Ensaio sobre a lucidez (Ensaio sobre a cegueira, #2)
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Read between February 18 - March 1, 2022
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porque saber, aquilo a que se chama saber, sempre alguma coisa se sabe, mesmo quando não sirva para nada,
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O código genético disso a que, sem pensar muito, nos temos contentado em chamar natureza humana, não se esgota na hélice orgânica do ácido desoxirribonucleico, ou adn, tem muito mais que se lhe diga e muito mais para nos contar, mas essa, por dizê-lo de maneira figurada, é a espiral complementar que ainda não conseguimos fazer sair do jardim-de-infância, apesar da multidão de psicólogos e analistas das mais diversas escolas e calibres que têm partido as unhas a tentar abrir-lhe os ferrolhos.
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humanos são universalmente conhecidos como os únicos animais capazes de mentir, sendo certo que se às vezes o fazem por medo, e às vezes por interesse, também às vezes o fazem porque perceberam a tempo que essa era a única maneira ao seu alcance de defenderem a verdade.
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É regra invariável do poder que, às cabeças, o melhor será cortá-las antes que comecem a pensar, depois pode ser demasiado tarde.
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O silêncio que se sucedeu a estas palavras demonstrou uma vez mais que o tempo não tem nada que ver com o que dele nos dizem os relógios, essas maquinetas feitas de rodas que não pensam e de molas que não sentem, desprovidas de um espírito que lhes permitiria imaginar que cinco insignificantes segundos escandidos, o primeiro, o segundo, o terceiro, o quarto, o quinto, haviam sido uma agónica tortura para um lado e um remanso de sublime gozo para o outro.
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o que faz que a morte exista é o nome que tem, que as coisas não têm existência real se não tivermos um nome para lhes dar,
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Um impossível nunca vem só.