de novo para mim, mas estou a levar isto na desportiva.
dia 8 – 7.613 palavras (dia: 1.586)
dia 9 – 8.004 palavras (dia: 391)
dia 10 – 8.197 palavras (dia: 193)
dia 11 – 8.559 palavras (dia: 362)
dia 12 – 11.974 palavras (dia: 3.415)
dia 13 – 12.798 palavras (dia: 824)
dia 14 – 13.270 palavras (dia: 472)
dia 15 – 14.694 palavras (dia: 1.424)
dia 16 – 16.682 palavras (dia: 1.988)
Para terminar, deixo-vos com alguns desenhos de personagens, que tenho feito ocasionalmente. Depois do NaNoWriMo hei-de fazer um post a mostrar-vos qual o aspecto anterior de cada personagem, e o novo, e explicar-vos o porquê das alterações.
Para já fiquem com os desenhos de Shinobu e Arashi, que são irmãs, filhas dos mesmos pais, mas com traços completamente diferentes. Uma foi buscar o cabelo à mãe, outra ao pai; uma a cor de pele do pai e a outra a da mãe. Diverti-me imenso a decidir o que manter de cada um em qual.
E já agora, há ainda uma terceira irmã nesta família, a Miya. Mostro-vos na próxima semana.


Fiquem bem, e boas escritas, se for o caso!
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NaNoWriMo 2021 – Semana 1
A primeira semana do NaNoWriMo não decorreu como previsto, mas sim como expectável. Eu já sabia que não estava preparada para começar a escrever a história, porque embora soubesse os pontos-chave de cor e salteado, e as personagens, a realidade é que nos últimos meses repensei muita desta informação que estava “definida” há vários anos, mas que após uma análise mais profunda, percebi que não funcionaria.
Como começou, e o que mudou?“Vermelho Sangue” (título que eu tenho mesmo de alterar) começou por ser uma história de BD, inspirada na arte dos ninjas. Isto foi há muitos anos, 2003 se não estou em erro. E ao longo dos anos fui percebendo que essa temática não fazia mais sentido e fui aprofundando a complexidade da história. As personagens mantiveram-se as mesmas, mas também elas mudaram, ou tornaram-se mais complexas com as novas “diretrizes” da história. Por exemplo, uma coisa muito básica: hove a necessidade de mudar muitos dos nomes, pois inicialmente tudo se passava num Japão imaginado e por isso todos tinham nomes japoneses. Isso deixou de fazer sentido quando o mundo da história se expandiu e passou a abranger vários continentes imaginados.
Com isto, até as características físicas das personagens tiveram de mudar, e as suas personalidades amadureceram, tornaram-se mais diferenciadas. Por exemplo, Shinobu, Arashi, Miya, Nasrin e Tanko agiam em grupo, quase como se fossem uma só entidade. As suas personalidades eram muito semelhantes, fruto da minha imaturidade na altura. Neste momento era-me impossível escrever sobre elas assim, tão despidas de identidade.
E então o NaNoWriMo?Mal comecei a escrever depois da meia-noite do dia um, percebi que os meus receios estavam certos. Eu não estava preparada para escrever. Sabia onde tinha de começar a história, mas por alguma razão comecei noutro momento e depois a escrita não fluiu. Precisei recuar um pouco e organizar-me melhor. Assim que o fiz, que tirei tempo para planear a estrura correta e o tom certo, a escrita começou a fluir com muito mais facilidade.
Por tudo isto nos primeiros dias a minha contagem foi irrisória, mas nos últimos dias tenho conseguido escrever com muito mais facilidade e vontade.
Este foi o meu progresso nos primeiros sete dias:
dia 1 – 485 palavras
dia 2 – 750 palavras (dia: 265)
dia 3 – 1.421 palavras (dia: 671)
dia 4 – 2.231 palavras (dia: 810)
dia 5 – 2.535 palavras (dia: 304)
dia 6 – 4.388 palavras (dia: 1.853)
dia 7 – 6.027 palavras (dia: 1.639)
Espero esta semana voltar à carga, mas se chegar a outro momento em que tenho de parar para organizar a história, fá-lo-ei novamente, mesmo que isso prejudique a contagem final. Quero escrever algo interessante e coerente, e já percebi que isso vai exigir um pouco mais de mim do que o normal, provavelmente porque o antigo e o presente “Vermelho Sangue” estão muito misturados na minha cabeça.
Desejem-me sorte!
Extra!Entretanto deixo-vos também uma sugestão de software gratuito que me tem sido muito útil na organização de informação:
Bibisco, é um software para planeamento de projetos de escrita, onde têm várias secções: Arquitectura (informações gerais do livro), personagens (principais e secundárias), locais, objectos, relações, notas, capítulos, pesquisa, linha cronológica, análise (uma visão geral do vosso projeto). Algumas destas coisas só estão disponíveis na versão paga, mas eu estou a usar a versão gratuita, por agora (possivelmente entretanto vou comprar, porque acho que vale a pena) e serve perfeitamente para planear com muito detallhe um romance. A parte das personagens, em especial, é muito completa.
Para terminar deixo-vos com um desenho que fiz na semana passada, com a Edana e o Farrell, as duas personagens principais, um pouco mais novas do que no início da história. Antes do início do livro eles namoravam há vários anos, mas um crime hediondo acabou por os separar.

Espero que tenham gostado deste apanhado. Deixem os vossos comentários e progressos, caso estejam também a participar no NaNoWriMo.
October 31, 2021
De regresso à insanidade do NaNoWriMo
Parece impossível que já tenham passado três anos desde que participei no NaNoWriMo pela última vez.
Por questões profissionais e educativas, tenho estado afastada da escrita criativa desde 2018, e estava a precisar de uma desculpa para voltar à carga. E que melhor forma do que atirar-me de cabeça para o desafio do NaNoWrimo?
Para quem não está familizarizado com o conceito do NaNoWiMo – National Novel Writing Month, este é um desafio global para que escritores (profissionais, amadores ou assim-assins) se comprometam à escrita de um romance de pelo menos 50 000 palavras, durante o mês de Novembro (1 a 30). Eu participei pela primeira vez em 2008, com Angel Gabriel – Pacto de Sangue, e no final da primeira versão deste romance, criei este blog.
Este ano vou tentar escrever aquela que será uma das minhas mais antigas ideias para romance: Vermelho Sangue.
Do que fala Vermelho Sangue (título ainda em análise)?Edana é uma oficial da lei, treinada em várias artes marciais desde muito jovem, e com um sentido de justiça muito firme. Mas as suas convicções são postas à prova quando os seus pais são assassinados por um homem a quem ela confiaria a sua vida. Dividida entre a sua vontade de o ver condenado pela justiça, e a sua crescente necessidade de vingança, Edana prepara-se para perder não só os seus princípios, como também o respeito e amor de quem a rodeia, enquanto se afoga numa busca cega por retribuição.
Durante este próximo mês vou manter-vos (através do blog e das redes socias) atualizados quanto ao progresso desta aventura, e também planeio apresentar-vos as personagens e algmas curiosidades. Estejam atentos!
Não prometo publicações diárias, como já fiz noutros anos, mas pelos menos um a duas vezes por semana vou dando notícias.
E se algum de vocês estiver a planear participar no NaNoWriMo, então deixem nos comentários os vossos desafios e ideias.

October 11, 2021
Fórum Fantástico 2021 – dia 3
Ontem foi o último dia do Fórum Fantástico 2021, em Lisboa. Não consegui escrever este artigo mais cedo porque passei grande parte do resto do dia no comboio, a caminho de casa e o Alfa Pendular não fez nada pelo meu estômago, daí a minha inabilidade de aproveitar a viagem para escrever isto.

A manhã foi livre, no FF 2021, mas a tarde foi muito concorrida. O auditório esteve praticamente cheio em alguns lançamentos de livros, nomeadamente o “Um mundo às escuras”, de Maria Roque Martins, e o “Crónicas de Ramirez”, de Luís Silva. Mas já volto a estes.


O primeiro painel da tarde, a que assisti, foi o “As escolhas do ano”, onde Rogério Ribeiro, Cristina Alves e Artur Coelho sugeriam os livros que mais tinham gostado de ler no último ano (não incluindo apenas livros publicados nesse ano, pelo que me apercebi).
Porque a lista é bastante extensa, deixo apenas algumas menções: “Custom Circus”, de Michel Alex; “La Puerta”, de Manel Loureiro; “A última vida de Sir David”, de Pedro Galvão; “Bone”, de Jeff Smith; “Isola – vol.1”, de Brenden Fletcher e Karl Kerschl; “Umbra“, coletânea de BD de vários autores; “O Penteador”, de Paulo J. Mendes; “Tetris”, de Box Brown; “Cidades do Sol”, de Paulo Morais; entre outros.
O Artur Coelho já publicou todas as suas recomendações no seu blog Intergalactic Robot.
Sérgio Marcarenhas está por detrás da Ludodrama, um jogo narrativo recente, totalmente em português, o qual já adaptou, inclusivé, para um episódio de jogo onde um conto de Bruno Martins Soares era a base da aventura, misturando assim a ficção científica portuguesa em romance/conto com os jogos narrativos.
Luís Costam, por sua vez, falou da Gesta e de como tenta simplificar, ou melhor, eliminar as mecânicas de jogo desnecessárias, por forma a proporcionar mais diversão aos jogadores envolvidos.

Segui depois para a apresentação do novo número da H-alt um projeto antológico de BD que já vai no número dez. Sérgio Santos é o editor da revista e apresentou todos os projetos integrados neste novo número, sendo que Samir Karimo, autor de uma das histórias, falou do seu.
De notar que todos os números da H-alt estão disponíveis no seu site, para leitura, bem como outros artigos e entrevistas de interesse. Visitem!

Assisti também ao lançamento do Prémio António de Macedo 2020, que foi atribuído a Maria Roque Martins, com o seu livro de estreia, “Um mundo às escuras”. O prémio e a edição são da Editorial Divergência. Este romance parte da premissa: “E se não houvesse electricidade?”. Fiquei curiosa com a premissa, confesso! De notar ainda que este lançamento encheu o auditório!

Para finalizar mudei de local, para o espaço juvenil da Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, e fui assistir ao painel “Jogos narrativos e o Fantástico”.
Os presentes começaram por explicar o que são Jogos narrativos (uma espécie de RPG que se joga, em teoria, à volta da mesa, onde um particpante é o narrador e os outros interpretam personagens que têm de tomar decisões para completar um objetivo comum – peço desculpa se esta explicação não é muito boa).
André Nóvoa está à frente da Games Omnivorous, uma empresa de jogos narrativos que trabalha em inglês, com grande aposta na integração de outros meios artísticos (design, ilustração, etc.).
Não tive oportunidade de ficar até ao final do evento, mas deixo aqui os vencedores dos prémios que foram entregues no FF2021.
Prémios Adamastor do Fantástico 2020Grande Prémio Adamastor de Literatura Fantástica Portuguesa: “As sombras de Lázaro”, de Pedro Lucas Martins
Prémio Adamastor de Literatura Fantástica Estrangeira: “Elevação”, de Stephen King
Prémio Adamastor de Ficção Fantástica em Conto: “Mais que fazer”, de Nuno Ferreira
Prémio Adamastor de Ficção Fantástica em Banda Desenhada: “Apocryphus Sci-fi”, de vários autores
Prémio Personalidade Fantástica: Beatriz Pacheco Pereira e Mário Dorminski
Grande Prémio Adamastor de Literatura Fantástica Portuguesa: “Custom Circus – Mekanon”, de Michel Alex
Prémio Adamastor de Literatura Fantástica Estrangeira: “O Intruso”, de Stephen King
Prémio Adamastor de Ficção Fantástica em Conto: “Segunda mão esquerda de Deus”, de António de Macedo
Prémio Adamastor de Ficção Fantástica em Banda Desenhada: “Planeta Psicose”, de Ricardo Santo
(ainda não tenho a informação, mas assim que souber divulgo)
Prémio Ataegina 2021“Ágape”, de Carlos Aleluia
Parabéns a todos os vencedores!
October 9, 2021
Fórum Fantástico 2021 – dia 2
Sábado é sempre um dia mais concorrido em qualquer evento. Hoje a programação foi vasta, com mais que um espaço da Biblioteca Muncipal Orlando Ribeiro ocupada a todas as horas, e com actividades e sessões de autógrafos a acontecerem no pátio principal durante o dia todo.

O que resulta que não consegui participar de toda a agenda, com muita pena minha. Mas o que vi foi mais que suficiente para me manter ocupada. E hoje, foi dia de conhecer novos projetos, novas BDs, novos romances e antologias, pedir muitos autógrafos (e, claro comprar mais livros), mas mais que isso foi um dia para conversar com pessoas que já conheço há muito, mas que infelizmente só tenho oportunidade de ver neste tipo de eventos. E ainda conheci novas pessoas presencialmente, que anda só tinha tido o previlégio de conhecer oline, bem como contactei com autores, artistas e bloggers cujo trabalho já conhecia, mas com quem não tinha contactado.
Por exemplo, foi um gosto conhecer a Cristina Alves, do blog Os Rascunhos (se não conhecem, visitem, que vale muito a pena, mesmo)!

Como hoje aconteceu muita coisa, vou ser mais resumida que ontem.
Após a exibição do fantástico, passo a redundância, documentário “40 anos de Fantasporto” de Isabel Pina, Beatriz Pacheco Pereira subiu ao palco para receber o Distinção Personalidade Fantástica (Prémio Adamastor), sendo o mesmo atribuído ainda ao seu marido, Mário Dorminski.
De tarde, Beatriz voltou ao palco para apresentar o seu mais recente livro (ilustrado) “Alice e os Abutres”, Como já li contos da autora e gostei da premissa deste, foi uma das obras que adquiri e para o qual apoveitei para pedir um autógrafo.

Durante o dia foram acontecendo ainda várias sessões de Jogos narrativos: Ludodrama, Gesta e Games Omnivorous, ao qual tive oportunidade de assistir, e sobre os quais fiquei muito curiosa.

Da parte da tarde ainda assisti a um pouco do painel “Á conversa sobre videojogos”, mas como queria também assistir a outro que estava a acontecer ao mesmo tempo noutro local da Biblioteca, acabei por não poder seguir este até a final.

“As sete vidas de um romance”, moderado por Rogério Ribeiro, convidou R.C.Vicente (Raquel), Frederico Duarte e Francisco Ramalheira, a falarem sobre as suas experiências de publicação. Os três escrevem sagas de vários volumes, sendo que a Raquel relata ter publicado inicialmente numa vanity-press, por desconhecimento da significância e de como o mercado livreiro operava. Mencionou que este modo de publicação “matou” o seu livro, que agora renasce numa nova edição da Editora Velha Lenda (uma editora muito jovem que tem vindo a apostar exclusivamente em autores portugueses”.
Frederico Duarte publicou os dois primeiros livros da sua saga na Editora Nova Gaia, que foi entretanto absorvida pelo Grupo Leya, que decidiu não mais apostar no autor, apesar do enorme sucesso que o mesmo teve na época, e da comunidade de fãs que a saga “Avatar” já tinha. Ele teve de lutar e gastar dinheiro em advogados para poder reaver os diretos de publicação dos primeiros dois livros (um contracenso quando se recusavam a publicar as sequelas). Já conheço o Frederico há alguns anos e gostei muito do seu primeiro livro, que vê agora reeditado pela Editorial Divergência. Mais dois estão já escritos e o quarto está em produção.
Francisco Ramalheira teve um percurso um pouco diferente tendo publicado através de uma vanity-press (como a Raquel), mas de forma consciente e tendo trabalhado para criar uma base de fãs que antecipam agora a reedição do primeiro e o lançamento do segundo. (Esta reedição ainda não foi lançada, mas está para breve)

De seguida foi a vez do painel “Na pandemia também se publicou”, com Carlos Silva (em representação da Imaginauta), Diana Pinguicha, Mónica Cunha. Carlos Silva falou de como a Editora Imaginauta lutou para lançar alguns títulos durante a pandemia, com sucesso. Diana Pinguicha contou um pouco da sua experiência com a publicação do seu romance “A Curse of Roses” nos E.U.A., e de como a pandemia impediu que fizesse a sua booktour presencial. Já Mónica Cunha, vencedora do Prémio Ataegina, falou de como o confinamento foi crucial para que tivesse concorrido ao prémio.

Pude ainda assistir a uma parte do painel “No centenário de Stanislaw Lem”, onde houve um debate muito interessante sobre a genialidade do imaginário do autor, e também sobre como, nas escolas, o ficção científica e o fantástico podem ser usados como catalizadores para o debate consciente sobre o presente e o futuro da humanidade. Depois foi a vez de duas estudantes universitárias de Design de Comunicação, apresentarem o seu projeto final, que teve inspiração no filme “Solaris” (com base no livro de autor). E deixo já aqui o convite para visitarem, este projeto, que é também um podcast, de nome PARCAE.



Tive ainda oportunidade de assistir a três lançamentos: “A Lenda de Adora”, de Tiago da Silva; a antologia de BD “Apocryphus Monstro!” e ainda a antologia “Farol da Esperança – Antologia Hopepunk”. Ainda consegui pedir autográfos a dois artistas de BD, Joana Afonso e Ricardo Baptista, que também estiveram no festival apresentar a antologia de BD “Ditirambos: Abismo”
Foi assim um dia muito produtivo e em que tive oportunidade de coversar com muita gente. Pena foi não haver tempo para mais ainda. Amanhã é o último dia do evento. Se puderem, apareçam. Não se vão arreepender!
Fórum Fntástico 2021 – dia 2
Sábado é sempre um dia mais concorrido em qualquer evento. Hoje a programação foi vasta, com mais que um espaço da Biblioteca Muncipal Orlando Ribeiro ocupada a todas as horas, e com actividades e sessões de autógrafos a acontecerem no pátio principal durante o dia todo.

O que resulta que não consegui participar de toda a agenda, com muita pena minha. Mas o que vi foi mais que suficiente para me manter ocupada. E hoje, digo foi dia de conhecer novos projetos, novas BDs, novos romances e antologias, pedir muitos autógrafos (e, claro comprar mais livros), mas mais que isso foi um dia para conversasr com pessoas que já conheço há muito, mas que infelizmente só tenho oportunidade de ver neste tipo de eventos. E ainda conheci novas pessoas presencialmente, que anda só tinha tido o previlégio de conhecer oline, bem como contactei com autores, artistas e bloggers cujo trabalho já conhecia, mas com qum não tinha contactado.
Por exemplo, foi um gosto conhecer a Cristina Alves, do blog “Os Rascunhos” (se não conhecem, visitem, que vale muito a pena, mesmo)!

Como hoje aconteceu muita coisa, vou ser mais resumida que ontem. Após a exibição do fantástico, passo a redundância, documentário “40 anos de Fantaspoto” de Isabel Pina, Beatriz Pacheco Pereira subiu ao palco para receber o Prémio Adamastor de Carreira (salvo erro), sendo o mesmo atribuido ainda ao seu marido, Mário Dorminski, De tarde, Beatriz voltou ao palco para apresentar o seu mais recente livro (ilustrado) “Alice e os Abutres”, Como já li contos da autora e gostei da premissa deste, foi uma das obras que adquiri e para o qual apoveitei para pedir um autógrafo.

Durante o dia foram acontecendo ainda várias sessões de Jogos narrativos: Ludodrama, Gesta e Maussitter, ao qual tive oportunidade de assistir, e sobre os quais fiquei muito curiosa.

Da parte da tarde ainda assisti a um pouco do painel “Á conversa sobre videojogos”, mas como queria também assistir a outro que estava a acontecer ao mesmo tempo noutro local da Biblioteca, acabei por não poder seguir este até a final.

“As sete vidas de um romance”, moderado por Rogério Ribeiro, convidou R.C.Vicente (Raquel), Frederico Duarte e Francisco Ramalhinha, a falarem sobre as suas experiências de publicação. Os três escrevem sagas de vários volumes, sendo que a Raquel relata ter publicado inicialmente numa vanity-press, por desconhecimento da significância e de como o mercado livreiro operava. Mencionou que este modo de publicação “matou” o seu livro, que agora renasce numa nova edição da Editora Velha Lenda (uma editora muito jovem que tem vindo a apostar exclusivamente em autores portugueses”.
Frederico Duarte publicou os dois primeiros livros da sua saga na Editora Nova Gaias, que foi entretanto absorvida pelo Grupo Leya, que decidiu não mais apostar no autor, apesar do enorme sucesso que o mesmo teve na época, e da comunidade de fãs que a saga “Avatar” já tinha. Ele teve de lutar e gastar dinheiro em advogados para poder reaver os diretos de publicação dos primeiros dois livros (um contracenso quando se recusavam a publicar as sequelas). Já conheço o Frederico há alguns anos e gostei muito do seu primeiro livro, que vê agora reeditado pela Editora Divergência. Mais dois estão já escritos e o quarto está em produção.
Francisco Ramalhinha teve um percurso um pouco diferente tendo publicado através de uma vanity-press (como a Raquel), mas de forma consciente e tendo trabalhado para criar uma base de fãs que antecipam agora a reedição do primeiro e o lançamento do segundo. (Esta reedição ainda não foi lançada, mas está para breve)

De seguida foi a vez do painel “Na pandemia também se publicou”, com Carlos Silva, Diana Pinguicha, Mónica Cunha. Carlos Silva falou de como a Editora Imaginauta lutou para lançar alguns títulos durante a pandemia, com sucesso. Diana Pinguicha contou um pouco da sua experiência com a publicação do seu romance “A Curse of Roses” nos E.U.A., e de como a pandemia impediu que fizesse a sua booktour presencial. Já Mónica Cunha, vencedora do Prémio Ataegina, falou de como o confinamento foi crucial para que tivesse concorrido ao prémio.

Pude ainda assistir a uma parte do painel “No centenário de Stanislaw Lem”, onde houve um debate muito interessante sobre a genialidade do imaginário do autor, e também sobre como, nas escolas, o ficção científica e o fantástico podem ser usados como catalizadores para o debate consciente sobre o presente e o futuro da humanidade. Depois foi a vez de duas estudantes universitárias de Design de Comunicação, apresentarem o seu projeto final, que teve inspiração no filme “Solaris” (com base no livro de autor). E deixo já aqui o convite para visitarem, este projeto, que é também um podcast, de nome PARCAE.



Tive ainda oportunidade de assistir a três lançamentos: “A Lenda de Adora”, de Tiago da Silva; a antologia de BD “Apocryphus Monstro!” e ainda a antologia “Farol da Esperança – Antologia Hopepunk”. Ainda consegui pedir autográfos a dois artistas de BD, Joana Afonso e Ricardo Baptista”, que também estiveram no festival apresentar a antologia de BD “Ditarambos: Abismo”
Foi assim um dia muito produtivo e em que tive oportunidade de coversar com muita gente. Pena foi não haver tempo para mais ainda. Amanhã é o último dia do evento. Se puderem, apareçam. Não se vão arreender!
October 8, 2021
Fórum Fantástico 2021 – dia 1
Depois de alguns anos, regressei hoje a Lisboa, para assistir ao Fórum Fantástico deste ano. Da última vez que estive na Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, foi também na qualidade de escritora, para a apresentação da antoloia “Lisboa no Ano 2000”. desde então ainda não tinha encontrado o tempo para regressar a este que é um festival referência para o género Fantástico em Portugal.
Deixo desde já um convite a quem esteja por perto, para vir amanhã e domingo, já que o Fórum Fantástico dura de 8 a 10 de Outubro. Basta sair na estação de metro de Telheiras e são dois minutos até chegar à Biblioteca Municipal Orlado Ribeiro

Rogério Ribeiro e João Morales começaram por apresentar o evento, sendo que este ano a programação só começou a ser feita há cerca de um mês, por culpa das restrições que estavam em constante mutação. Ainda assim a agenda do Fórum Fantásico é ampla e diversificada. Havendo atividades desde sexta de tarde, sabado manhã e tarde, e domingo de tarde (consultem o blog oficial para acederem à agenda completa). Esta edição de 2021 traz algumas temáticas que teriam sido abordadas em 2020, mas que tiveram de ser adiadas porque no ano transato não houve evento.

O primeiro painel foi super-interessante! Tinha por tema “Vamos apanhar o comboio”, onde Maria José Teixeira, começou por falar do Festival Vapor, que aconteceu em 2018 e 2019 no Entroncamento, e que eu infelizmente ainda não tive oportunidade de visitar. Foi muito interessante saber como tudo começou, sendo que este festival se distingue de outros eventos Steampunk anteriores, por ser organizado no Museu Nacional Ferroviário, o que deve tornar a experiência em algo realmente fascinante. Este festival duplicou o seu público do primeiro para o segundo ano e permitiu ao Entroncamento, e zonas vizinhas, aumentar o seu potencial turístico, que foi umas das razões porque este projeto foi aprovado e porque continuará a existir num futuro próximo, sendo que está praticamente confirmada uma nova edição para 2022, no último fim-de-semana de Setembro. Espero poder marcar presença!
A segunda oradora foi Iolanda Ramos, professora e estudiosa da literatura, que trouxe uma perspectiva académica à escrita steampunk, contextualizando o mesmo e o neo-vitorianismo. Também falou de várias curiosidades sobre os comboios na era vitoriana, e como estes dividiam opiniões, sendo vistos como um sinal de progresso por uns, e uma monstruosidade por outros. Foi uma intervenção muito interessante a aprendi vários factos curiosos sobre a época vitoriana e as lcomotivas a vapor.
Luís Filipe Silva, escritor português de excelência, falou-nos do comboio como instrumento narrativo em alguns livros estrangeiros, e como elemento narrativo, não só na ficção steamunk, como generalista (deu o exemplo do “Crime no Expresso do Oriente”, de Agatha Christie). E referiu também o livro “Lisbo no Ano 2000”, o original que inspirou muito mais tarde a antologia em que participei. Este, disse, foi um dos primeiros exemplos do género em Portugal, e nele o comboio era uma peça fundamental do progresso, do comércio, do transporte e da comunicação, mas mesmo assim o autor ficou preso a outras questões da sociedade em que vivia, como sendo o caso das mulheres, que nessa visão não haviam ganho independência nem a moda tinha acompanhado a progressão da máquina.

De seguida foi a vez da gravação de um novo episódio da Bangcast, um podecast que podem já encontrar com vários episódios. Pelo que foi dito, este episódio estará disponível nas próximas semanas, e não me vou alongar muito sobre a mesma, pois quero convidar-vos a ouvir. O tema foi o percurso da Revista Bang, desde o seu nascimento em 2005.

O último painel que tive oportunidade de assistir (havia um últmo, mas não pude ficar até ao final) foi o com a temática “Cli-fi – Os amanhãs concebidos pelas ficção climática”, que contou com a presença de Teresa Botelho, Rui Mateus, Pedro Cipriano e Penim Loureiro. Todos fizeram sugestões literárias sobre esta vertente do fantástico. Teresa Botelho debruçou-se sobre várias abordagens, mais otimistas ou pessismistas, deste género, dando especial enfoque ao Solarpunk, um movimento literário que tem vindo a ganhar peso nos últimos anos, e cuja primeira antologia mundial, segundo a mesma, foi lançada no Brasil, com autores de lingua portuguesa.
Pedro Cipriano começou por referir o seu conto “Sementes de Esperança”, que de momento se encontra apenas disponível numa antologia filipina, como razão da sua presença no painel. Sugerindo depois uma série de obras. Por fim deixou o desafio, parafraseando, “cabe aos autores criar esta discussão (sobre as alterações climáticas) , este pensamento, esta conversa”.
Rui Mateus, investigador na área da literatura fantástica, trouxe uma visão um pouco diferente, remetendo esta temática para obras clássicas como “Senhor dos Anéis” e “The Wheel of Time”, que analisa como tocando no assunto das alterações climáticas de uma forma metafórica e mais ou menos subtil (sob a forma dos “Dark Lords” e como tudo o que eles dominam fica inóspito).
Penim Loureiro, por sua vez, abordou a temática na BD, com especial enfoque na BD portuguesa, sugerindo títulos da autoria de Bruno Silva, como “Portugal 2055” e “A Reportagem Especial”, sendo que pelo menos um destes títulos não está disponível nas livrarias, tendo sido organizado pela Universidade de Ciências de Lisboa (contactem a mesma, caso tenham interesse). Estas obras têm uma visão mais científica sobre o assunto, e tentam consciencializar os jovens para a temática.
No final foi aberto o debate ao público, o que apenas tornou mais enriquecedora a sessão, com intervenções interessantes e levantamento de questões essenciais, mostrando que o tema é um dos que mais convida ao debate.
E porque não podia vir de mãos vazias, comprei já dois livros, de autores portugueses, um deles em pré-venda Fórum Fantástico. É possível que compre mais, mas por agora deixo-vos com “Avatar – Destino do Universo”, de Frederico Duarte (e sim, eu tenho também a primeira edição deste livro), e “Umbigo do Mundo”, uma banda desenhada de Penim Loureiro e Carlos Silva.

November 27, 2020
12 anos depois
Hoje é um dia de comemorações aqui no blog. São 12 anos passados desde a minha primeira publicação.
12 anos desde que terminei o meu primeiro desafio NaNoWriMo.
12 anos desde que terminei a primeira versão do meu romance “Angel Gabriel – Pacto de Sangue“
Um dia vou ter 12 livros publicados. Para já são 12 histórias (em romance, contos e uma antologia. Podem vê-los AQUI.
Uma coincidência engraçada, da qual só me dei conta agora, porque os fui contar.
Convido-vos a revisitarem esse primeiro post AQUI de 2008.
July 1, 2020
Promoções e Descontos
Olá a todos!
Como estão nesta fase de estágio do pós-pandemia?
Espero que todos vocês e os vossos familiares estejam bem de saúde (física e mental).
Por cá as aulas terminaram para este ano lectivo, o que me dá algum tempo para tentar fazer aquilo que ando a prometer-vos há muito. Tenho muito trabalhinho pela frente, mas vou mantendo-vos informados sempre que possa.
Entretanto neste início de mês de Julho, a Smashwords está a fazer saldos, e eu decidi aderir.
Assim, o meu romance a a minha antologia de contos, os únicos títulos que não são gratis para vocês lerem, estão com 50% desconto entre 1 e 31 de Julho. Aproveitem se ainda não leram ou não adequiriam os ebooks. E se puderem dêem uma força e partilhem nas redes sociais e no boca-a-boca, para que estes e outros meus trabalhos cheguem a mais leitores.
[image error]Angel Gabriel – Pacto de Sangue
[image error] Um toque de …
Tudo de bom para vocês. Voltarei em breve com novidades. Prometo!
March 28, 2020
Novidades ou algo parecido
Olá a todos!
Mais uma longa ausência da minha parte, pela qual tenho de pedir desculpas, especialmente porque desde o início do ano algumas coisas aconteceram que eu deveria ter comentado aqui. E não, não falo da actual pandemia, mas já agora, mantenham-se em segurança.
Antes de mais, uma mudança significativa:
“Anormal” deixou de ser publicada pela Editora Draco.
Já por algumas vezes aqui mencionei que havia questões a resolver relativamente a esta publicação, mas nunca vos cheguei a contar o que se passou. Por questões profissionais não posso detalhar nada, mas basta-me dizer que unilateralmente escolhi terminar a minha parceria com a Editora Draco, e desta forma, para já o conto “Anormal” não se encontra disponível para leitura em lado nenhum.
Brevemente esta situação será corrigida com o lançamento de uma nova edição. Fica a promessa!
Como já aqui mencionei algumas vezes, neste momento, além do meu trabalho a tempo inteiro estou a tirar uma Licenciatura, o que torna impossível dedicar-me à escrita. No entanto nas últimas semanas tive uma enorme vontade de regressar às minhas histórias e tenho, aos poucos, relido várias das que escrevi.
Entre elas “Não Apodreças nos meus braços“, “Efeito Dominó” e “No Limiar da Vida”, entre outros.
E que vontade que tenho de rever, reescrever e revisitar estas histórias. É um impulso dificil de suprimir. As ideias burbulham e parecem transcender a lógica de que simplesmnete não tenho tempo para isto.
Já fui tirando vários apontamentos das alterações que quero fazer, ou no caso do “Efeito Dominó”, de como reescever a história de forma a que se torne interessante, pois esta foi uma história que escrevi há muitos anos e cujo texto não tem ponta por onde se lhe pegue, mas cuja história ainda me agarra e hoje, por exemplo, com uma intensidade que me distraiu de outras coisas que tinha para fazer durante várias horas.
Enfim, tudo isto para dizer que o bichinho da escrita continua. Talvez até mais intensamente do que há uns tempos. A separação é capaz de me ter feito bem, mas agora não consigo mesmo pegar nisto e isso custa-me.
Fica nos planos para breve. Mais um.
Entretanto, se estiverem em casa (como devem estar, se puderem), aproveitem para ler muito (e escreverem muito, se gostarem disso).
Alguns dos meus trabalhos esão disponíveis gratuitamente, e depois, se gostarem, procurem o restante do meu trabalho e pensem em apoiar-me e a outros autores que gostem, comprando os seus livros (em papel ou ebook)
Gartuitos:
– Saga da Heroína;
– A Dança das letras (conto);
– Miragem na Chuva (conto);
– A Última Ceia (conto);
– Um Dragão com Alergias (conto);
– Um Erro Várias Culpas (conto);
Outras publicações minhas:
– Angel Gabriel – Pacto de Sangue (atualmente com desconto na Smashwords);
– Um Toque de … (atualmente com desconto na Smashwords).