A varanda do frangipani Quotes

“a velhice não nos dá nenhuma sabedoria, simplesmente autoriza outras loucuras.”
― Mia Couto, A varanda do frangipani

“Nós, mulheres, estamos sempre sob a sombra da lâmina: impedidas de viver enquanto novas; acusadas de não morrer quando já velhas.”
― Mia Couto, A varanda do frangipani

“- Aí é que você se engana, Nhonhoso: eu não sou bom. Sou é muito vagaroso nas maldades.”
― Mia Couto, A varanda do frangipani

“A velhice o que é senão a morte estagiando em nosso corpo?”
― Mia Couto, A varanda do frangipani

“O voar não vem da asa. O beija-flor, tão abreviadinho de asa, não é o que voa mais perfeito?”
― Mia Couto, A varanda do frangipani

“Um herói é como o santo. Ninguém lhe ama de verdade. Se lembram dele em urgências pessoais e aflições nacionais.”
― Mia Couto, A varanda do frangipani

“Demasio-me nesta palavração”
― Mia Couto, A varanda do frangipani

“Enquanto ouvir estes relatos você se guarde quieto. O silêncio é que fabrica as janelas por onde o mundo se transparenta. Não escreva, deixe esse caderno no chão. Se comporte como água no vidro. Quem é gota sempre pinge, quem é cacimbo se evapora. Neste asilo, o senhor se aumente de muita orelha. É que aqui vivemos muito oralmente.”
― Mia Couto, A varanda do frangipani

“Também eu me refiz de mentiras, como se a mentira fosse a pele que nos protegesse mas que, de tempo em tempo, nos tivéssemos que desfazer.”
― Mia Couto, A varanda do frangipani

“Coração que ama engrandece.”
― Mia Couto, A varanda do frangipani

“— Então não há os vivos que têm os olhos mortos?”
― Mia Couto, A varanda do frangipani

“Quem confunde céu e água acaba por não distinguir vida e morte.”
― Mia Couto, A varanda do frangipani

“— O que se encontra nesta vida não resulta de procurarmos.”
― Mia Couto, A varanda do frangipani

“A guerra cria um outro ciclo no tempo. Já não são os anos, as estações que marcam as nossas vidas. Já não são as colheitas, as fomes, as inundações. A guerra instala o ciclo do sangue. Passamos a dizer: "antes da guerra, depois da guerra". A guerra engole os mortos e devora os sobreviventes.”
― Mia Couto, A varanda do frangipani

“Tómeme en serio, inspector: usted nunca descubrirá la verdad de ese muerto. Primero, esos amigos míos negros nunca le van a contar la verdad. Para ellos el señor es un mezungo, un blanco como yo. Y ellos aprendieron, desde hace siglos, a no abrirse ante mezungos. Así se les enseñó: si abren el pecho ante un blanco, acaban sin alma, robados en lo más íntimo. Yo sé lo que va a decir, que es negro, como ellos. Pero pregúnteles a ellos lo que ven en usted. Para ellos usted es un blanco, uno de fuera, uno que no merece confianza. Ser blanco no es una cosa de raza. Usted lo sabe, ¿no es verdad? Después, hay más todavía. Es el propio régimen de la vida. Yo ya no creo en la vida, inspector. Las cosas sólo fingen suceder. ¿Excelêncio murió? ¿O simplemente se mutó, dejó de verse?”
― Mia Couto, A varanda do frangipani

“Padeci tais fomes que só não morri porque a morte não me encontrou, tão magro que estava.”
― Mia Couto, A varanda do frangipani

“O velho acenou fingindo perceber. Fica mal um homem perguntar explicação de prosa alheia.”
― Mia Couto, A varanda do frangipani

“Na vida só a morte é exacta. O resto balança nas duas margens da dúvida.”
― Mia Couto, A varanda do frangipani

“Houve um tempo em que pensei poder mudar esse mundo. Mas hoje desisti. Aquele é um corpo que está vivo graças à sua própria doença. Vive do crime, se alimenta de imoralidade.”
― Mia Couto, A varanda do frangipani

“A guerra cria um outro ciclo no tempo. Já não são os anos, as estações que marcam as nossas vidas. Já não são as colheitas, as fomes, as inundações. A guerra instala o ciclo do sangue. Passamos a dizer: “antes da guerra, depois da guerra”. A guerra engole os mortos e devora os sobreviventes.”
― Mia Couto, A varanda do frangipani

“O tempo é um fumo, nos vai secando as carnes.”
― Mia Couto, A varanda do frangipani

“a luz é mais leve que a água, seus reflexos ficam boiando como peixes lunares, algas de fogo.”
― Mia Couto, A varanda do frangipani

“O parto é uma mentira: nós não nascemos nele. antes, já estamos nascendo. A gente vai acordando no antecedente do tempo, antes mesmo de nascer. É como a planta que, no segredo da terra, já é raíz antes de rpoclamar seu verde sobre o mundo.”
― Mia Couto, A varanda do frangipani