As intermitências da morte
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o que à morte impressionava era ter-lhe parecido ouvir naqueles cinquenta e oito segundos de música uma transposição rítmica e melódica de toda e qualquer vida humana, corrente ou extraordinária, pela sua trágica brevidade, pela sua intensidade desesperada, e também por causa daquele acorde final que era como um ponto de suspensão deixado no ar, no vago, em qualquer parte, como se, irremediavelmente, alguma cousa ainda tivesse ficado por dizer.
Leilane Abreu
O livro surpreende pela ironia e também pelas referências extraordinárias com a música, principalmente nesse trecho que fala do 12 études opus 25: n9 em sol bemol maior!