Caderno de Memórias Coloniais Quotes

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Caderno de Memórias Coloniais Caderno de Memórias Coloniais by Isabela Figueiredo
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“quanto tempo permanecerás sobre a cova onde o teu passado apodrece?”
Isabela Figueiredo, Caderno de Memórias Coloniais
“Moçambique é essa imagem parada da menina ao sol, com as tranças louras impecavelmente penteadas, perante a criança negra empoeirada, quase nua, esfomeada, num silêncio em que nenhum sabe o que dizer, mirando-se do mesmo lado e dos lados opostos da justiça, do bem e do mal, da sobrevivência.”
Isabela Figueiredo, Caderno de Memórias Coloniais
“Ele repetira-me demasiadas vezes a sua lenda preferida, a de São Martinho, o que reparte a capa. Portanto, tendo absorvido uma mensagem tão generosa, podia gastar o seu latim à vontade com a conversa dos pretos.”
Isabela Figueiredo, Caderno de Memórias Coloniais
“Quanto custava o amor?
O meu corpo, devagar, a minha terra. Materializei-me nela, e todos os dias voltava ao anoitecer à minha terra, e dela saía de manhã.”
Isabela Figueiredo, Caderno de Memórias Coloniais
“um desterrado é também uma estátua de culpa. e a culpa, a culpa, a culpa que deixamos crescer e enrolar-se por dentro de nós como uma trepadeira incolor, ata-nos ao silêncio, à solidão, ao insolúvel desterro.”
Isabela Figueiredo, Caderno de Memórias Coloniais