The Event of Literature Quotes
The Event of Literature
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Terry Eagleton177 ratings, 3.79 average rating, 19 reviews
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The Event of Literature Quotes
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“Por que as obras de arte nunca deveriam ter um fio de cabelo fora do lugar? Por que seus atributos deveriam se encaixar com precisão e se manterem organicamente relacionados? Nada pode simplesmente girar livremente? Não há virtude na dispersão, no deslocamento, na contradição, na abertura? Essa compulsão pela coerência não está de forma alguma fora do alcance da crítica. Pelo contrário, tem implicações ideológicas e até mesmo psicanalíticas (e os guardiões do cânone parecem inocentemente não estar cientes delas). No entanto, a coerência continua a aparecer no trabalho dos filósofos da literatura como algo mais ou menos axiomático. E essa conformidade espontânea com um dogma profundamente questionável é motivo suficiente para o ceticismo quando somos informados pelos estetas de que eles têm em suas mãos a chave para a natureza da literatura.”
― The Event of Literature
― The Event of Literature
“O que Kierkegaard e Frege têm em comum? A resposta da semelhança de família a essa questão não apela nem a uma essência permanente nem a algum efeito arbitrário de poder. As semelhanças entre as coisas são consideradas porque dizem respeito a atributos reais no mundo. As orelhas peludas e os narizes inchados não são apenas “construtos”, meras funções de poder, desejo, interesses, discurso, interpretação, o inconsciente, estruturas profundas etc. No entanto, ainda é possível que Frege e Kierkegaard sejam ambos chamados de filósofos sem apresentarem quaisquer atributos inerentes em comum. Isso não ocorre porque chamar ambos de filósofos é uma decisão independente dos atributos, mas porque, como acabamos de ver, um membro de uma classe pode estar ligado a outro por meio de uma gama de casos intermediários.”
― The Event of Literature
― The Event of Literature
“Só quando se sente que a literatura está sob ataque é que os apologistas do indivíduo singular recorrem instantaneamente ao pensamento abstrato. O que torna a teoria literária tão escandalosa é que a frase anterior é quase um oximoro. Como pode algo tão irredutivelmente concreto como a literatura ser objeto de investigação abstrata? Não é a arte o último refúgio do acaso particular, do detalhe deliciosamente excêntrico, do impulso rebelde, do gesto idiossincrático, enfim, de tudo o que derrota dogmas restritivos e visões unitárias? Não será o seu objetivo último escapar à tirania do doutrinário, à visão esquematizada da realidade, ao programa de ação política, ao fedor azedo das ortodoxias, às agendas destruidoras de almas dos burocratas e dos assistentes sociais?”
― The Event of Literature
― The Event of Literature
“In reading realist fiction, we are able as in some controlled experiment to grasp the meaning of what is said against a background of experience and activity – a background which for Wittgenstein himself is in real life so complex, implicit and untotalisable as to be ‘inexpressible’, as he remarks in Culture and Value, but to which fiction can lend some more determinate shape.”
― The Event of Literature
― The Event of Literature
“Ironically, the fact that fiction lacks a direct individual referent means that it can illuminate the nature of reference all the more instructively. In one sense of the word, fiction makes reference all the time – to wars and power struggles, sexuality and self-sacrifice, domestic affections and natural disasters. But since it accomplishes all this by portraying characters and events that do not exist, or whose real existence is beside the point, it is able to show up the act of referring as one dependent on contexts, criteria and the interrelations among signs, rather than as a straightforward connection.”
― The Event of Literature
― The Event of Literature
