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Segunda parte, capítulos três e quatro: Míchkin que sempre parece ser muito puro em suas atitudes, teve um momento um tanto quanto estranho nesse reencontro com Rogójin em Petersburgo.

E por falar em momentos acho interessante ressaltar quanto ambos ficam de frente para o quadro de Cristo e falam sobre fé, achei emblemático visto para criar Míchkin, Dostoievski se inspirou em Jesus e em seus atos de pureza e bondade

Todas as interações do Príncipe com qualquer outro personagem são sempre muito curiosas pois Míchkin destoa muito dos demais, um grande exemplo seria entre ele e o Lebedev, o senhor apesar de engraçado é bem rabugento e sempre busca vantagens em suas relações enquanto o Príncipe é sempre muito simples, educado independente do poder aquisitivo do outro...

Começando a segunda parte do livro, interessante ver esse "salto" no tempo se passando alguns meses desde o fatídico dia na casa de Nastassia, ver como os personagens seguiram suas vidas, as mudanças em suas atitudes em detrimento do ocorrido, as que mais me chama atenção são de Gavrila, Varia, de toda a família Epantchin e claro do Príncipe Míchkin que de bobo não tem nada

Primeira parte concluída e Dostoievski caprichou muito aqui, em um dia (na história) ocorre muita coisa e tudo muito bem apresentado, nenhuma ponta solta, personagens excelentes, cada interação entre eles sempre acaba surgindo algo interessante e essa primeira parte encerrou de forma muito surpreendente. Míchkin, Nastassia e Rogójin, o que vocês vão fazer? Poderia ficar horas escrevendo sobre tudo o que aconteceu...

Como em um único dia dentro da história pode acontecer tanta coisa. E o príncipe Míchkin segue com sua tranquilidade... praticamente um monge rs

A família do Gavrila realmente é bem conturbada, mãe, pai, irmã e até o próprio Ganka precisam de uma terapia hahah

Rogójin, agora você me surpreendeu e muito viu.

As páginas do livro vão passando e cada hora vai acontecendo coisas que pelo menos eu não esperava de jeito nenhum.

Muito interessante ver as interações entre o Príncipe Míchkin e o Gavrila Ardaliónovitch, os dois são bastante antagônicos. Outro ponto interessante é a própria família do Gavrila, bem diferente do ar pomposo e as vezes até arrogante de Gania (apelido para Gavrila).

Marie, em poucas páginas você não cativou apenas as crianças e o Michkin

"Por circunstâncias várias, que talvez não possamos ter grandes pontos em comum, embora por acaso eu próprio não acredite muito nessa última asserção, porque não é raro parecer que não há pontos em comum e, vai-se a ver eles existem de fato... E isso acontece devido a preguiça humana, porque as pessoas se selecionam de antemão e depois não conseguem encontrar nada..."

Concordo muito com você, Príncipe Míchkin!

Apesar de estar bem no comecinho, é um inicio que coloca diversas histórias no nosso horizonte, gerando curiosidade pra saber mais.

E você pode estar no seu primeiro livro russo ou no décimo mas o começo sempre vai parecer um pouco confuso devido aos nomes e em "O idiota" não é diferente, Príncipe Liév Nikoláievitch Míchkin, Parfion Rogójin, entre outros mas logo se acostuma

"Era a imprensa, a onipotente imprensa, o quarto poder fora da Constituição."

Como gostaria de ver Lima Barreto nos dias atuais com a força do rádio, televisão e principalmente da internet. Se 100 anos atrás ele já considerava a imprensa o quarto poder, imagina com a força que a mesma tem atualmente.

Interessante como as descrições da sociedade brasileira feitas por Lima Barreto no decorrer da história ainda permanecem em grande maioria na sociedade brasileira atual, infelizmente em suma maioria são características ruins como políticos corruptos, justiça parcial, entre outras coisas...

Primeiro escritor clássico brasileiro que leio e estou gostando bastante. Lima Barreto trás assuntos que até hoje são atuais principalmente em nosso país, problemas políticos e sociais como o racismo, tudo de uma forma muito inteligente e interessante de acompanhar.

Engraçado sempre tenho coisas a dizem sobre os livros que leio mas esse... só consigo sentir, mesmo que muitos pensem que ele é aquele típico livro "pra adolescentes" ainda pra quem assistiu na adolescência o filme, tem assuntos, momentos de uma delicadeza tamanha e que trazem reflexões bem interessantes

Quase chorei no ônibus, quase...
Talvez a parte mais pesada (na minha opinião) até o momento no livro

Aquele tipo de história que aquece o coração, apesar de alguns problemas no meio do percurso é muito bacana a forma que o Charlie relata tudo... tão bom quanto o filme

"Quero que saiba que sou feliz e triste ao mesmo tempo." É Charlie a gente te entende...

Sempre pensei como deve ser bom viajar para muitos lugares mas o tanto de despedidas que isso gera, deve ser difícil, mas deve valer a pena... tudo é questão de como enxergamos a situação