Les Misérables Quotes

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Les Misérables: Marius (Les Misérables, #3) Les Misérables: Marius by Victor Hugo
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“Aimer ou avoir aimée, cela suffit. Ne demandez rien ensuite. On n'a pas d'autre perle à trouver dans les plis ténébreux de la vie. Aimer est un accomplissement.”
Victor Hugo, Les Misérables: Marius
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“Aí desaparece o desinteresse e divisa-se o vago esboço do demónio; cada qual para si. O eu sem olhos uiva, procura, apalpa e rói. Existe nesse golfão o Ugolino social.
As figuras ferozes que giram nessa cova, quase animais, quase fantasmas, não se ocupam do progresso universal, cuja ideia ignoram; só cuidam de saciar-se cada uma a si mesma. Quase lhes falta a consciência, e parece haver uma espécie de amputação terrível dentro delas. São duas as suas mães, ambas madrastas: a ignorância e a miséria. O seu guia é a necessidade; e para todos as formas de satisfação, o apetite. São brutalmente vorazes, quer dizer, ferozes; não à maneira do tirano, mas à maneira do tigre. Do sofrimento passam estas larvas ao crime; filiação fatal, geração aterradora, lógica das trevas. O que roja pelo entressolo social não é a reclamação sufocada do absoluto; é o protesto da matéria. Torna-se aí dragão o homem. Ter fome e sede é o ponto de partida; ser Satanás é o ponto de chegada. Esta cova produz Lacenaire.
Acima viu o leitor, no livro quarto, um dos compartimentos da mina superior, da grande cova política, revolucionária e filosófica, onde, como acabou de ver, é tudo pobre, puro, digno e honesto; onde, sem dúvida, é possível um engano, e efectivamente os enganos se dão; mas onde o erro se torna digno de respeito, tão grande é o heroísmo a que anda ligado. O complexo do trabalho que aí se opera chama-se Progresso.
Chegada é, porém, a ocasião de mostrarmos ao leitor outras funduras, as profunduras medonhas.
Por baixo da sociedade, insistimos, existirá sempre a grande sopa do mal, enquanto não chegar o dia da dissipação da ignorância.
Esta sopa fica por baixo de todas e é inimiga de todas. É o ódio sem excepção. Não conhece filósofos; o seu punhal nunca aparou penas. A sua negrura não tem nenhuma relação com a sublime negrura da escrita. Nunca os negros dedos que se crispam debaixo desse tecto asfixiante folhearam um livro ou abriram um jornal. Para Cartouche, Babeuf é um especulador; para Schinderhannes, Marat é um aristocrata. O objetivo desta sopa consiste em abismar tudo.
Tudo, inclusive as sapas superiores que esta aborrece de morte. No seu medonho formigar, não se mina somente a ordem social actual: mina-se a filosofia, a ciência, o direito, o pensamento humano, a civilização, a revolução, o progresso. Tem simplesmente o nome de roubo, prostituição, homicídio e assassinato. As trevas querem o caos. A sua abóbada é formada de ignorância.
Todas as outras, as de cima, têm por único alvo suprimi-la, alvo para o qual tendem a filosofia e o progresso, por todos os seus órgãos, tanto pelo melhoramento do real, como pela contemplação do absoluto. Destruí a sapa Ignorância, e teres destruído a toupeira do Crime.
Humanidade quer dizer identidade. Os homens são todos do mesmo barro. Na predestinação não há diferença nenhuma, pelo menos neste mundo. A mesma sombra antes, a mesma carne agora, a mesma cinza depois. Mas a ignorância misturada com a massa humana enegrece-a. Essa negrura comunica-se ao interior do homem, e converte-se no Mal.”
Victor Hugo, Les Misérables: Marius
“Du reste, il n'avait jamais réussi à aimer aucune femme autant qu'un oignon de tulipe ou aucun homme autant qu'un elzevir.”
Victor Hugo, Les Miserables : Tome 3
“Le propre de la pruderie, c'est de mettre d'autant plus de factionnaires que la forteresse est moins menacée.”
Victor Hugo, Les Miserables : Tome 3
“There are some men apparently born to be the reverse of the coin; their name is a continuation, and is never written except preceded by the conjunction "and." Their existence is not their own.”
Victor Hugo, Les Misérables: Marius
“When adversity entered his room, he bowed to his old acquaintance cordially; he tickled catastrophe in the ribs.”
Victor Hugo, Les Misérables: Marius
“With a choice between two lights, his inclination was for illumination rather than fire. He preferred the whiteness of the beautiful to the flashing of the sublime, and a brightness clouded by smoke; a progress purchased by violence only half satisfied his tender and serious mind.”
Victor Hugo, Les Misérables: Marius
“Era um desses homens que dominam o espanto produzido pelos lances desesperados. Não obstante o ingente perigo da crise, não obstante o medonho aspecto da catástrofe, os gestos daquele homem em nada semelhavam a agonia do afogado que debaixo da água abre desmesuradamente os olhos num esgar convulso e horroroso.”
Victor Hugo, Les Misérables: Marius
“Ele supunha ter, e talvez tivesse efetivamente, atingido a realidade da vida e da filosofia humana, chegando por fim a não contemplar senão o céu, única coisa que a verdade pode ver do fundo do seu poço.”
Victor Hugo, Les Misérables: Marius
“Um dos livreiros para quem trabalhava, Magimel, creio eu, oferecera-lhe levá-lo para sua casa, fornecer-lhe um trabalho regular e dar-lhe 1500 francos por ano. Ter boa casa e 1500 francos, que boa coisa! Mas renunciar à sua liberdade, ser uma espécie de mercenário, uma espécie de literato-caixeiro. Segundo o modo de ver de Mário, (...) ganhava em comodidades e perdia em dignidade”
Victor Hugo, Les Misérables: Marius
“Mário estabelecera do seguinte modo o problema da sua vida: trabalhar o menos possível no serviço material para trabalhar o mais possível no serviço impalpável; por outras palavras, dar algumas horas à vida real e lançar o resto no infinito.”
Victor Hugo, Les Misérables: Marius
“Em todas as suas provações sentia-se alentado e às vezes impelido por uma oculta força que de dentro lhe vinha. A alma ajuda o corpo e chega mesmo algumas vezes a ampará-lo. É a única ave que sustenta a gaiola em que está encerrada.”
Victor Hugo, Les Misérables: Marius
tags: soul
“Na verdade, se nos fosse dado penetrar com os olhos da carne na consciência dos outros, julgaríamos com mais segurança um homem pelo que devaneia do que pelo que pensa. O pensamento é absolutamente espontâneo, toma e conserva, mesmo no gigantesco e no ideal, a figura do nosso espírito. Não há coisa que mais directa e profundamente saia do fundo da nossa alma do que as nossas aspirações irreflectidas e desmesuradas para os esplendores do destino”
Victor Hugo, Les Misérables: Marius