L.C. Lavado's Blog, page 5
March 28, 2014
Desencalhar a escrita... as tretas do costume.

Com dúvidas existênciais? Ou só com as mesmas tretas do costume que não te deixam desencalhar a escrita?
Deixa lá as lamentações, atira os Klinex ao lixo e lê este post (fabulástico como tudo o que escrevo!)
Aqui vão mais umas ajudas para juntares no teu bloco de notas.
(recomendações de utilização: ler todas as noites três vezes antes de dormir; partilhar com o maior número de pessoas para potenciar efeitos)
És tu quem manda!
A página em branco é o teu mundo. Tu é que escolhes quem lá entra e o que lá existe. Vale tudo! Liberta essa mente... assassina? ...libertina...? genial? ...uma mistela dos três? És tu que crias! És tu que tens o poder para destruir! Vá lá! O que é que podes pedir de melhor na vida? É o teu livro, a tua história!
Poder infinito, desresponsabilização total!
Não só és o ‘manda chuva’, como não tens qualquer responsabilidade pelas consequências do que escreves. Literalmente, 100% irresponsável — és como um macaco com um revolver. Corre que nem um desalmado! Atira de olhos fechados! Quem é que se importa!? A reputação de centenas de escritores loucos precede-nos e garante-nos a condescendência da sociedade em geral. Põem-te a teclar que nem um pianista louco e cria como só o teu génio pessoal sabe criar.
Sê único entre os únicos
A maneira mais fácil de te distinguires das resmas de ‘potênciais escritores é: a) escrever realmente alguma coisa nesse ‘Word’ b) terminar o que escreves (algo com pés e cabeça, principio meio e fim). Sim, é mesmo assim tão simples. Escreves e terminas o que escreves. Deixa lá as outras milhentas de histórias que queres escrever e trabalha só na que estás realmente a escrever.
Usa e abusa da liberdade para pôres o pé no charco
(Não, não estou a falar de alcool) Escrever não se trata de conseguir a perfeição — a isso chama-se Editar. Escrever é juntar essas ideias todas que te andam a zumbir pela cabeça, e chocalhar a coisa tantas vezes até formar algo com sentido. Trata-se de construir, mesmo que sem grandes certezas e mesmo que de forma desajeitada e pouco elegante. É trabalho sujo e até insano em certos momentos. Podes precisar de ajuda ou inspiração. É suposto ser assim. Permite-te essa liberdade — brinca e diverte-te. Manda com a barraca ao ar e vê onde a Dorothy vai dar!
Toda a gente gosta de um miminho... e tu mereces mais do que ninguém
Só por conseguires ser tu mesmo neste mundo capitalista de estereótipos, mereces ser recompensado. Se consegues escrever uma palavra a seguir à outra e quando alguém as lê a coisa num todo até faz sentido, então mereces um sunday duplo (no mínimo!) e com a cobertura mais calorica que o tio Mac consegue inventar ao mais baixo preço. Mas confessa: os mimos sabem bem melhor quando defines um objectivo para ti mesmo e o consegues cumprir. Um parágrafo por dia, um novo capitulo, 1’000 palavras... 2’000 palavras... tu mandas e só depende de ti cumpri-lo.
Ninguém escreve como tu!
Existem milhares de escritores... sim... só a ideia muitas vezes faz-nos querer encolher na cadeira e desaparecer só para não corrermos o risco de alguém olhar e achar que somos insignificantes quando comparados a alguns deles... uma barata quando comparados aos gigantes da escrita. Acreditem que partilhei essa ‘cadeira’ durante muito tempo - demasiado! Para as urtigas com essa treta! Ninguém escreve igual a ninguém, ninguém é capaz de imaginar as histórias que tu tens na cabeça, ninguém escreve como tu.
E mais não digo que tenho mais que fazer ainda hoje... mas... mesmo que não te tenha ficado nada dos parágrafos anteriores, se conseguires guardar este último no bloco de notas (e com cópia de segurança nessa massa encefálica) estás garantido.
Agora faz-te à vidinha!
Liliana
Gostaste deste post? Com apetite para mais? Lê estes...
É hora de começar a escrever!
Um “Verdadeiro” escritor? Não percebo.
A primeira vez de um escritor





Published on March 28, 2014 02:13
March 27, 2014
Assim fala... Walt Whitman
“Sou tão mau como o pior, mas, graças a Deus, sou tão bom como o melhor. ”-- Walt Whitman, que faleceu neste dia em 1892






Published on March 27, 2014 02:08
March 5, 2014
Assim escreve... Stephen King
“Aprendi uma coisa terrível: por vezes não há diferença nenhuma entre salvação e condenação.”
― Stephen King, "À Espera de um Milagre"






Published on March 05, 2014 01:53
March 3, 2014
Assim escreve... Rafael Sabatini
"Ele nasceu com o dom do riso e a sensação de que o mundo era louco"--"Scaramouche" de Rafael Sabatini






Published on March 03, 2014 01:23
February 25, 2014
Um “Verdadeiro” escritor? Não percebo.

O que é um “verdadeiro” escritor?
Aqui está uma questão que enche a caneta vermelha o post-it mais antigo (que é como quem diz com maior mau aspecto) que anda pelo meu Moleskine.
É fácil lembrar-me de quando o colei no interior da capa; foi o dia em que terminei o meu primeiro livro, e só quem já passou pelo momento em que se escreve a palavra FIM consegue ter uma ideia do quão estupidamente orgulhosa eu estava de todas aquelas páginas.
Então veio a pergunta: “Agora sou uma escritora... a sério?”
A pergunta veio rápido e fácil, mas a resposta é claro que não!
Com mais uma pequena obsessão na cabeça, andei a magicar no assunto nos tempos que se seguiram.
Eu sempre tive uma “queda” para as letras.
Quando no secundário os meus colegas juntavam dinheiro para as festas, gomas, gelados e alcool eu aplicava o meu em livros... tudo bem, também umas gomas de vez em quando, e o alcool é um segredo a nunca revelar.
Saramago foi uma má escolha, digo-vos que não fiquei feliz com esse investimento.
Quando as minhas amigas compravam a “Ragazza” e depois a “Cosmopolitan”, eu comprava o falecido “Independente” e mais tarde o “Público”... sim, eu era uma alma assim tão velha e tão pouco interessante na altura, e durou ainda mais uns anos, até que comprei o meu primeiro baton aos 25 (sim, 25 anos, não é gralha) e houve uma revelação!
Mas muito antes disso, nos primeiros anos de faculdade, escrever um livro nunca me tinha passado pela cabeça.
O “eu quero ser uma escritora” muito menos!
De um momento para o outro, lá estava eu, com um livro no PC que na primeira página tinha o meu nome em letras grandes e em todas as outras em letras mais pequenas, cabeçalho e rodapé.
Era um livro TODO meu!
“Eu sou uma escritora?”
Estava um 31 armado!
Resolvi ir por partes.
Para saber se era uma escritora tinha de definir um escritor.
O dicionário dizia:
escritor |ô| s. m. Autor de obras literárias ou científicas (com relação ao estilo, à forma que emprega).
Naaaa.... nada disso!
Era demasiado simples para responder a uma questão existêncial.
Eu precisava de uma lista! (as listas são sempre bons organizadores de ideias)
Já não tenho a lista “original” mas lembro-me que o resultado foi algo assim: (não riam!)
O que os escritores fazem:
- pensam
- escrevem o que pensam
- sentam-se em cadeiras e escrevem
- sentam-se em sofás/poltronas e lêem
- terminam o que escrevem
- têm livros nas prateleiras das livrarias
- correspondem com editores e leitores
- distribuem autógrafos
O que os escritores são:
- inteligentes
- apaixonados
- obsessivos
- imaginativos
- observadores
- livres
- escêntricos
- originais
A julgar pela minha lista, eu era “quase” uma escritora. O hegocêntrismo de filha única preenchia quase todos os requesitos mas os meus livros não estavam nas prateleiras das livrarias e a única correspondência que tinha trocado com editores resumia-se a dois emails de rejeição.
E isso fazia de mim o quê? (para além de parvinha é claro)
Foi neste ponto que desisti.
Finalmente chegou um dia em que vi a questão pelo que realmente era: tudo tretas que não valem uma urtiga! Mas para chegar ao ponto C, passar pelo A e pelo B é a linha da aprendizagem.
Não se riam de mim. Na altura era o que tinha, a minha confiança de avestruz fez-me agarrar a esta lista por tempo demais e corar que nem um semáforo vermelho só de pensar em algum dia dizer em voz alta “sou uma escritora”.
Tenho a certeza de que não estava sozinha e que até hoje existem muitos outros Escritores Exploradores presos atrás da linha que supostamente destingue “verdadeiros” escritores do resto do mundo. Muitas palavras passaram pelos meus olhos desde essa altura, escritas por outros escritores com as mesmas questões e outras escritas por mim, e com elas veio o que realmente me faltava há cinco anos atrás: confiança.
Hoje os artigos urtigosos que me tentam convencer de que preciso cumprir os padrões que alguém define como “verdadeiro” escritor para se ser escritor, são todos urtigas para mim e devem-no ser para ti também se te estão a impedir de fazer, dizer ou escrever alguma coisa.
Porque no final, o dicionário estava certo e a resposta era simples.
Há sempre dias em que nos questionamos, em que voltamos a duvidar, e esses dias vão continuar a existir porque faz parte de ser escritor, de ser humano, e quando esses dias vêm eu puxo-me as orelhas, páro, faço-me olhar para tudo o que já fiz e depois escrevo posts como este.
O escritor é um livre artista da palavra. É a definição que escolho. E mesmo nos dias em que não me sinto artista, não faz com que o deixe de ser.
Manda para as urtigas esses urtigosos que tentam dizer-te o que és, como és, o que deves ser, como deves ser... porque se escreves, se fazes um bom trabalho, então és um escritor! E o escritor que és ou queres vir a ser só tu podes defini-lo.
Conta aqui que escritor és e mostra o que andas a escrever (são permitidos links para blogs, posts, sites e tudo o mais que consigas carregar nos comentários)
Vamos lá escrever? ...(o resto toda a gente já sabe!)
Liliana





Published on February 25, 2014 06:09
February 14, 2014
Carradas de ideias!

Para além de escrever, eu gosto de ler, de escrever sobre o que leio, de discutir sobre o que escrevi e falar do que li.
Pode parecer complicado mas não podia ser mais simples!
Nas conversas sobre escrita…
como se escreve um livro?Como se começa um livro?Dificuldades.Writer’s Block.Uma montanha de urtigas de porquês e comos... no meio de tudo isto há sempre uma palavra que se destaca como a estrela no final de cada nível do Super Mário Galaxy (jogo fantástico).Ideia
E então segue-se a frase pesadelo que é o primeiro calhau no caminho dos não-escritores / quase-escritores / quero-tanto-ser-um-escritor-mas
“Gostava de escrever um livro mas não sei sobre o quê.”
Se para mim o contrário é que é o problema (que esta minha cabeça está apinhada de ideias e a luta é para decidir qual delas é merecedora do pouco tempo que se consegue roubar ao dia) não faz com que o tema me passe ao lado.Por isso mesmo, e também porque não resisto a tentar pôr toda a gente a escrever e partilhar a obstinação, aqui vão algumas dicas para espicaçar a imaginação e arranjar carradas de ideias. Mas lembrem-se: só é preciso uma (bem boa!)
- Lê títulos de livros que tenhas na estante, ou explora a biblioteca, ou a net. Cria uma história baseada no que um simples título te transmite.
- Vê um filme que não conheças mas tira o som da televisão e vai inventando os diálogos à medida que as imagens vão passando.
- Procura nomes para bebés em livros ou na net e cria personagens para dois ou três (ou quantos te der na cabeça) que te chamaram a atenção por algum motivo e depois pensa no que aconteceria se se encontrassem em algum momento da suas “vidas”.
- Faz uma pesquisa na wikipédia, ou em qualquer livro de história, sobre figuras históricas. Quando encontrares uma que te interesse por alguma razão, escreve sobre um episódio fictício na vida dele(a), por exemplo uma viagem em que no meio de uma floresta em que encontra outra personagem famosa da sua época e vivem uma aventura que ficou em segredo entre eles e nunca passou para os livros de história contemporânea.
- Observa um quadro ou uma fotografia e cria uma história sobre o seu tema, quer sejam pessoas, animais, um sítio, objecto ou combinação destes.
- Senta-te numa esplanada e observa as pessoas que vão passando (sê discreto que ninguém se sente confortável com um mirone) e inventa uma história para eles baseada na sua aparência. Por exemplo, se alguém tem uma tatuagem, o que significará? Será celebração por uma grande conquista? Ou um coração partido? Ou um segredo que não consegue partilhar com ninguém mas que mudou a sua vida para sempre?
São ideias apenas para conseguir começar, para passar aquele momento que todos os escritores, os melhores e os piores, tiveram de passar quando escreveram a primeira palavra do que mais tarde se tornou o seu primeiro livro. Porque sem passar por este momento nunca saberás a qual dos dois grupos pertences.
Vamos lá a escrever?
Liliana
PS – Algumas destas ideias foram roubadas (mas só porque eram mesmo boas para lhes resistir)





Published on February 14, 2014 08:27
February 4, 2014
Escrever melhor: carradas de ideias simples

Porque o senso comum não tem nada de errado, e sou da opinião de que quanto mais simples melhor, aqui ficam 100 formas para escrever melhor oferecidas pelo blogue "Writing Forward" .
Liliana





Published on February 04, 2014 01:30
January 23, 2014
És um escritor 'a sério'?
Published on January 23, 2014 05:08
November 30, 2013
Aposta nos autores portugueses - Blog 'Artes e Artes'

"Um dos pontos a favor da obra é a incapacidade para ser largada, a sensação de vício que só alguns escritores conseguem colocar nos leitores como acontece na maioria das obras de fantasia. L. C. Lavado tem a capacidade de se tornar, (...), numa das primeiras escritoras de fantasia português a ser reconhecida pela público. A qualidade da obra dita-lhe esse reconhecimento."
Retirado do artigo original de David Pimenta para o Blog Artes e Artes
Ler mais...





Published on November 30, 2013 01:35
November 21, 2013
Entrevista no blogue "Histórias Fantásticas"

Uma nova entrevista, desta vez a convite da bloguer Jaqueline Ribeiro do blogue "Histórias Fantásticas"
(...)
Quem mais te apoiou
na escrita do livro?
O meu marido. Foi a ele que dediquei o livro. É sempre a
primeira pessoa a ler o que escrevo.
Como te descreverias
em três palavras?
Simples. Teimosa. Original.
...mais aqui





Published on November 21, 2013 01:30