A Nova Era e a Revolução Cultural Quotes
A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramsci
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Olavo de Carvalho261 ratings, 4.47 average rating, 18 reviews
A Nova Era e a Revolução Cultural Quotes
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“O pragmatismo, uma modalidade especialmente elegante de estupidez, fundiu essas regras numa só e as erigiu em princípio fundamental do conhecimento: os conceitos das coisas não dizem o que elas são, mas o que planejamos fazer com elas.”
― A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramsci
― A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramsci
“Não havendo partidos ou políticos de direita no Brasil, toda a confrontação direita-esquerda que se vê atualmente é uma obra de engenharia social criada pela própria esquerda com três objetivos: (1) ocultar sua hegemonia e seu poder monopolístico sob uma aparência de disputa democrática normal; (2) neutralizar quaisquer tendências direitistas, canalizando-as para uma direita pré-fabricada, a “direita da esquerda”, o que se observou muito claramente nas duas campanhas eleitorais de Fernando Henrique Cardoso, um marxista gramsciano que foi alegremente aceito como depositário (infiel, é óbvio) da confiança do eleitorado direitista; (3) dominar todo o espaço político por meio do jogo de duas correntes partidárias fiéis ao mesmo esquema ideológico, só separadas pela disputa de cargos, como aliás o reconheceram explicitamente o próprio Fernando Henrique e o prof. Christovam Buarque, então um dos mentores do PT. Essas três linhas de ação definem exatamente o que Lênin chamava “estratégia das tesouras”, termo inspirado na idéia de cortar com duas lâminas.”
― A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramsci
― A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramsci
“Alfredo Sáenz, S. J., em La estrategia ateísta de Antonio Gramsci (Córdoba, 1988), observava que a via gramsciana para o socialismo, evitando a prática leninista de liquidar fisicamente os inimigos, dava preferência – embora não exclusiva – ao assassinato moral. Isso refletia a nova estrutura do Partido revolucionário, que de elite golpista armada ia se transmutando numa rede difusa e onipresente, sem rosto nem limites, imperando invisivelmente sobre a psicologia das massas e moldando até a mente dos seus adversários. Estes ficariam assim tão isolados, tão desarmados ideologicamente, que mal conseguiriam se defender sem acusar-se no mesmo ato, por falta de linguagem própria. Os poucos que se salvassem do naufrágio mental seriam neutralizados por meio do boicote profissional e do massacre difamatório – instrumentos manejados, é claro, de maneira impessoal e camuflada.”
― A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramsci
― A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramsci
“chegou a nossa vez de conquistar aquilo que já ninguém mais quer.”
― A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramsci
― A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramsci
“Admito que, se em qualquer dos três livros tivesse adotado uma forma expositiva mais ao gosto acadêmico, eu não precisaria estar agora chamando a atenção para uma unidade de pensamento que transpareceria à primeira vista. Mas essa visibilidade custaria a perda de todas as referências à vida autêntica e o aprisionamento do meu discurso numa redoma lingüística que não combina nem com o meu temperamento nem com a regra que me impus alguns anos atrás, de nunca falar impessoalmente nem em nome de alguma entidade coletiva, mas sempre diretamente em meu próprio nome apenas, sem qualquer retaguarda mais respeitável que a simples honorabilidade de um animal racional, bem como de nunca me dirigir a coletividades abstratas, mas sempre e unicamente a indivíduos de carne e osso, despidos das identidades provisórias que o cargo, a posição social e a filiação ideológica superpõem àquela com que nasceram e com a qual hão de comparecer, um dia, ante o Trono do Altíssimo. Estou profundamente persuadido de que somente nesse nível de discurso se pode filosofar autenticamente.”
― A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramsci
― A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramsci
“Beemot é o peso maciço da necessidade natural, Leviatã é a infranatureza diabólica, invisível sob as águas – o mundo psíquico – que agita com a língua.”
― A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramsci
― A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramsci
“O gramscismo transforma em propaganda tudo o que toca, contamina de objetivos propagandísticos todas as atividades culturais, inclusive as mais inócuas em aparência. Nele, até simples giros de frase, estilos de vestir ou de gesticular podem ter valor propagandístico.”
― A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramsci
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“Mons. Sanahuja,”
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“Anatoliy Golitsyn, The Perestroika Deception,”
― A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramci
― A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramci
“Roger Kimball, editor de New Criterion – Tenured Radicals: How Politics Has Corrupted Our Higher Education e The Long March: How The Cultural Revolution of the 1960’s Changed America”
― A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramci
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“um artigo de Márcio Moreira Alves.[ 23 ]”
― A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramci
― A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramci
“Gramsci transformou a estratégia comunista, de um grosso amálgama de retórica e força bruta, numa delicada orquestração de influências sutis, penetrante como a Programação Neurolingüística e mais perigosa, a longo prazo, do que toda a artilharia do Exército Vermelho. Se Lênin foi o teórico do golpe de Estado, ele foi o estrategista da revolução psicológica que deve preceder e aplainar o caminho para o golpe de Estado. Gramsci estava particularmente impressionado com a violência das guerras que o governo revolucionário da Rússia tivera de empreender para submeter ao comunismo as massas recalcitrantes, apegadas aos valores e praxes de uma velha cultura. A resistência de um povo arraigadamente religioso e conservador a um regime que se afirmava destinado a beneficiá-lo colocou em risco a estabilidade do governo soviético durante quase uma década, fazendo com que, em reação, a ditadura do proletariado — na intenção de Marx uma breve transição para o paraíso da democracia comunista — ameaçasse eternizar-se, barrando o caminho a toda evolução futura do comunismo, como de fato veio a acontecer. Para contornar a dificuldade, Gramsci concebeu uma dessas idéias engenhosas, que só ocorrem aos homens de ação quando a impossibilidade de agir os compele a meditações profundas: amestrar o povo para o socialismo antes de fazer a revolução. Fazer com que todos pensassem, sentissem e agissem como membros de um Estado comunista enquanto ainda vivendo num quadro externo capitalista. Assim, quando viesse o comunismo, as resistências possíveis já estariam neutralizadas de antemão e todo mundo aceitaria o novo regime com a maior naturalidade. A estratégia de Gramsci virava de cabeça para baixo a fórmula leninista, na qual uma vanguarda organizadíssima e armada tomava o poder pela força, autonomeando-se representante do proletariado e somente depois tratando de persuadir os apatetados proletários de que eles, sem ter disto a menor suspeita, haviam sido os autores da revolução. A revolução gramsciana está para a revolução leninista assim como a sedução está para o estupro. Para operar essa virada, Gramsci estabeleceu uma distinção, das mais importantes, entre “poder” (ou, como ele prefere chamá-lo, “controle”) e “hegemonia”. O poder é o domínio sobre o aparelho de Estado, sobre a administração, o exército e a polícia. A hegemonia é o domínio psicológico sobre a multidão. A revolução leninista tomava o poder para estabelecer a hegemonia. O gramscismo conquista a hegemonia para ser levado ao poder suavemente, imperceptivelmente. Não é preciso dizer que o poder, fundado numa hegemonia prévia, é poder absoluto e incontestável: domina ao mesmo tempo pela força bruta e pelo consentimento popular — aquela forma profunda e irrevogável de consentimento que se assenta na força do hábito, principalmente dos automatismos mentais adquiridos que uma longa repetição torna inconscientes e coloca fora do alcance da discussão e da crítica. O governo revolucionário leninista reprime pela violência as idéias adversas. O gramscismo espera chegar ao poder quando já não houver mais idéias adversas no repertório mental do povo.”
― A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramci
― A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramci
