Filyppe Saraiva > Recent Status Updates

Há muito tempo eu não ria tão abertamente como ri com o jorro verborrágico das lamentações entrelaçadas de Fernanda. Genialmente escrito!

Definitivamente o meu maior pesadelo de livreiro é alguém me pedir pra resumir esse livro. Eu nem cheguei na metade direito e já aconteceu tanta coisa que volta e meia me pego voltando para "o que aconteceu com essa pessoa mesmo? Esse aqui era quem gostava daquela?"

Eu tenho cinofobia. Isso é tipo um medo absurdo de cães, tipo aracnofobia só que a Aranha é maior, bem mais rápida e pode arrancar meu braço numa mordida. Então dá pra dizer que dificilmente histórias envolvendo cachorros conseguem me cativar... No entanto, com a jornada do Buck tem sido beeeem diferente. Que livro, senhores!

Acho que eu nunca destaquei tantos trechos incríveis num eBook quanto neste aqui.

O começo foi um pouco complicado e ajuda bastante ter algumas informações sobre o porquê da Virgínia Woolf ter escrito esse livro, por exemplo.

Depois de passada a estranheza inicial, o texto é tão cativante quanto o/a protagonista, que nos empurra página após página em direção ao próximo capítulo.

Finalizei ouvindo o Rubber Soul, dos Beatles, banda que eu nunca fui fã, mas nunca desgostei... E pensar que esses são os primeiros textos do Murakami. O livro deixou tudo chacoalhado aqui dentro...

Pouca gente escreve sobre o aperto que dá no coração da gente numa tarde de domingo, quando o sol já começou a se deitar, com a maestria que o Murakami escreve.

Essa segunda novela já começa mais confusa, mas não menos carregada da conflitante magia nostálgica do texto do Murakami.

Empaquei foda! :(

16 capítulos num dia, tô gostando mais do que esperava.

"Se vivêssemos como se fôssemos morrer para sempre, o cheiro não seria um obstáculo tão grande, pensou o Cadáver. Ficaríamos livres para seguir a dança."

Olha Nakhjavání, obrigado pela viagem!

Esse capítulo do Dervixe é muito bom. Ele é bem mais direto que o capítulo anterior, mas ao mesmo ele amarra várias e várias pontas diferentes, dando início pro fim. Eu gostei bastante, mas é menos místico e espiritual, né?!

O Sacerdote é a alegoria do fanático religioso. Ele versa sobre os perigos que ocorrem quando os ritos acabam se tornando mais importantes do que a própria procissão de fé, de como ele se esforça para manter as aparências, para ser melhor que Deus.

"Os caminhos eram longos e árduos, previniu o homem respeitável; só era possível manter a cabeça não nuvens enquanto os pés continuassem firmes no chão".

Um dos personagens que mais me despertou empatia tem o capítulo mais morno do livro até agora. Sigamos nossa jornada, no entanto.

"Como o sentido de seu sonho de infância, como a mensagem em sua bolsa de remédios, certos conhecimentos precisavam amadurecer para serem entendidos."

O Alforje, Bahiyyih Nakhjavani

Ver que nossa república começou através de um golpe (e longe de toda a glória comumente vista na tela de Benedito Calixto (pintada 5 anos depois), perceber que saímos da Monarquia pruma república militar onde quase nada mudou. Perceber que durante nossos dois primeiros presidentes nós tivemos censura e ditadura, fechamento do congresso, perseguição política... tudo isso diz muito sobre o país de 120 anos depois.

Quando a gente fala em racismo e em escravidão, a gente não tem ideia da abrangência da coisa, né?! Pois bem: Em 1872, o estado do RJ tinha 133 mil habitantes do sexo masculino livres, o mesmo RJ tinha 292.637 escravos.

Em SP, 156.612; em MG, esmagadores 370.459; e, na Bahia, 167.824.

Dá raiva se deparar com essa realidade (e pior ainda é vê-la sendo questionada hoje em dia). Não tem como não ficar um indignado.

É difícil não ficar completamente indignado com os rumos que nosso país tomou, de seu "descobrimento" até sua independência, que muito diferente daquilo que aprendemos na escola, pouco teve de heróica e nos custou muitas, mas muitas dívidas mesmo com os ingleses, que pragmáticos que são, jamais deixariam isso passar batido.

O capítulo mais pungente até agora. Me senti realmente incomodado com a crueza das descrições aqui, o que acho que foi uma jogada genial da autora pra abordar a vida da personagem Escrava.

O capítulo mais pungente até agora. Me senti realmente incomodado com a crueza das descrições aqui, o que acho que foi uma jogada genial da autora pra abordar a vida da personagem Escrava.

Lendo sobre a invasão holandesa e o posterior breve governo deles por aqui bate, literalmente, uma saudade daquilo que a gente não viveu...

Vou te falar, vou... Deixaram a gente sonhar!

No capítulo do cambista nos é apresentado o poder da redenção diante de uma vida mundana e de descrença, o quanto somos necessitados de afeto (mesmo que divino) e propósito. Estou cada vez mais encantado com esse livro.

O Líder traz vários questionamentos interessantes. Fala um pouco sobre como há quem se venda como capaz de ler os presságios de Deus para guiar/ludibriar homens de fé através de seus próprios interesses. Fala também sobre como o cético está tão convencido de não crêr em nada, de achar que crer é sinônimo de fraqueza, de duvidar de si quando as coisas não saem como planejado, de se questionar se aquilo é culpa de Deus

Deus, como eu amo esse livro.

Um capítulo bem tenso para abordar a espiritualidade da noiva e sua ótica sobre o mundo. Não esperava por esse final!