Nuno R.'s Blog, page 66
October 24, 2023
#### #001507 - 21 de Outubro de 2023
Em 2003 comecei um blogue. 20 anos. A internet mudou e mudou tudo.
#### #001506 - 20 de Outubro de 2023
Perder tempo a lamentar o tempo que se perde.
#### #001505 - 19 de Outubro de 2023
Um diário é um espelho muito seletivo. Eloquente, mas baço.
#### #001504 - 18 de Outubro de 2023
Solidão é não me suportar. Não se resolve envolvendo mais pessoas.
#### #001503 - 17 de Outubro de 2023
Houve uma altura da minha vida em que desenhava. Era um período em que não perdia muito tempo a recordar o que fui, o que fiz, como agora.
October 16, 2023
#### #001502 - 16 de Outubro de 2023
Parabéns Kikas. Benvindo de volta à tour.
October 15, 2023
#### #001501 - 15 de Outubro de 2023
Voltam os quilómetros de bicicleta e as páginas do romance.
October 14, 2023
#### #001500 - 14 de Outubro de 2023
Suplício gostava de chorar em locais bonitos. Em alturas bonitas. Em alto mar, durante uma superlua. Em Okinawa durante a sakura. No Nepal, durante o Holi. Na foz do rio Trovela, ao amanhecer, depois de uma descida de muitas horas. Em lugares recônditos no Amazonas, na Patagónia. Em Istmos na Noruega ou na Grécia, durante a noite. Em lugares sem motores, como Hidra. Caminhava muitas horas, sozinho, ou fazia longas viagens de barco, de burro, ou de bicicleta. Chorava convulsivamente, ranhoso e salgado. E regressava. É fácil dizer que o importante era a viagem, não o destino. Mas não havia destino, nem objectivo, apenas emoção crua. Um dia, deixou de chorar. Continuou a viajar, e dentro tinha muito mais espaço, quase tanto como o do mundo em volta. Sentir passara a ser uma forma de ligação com o que existe, não um luto. Mudou até de nome, sem se aperceber. Chamava-se agora Rio.
#### #001500 - 14 de Outubro de 2023
Suplício gostava de chorar em locais bonitos. Em alturas bonitas. Em alto mar, durante uma superlua. Em Okinawa durante a sakura. No Nepal, durante o Holi. Na foz do rio Trovela, ao amanhecer, depois de uma descida de muitas horas. Em lugares recônditos no Amazonas, na Patagónia. Em Istmos na Noruega ou na Grécia, durante a noite. Em lugares sem motores, como Hidra. Caminhava muitas horas, sozinho, ou fazia longas viagens de barco, de burro, ou de bicicleta. Chorava convulsivamente, ranhoso e salgado. E regressava. É fácil dizer que o importante era a viagem, não o destino. Mas não havia destino, nem objectivo, apenas emoção crua. Um dia, deixou de chorar. Continuou a viajar, e dentro tinha muito mais espaço, quase tanto como o do mundo em volta. Sentir passara a ser uma forma de ligação com o que existe, não um luto. Mudou até de nome, sem se aperceber. Chamava-se agora Rio.
October 13, 2023
#### #001499 - 13 de Outubro de 2023
A chuva afasta as pessoas da margem do rio. As aves marinhas regressam ou partem ou pousam na água. O suor escorre. Um arco íris preenche o canto acima das árvores. Peguei na bicicleta e fui beber algum silêncio.