Sôbolos Rios Que Vão Quotes

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Sôbolos Rios Que Vão Sôbolos Rios Que Vão by António Lobo Antunes
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“e não existe um só pilar de granito a impedir-me de partir.”
António Lobo Antunes, Sôbolos Rios Que Vão
“somos búzios que nenhum eco habita”
António Lobo Antunes, Sôbolos Rios Que Vão
“- Quando cresceres compreendes
confiante
- Quando cresceres compreendes
e os castanheiros toda a noite a discursarem acerca do modo como a terra nos despreza acabando por expulsar-nos (...)”
António Lobo Antunes, Sôbolos Rios Que Vão
“- Já não és de cá
destas pedras, deste mato, destas árvores que nos devoram numa pressa cruel conforme os arbustos e o granito nos devoram, somos búzios que nenhum eco habita, cascas de caracol tornadas pó se as tocamos, a humidade feita de líquenes do Mondego que não termina de nascer numa falha de penhascos, faleci da mesma doença que ele não em Lisboa, na vila, dando pelas solas a estremecerem o mundo e esperando na almofada que as velhas entrassem, o sino não a dobrar, tocando a incêndio e camponeses de feições inacabadas, como sucede aos pobres a quem a fome impediu de se completarem, a galgarem travessas carregando selhas, o dono do hotel dos ingleses a indicar o meu neto
- Talvez uns meses ainda”
António Lobo Antunes, Sôbolos Rios Que Vão
“(...) o afinador chegava na camioneta da carreira para consertar a harpa da dona Irene e horas num só acorde a aparafusar com o alicatezito melancolias erradas até que a vida no timbre que lhe pertencia e o tio emocionado
- É exactamente o que eu sinto”
António Lobo Antunes, Sôbolos Rios Que Vão
“o pai de manta nos joelhos à cata de um
- Sabes?
entre meia dúzia de palavras que tinha, não meia dúzia, duas ou três, não duas ou três, nenhuma, bolhinhas de cuspo que rebentavam mudas (...)”
António Lobo Antunes, Sôbolos Rios Que Vão
“o dono da fábrica de botas de verniz cansadas de baloiçarem a meio metro do chão
- Nasceste séculos depois de mim
curioso de verificar o que a espécie humana evoluiu e não evoluiu nem isto (...)”
António Lobo Antunes, Sôbolos Rios Que Vão