Primeiro Eu Tive Que Morrer Quotes

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Primeiro Eu Tive Que Morrer Primeiro Eu Tive Que Morrer by Lorena Portela
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“Eu quero ser livre para viver. Eu quero ter paz com o que me trouxe até aqui. Eu quero me libertar dos fantasmas que me fizeram companhia até hoje. Quero seguir a minha própria estrada, em frente, apesar do mal que me fizeram e do mal que eu causei. Eu deixo aqui os meus traumas, deixo aqui as minhas dores, deixo aqui as minhas culpas e quero viver a minha história. Eu quero tomar parte da minha felicidade.”
Lorena Portela, Primeiro Eu Tive Que Morrer
“Quantas mortes uma mulher já enfrentou para continuar viva? O quanto de dor uma mulher é capaz de suportar e se manter de pé?”,”
Lorena Portela, Primeiro Eu Tive Que Morrer
“E nem posso ser a tua cura. Entendes isso? Tu não podes te ancorar em mim para fazer essa busca. Esse caminho é teu, e vais ter de fazer isso por tua conta. Não acho que estás pronta para um relacionamento, se não contigo mesma, por enquanto. Eu te quero pra mim? Sim, não nego. Mas te quero maior do que minha. Enquanto isso, seguro a tua mão e bailo contigo. Porque eu te amo. E, se nos amamos, não faz diferença se és minha namorada ou não.”
Lorena Portela, Primeiro Eu Tive Que Morrer
“o abraço estica o momento mais um pouco,”
Lorena Portela, Primeiro eu tive que morrer
“-- Eu gosto de pensar que estamos vivendo, eu e tu, uma coisa que não é definida no conceito nem do espaço nem do tempo - ela continuou. - Porque isso, nós duas aqui nessa cama, está acontecendo hoje, sim, mas está acontecendo para sempre também. Nós estamos aqui e estaremos em outros lugares, tão logo nos movamos, e isso segue com a gente. E porque estamos aqui, nesta cama, neste hoje, determinamos acontecimentos diferentes dos que aconteceriam se estivéssemos em outros lugares. Todas as decisões que tomei na vida me trouxeram aqui. Tudo que vou ser daqui por diante vai ter isso comigo e os pequenos acontecimentos decorrentes disso determinarão outras coisas em outros momentos. E, mesmo quando não estivermos aqui, isso já existiu e uma existência é inteira, absoluta, irrevogável. Tudo que existiu não inexiste nunca mais.”
Lorena Portela, Primeiro Eu Tive Que Morrer
“Não cortaremos os pulsos, ao contrário, costuraremos com linha dupla todas as feridas abertas.” LYGIA FAGUNDES TELLES”
Lorena Portela, Primeiro Eu Tive Que Morrer
“Minha querida Gloria, Volta? Atravessei um deserto nestes últimos dias. Meu corpo não aguentou, minha cabeça ainda dói, ainda sinto sede, mas estou do outro lado. Cheguei. Ainda não sei o que fazer daqui pra frente, desconheço este lugar em que me encontro agora, mas estou descobrindo. Quero descobrir. Preciso descobrir. Sinto sua falta, imensamente, e posso ver sua ausência em todos os espaços. Em mim, sobretudo. No entanto, se não quiser voltar, minha querida Gloria, se acha que deve seguir daí, vai. Eu te liberto porque foi exatamente o que você fez comigo. Vai e não sinta culpa, nem olhe para trás. Eu te amo, Gloria. Eu só não sabia como sentir. Estive na Guida nesta última semana, mas amanhã volto para a pousada. Caso decida voltar, estarei à tua espera. Com o peito mais aberto que o mar de Jeri — como quase diz a canção. Um beijo. Ou quantos quiseres. P.S.: Pedi demissão do trabalho. Estou livre.”
Lorena Portela, Primeiro Eu Tive Que Morrer
“Eu sou inteira para o que eu posso ser. Eu mereço toda a felicidade que a vida me trouxer e que eu construir. E eu estou no meu caminho para tudo isso”.”
Lorena Portela, Primeiro Eu Tive Que Morrer
“É curioso observar que homens são econômicos ao elogiar mulheres pelas quais eles não têm interesse sexual. Não é comum ver comentários masculinos sobre trabalhos ou performances femininas em perfis ou sites de intelectuais, artistas, cantoras, filósofas, escritoras e afins. Mas esses mesmos homens não perdem tempo em lamber e alimentar o já grande ego uns dos outros nas redes sociais.”
Lorena Portela, Primeiro Eu Tive Que Morrer
“O diretor de criação com quem eu trabalhava era daqueles homens que bastava ver uma vez e qualquer um saberia que, dentre todas as profissões no mundo, ele só podia ser publicitário. O prazer de ser clichê. Era um homem assim, digamos, bonitão até, padrão. Barba e cabelo bem cheios, armações de óculos grossas, pretas. Solteiro, mais de 40 anos na fuça e camisetas de personagens de desenho animado. Tênis com estampa quadriculada. Mais dinheiro gasto em tatuagens do que em livros ou viagens, isso era óbvio. Um filho de 6 anos criado e sustentado só pela mãe, que ele via a cada 15 dias, mas que rendia fotos, legendas e hashtags bonitas no Instagram.”
Lorena Portela, Primeiro Eu Tive Que Morrer
“Um cara muito menos competente do que achava que era. Muito menos talentoso do que pensava, mas que se vendia bem e isso conta bastante num mercado cujo propósito é fazer com que as pessoas comprem mentiras e se satisfaçam com elas. Ele era o sanduíche que você recebe daquela rede de fast-food, que é tão diferente da foto. O vestido que você recebeu do site da China, comparado à imagem que lhe fez confirmar a compra. Dentre as competências do meu diretor de criação estava a de duvidar de ideias boas do restante da equipe, apenas porque não tinha sido ele o cérebro por trás delas. Também era deveras competente em, acidentalmente, mandar fotos não solicitadas do próprio pênis numa conta do Snapchat que eu usava pouco. Geralmente o “acidente” acontecia de madrugada. Ainda era bom em gastar metade do salário — alto — em cocaína.  Que, às vezes, cheirava no banheiro da agência mesmo. Mas, para isso, eu não dava a mínima.”
Lorena Portela, Primeiro Eu Tive Que Morrer
“E nem posso ser a tua cura. Entendes isso? Tu não podes te ancorar em mim para fazer essa busca. Esse caminho é teu, e vais ter de fazer isso por tua conta. Não acho que estás pronta para um relacionamento, se não contigo mesma, por enquanto. Eu te quero pra mim? Sim, não nego. Mas te quero maior do que minha.”
Lorena Portela, Primeiro Eu Tive Que Morrer