E se eu precisasse de você? (E se #1)
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Kindle Notes & Highlights
Read between February 28 - March 20, 2023
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— Quando éramos pequenos eu estava em uma festa da minha família e estava tão desesperado para comer rabanadas que não vi quando os filhos mais velhos dos amigos do meu pai colaram uma asa de borboleta na minha roupa. E eu fiquei andando com ela por um bom tempo até que minha mãe visse e tirasse de mim. Rossi gargalhou e continuou gargalhando até cair de costas no colchão. — Certo, borboleta, você ganhou — zombou, entre as risadas e belisquei sua barriga como eu sabia que ela odiava. — Pronto. Estamos quites — falou, depois de puxar o aparelho e renomear o meu contato para o emoji de uma ...more
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— Sair? Sair pra jantar? Eu e você? — Ela riu. — Rossi, eu te devo um jantar... Bem, pelas coisas que você fez e tudo o mais. Eu disse que faria isso. Uma das suas sobrancelhas se elevou. — Não, você não disse. — Tenho certeza que disse. Não, eu não tinha dito, mas foda-se, já tinha perdido ela para o Ortega várias vezes na semana. Hoje era o meu dia. — Tenho certeza que não.
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— Rossi, vá trocar de roupa. E por favor, não coloque aquelas camisetas nerds e jeans. Nós vamos no Mancini. Ela revirou os olhos. — Eu não iria assim! — Não, Rossi? Não mesmo? — perguntei, rindo, e ela saiu resmungando, apenas enrolada no lençol.
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Eu a pressionei contra a porta e segurei sua garganta, deslizando o polegar pela linha do pescoço e seu corpo relaxou, fazendo com que ela fechasse os olhos e respirasse fundo. — Já te disse que minha mão fica melhor no seu pescoço do que esse cordão horrível, Rossi — falei, com desdém, passando a língua em um ponto pulsante abaixo da orelha.
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— Mesmo. E falando nisso, Duda não para de resmungar sobre você se mudar. — Vou perguntar se ela quer ir comigo — ameaçou rindo. — Você não é nem louca. Não se quiser me ter como inimigo pro resto da vida.
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Me aproximei um pouco do seu ouvido e escorreguei uma das mãos na sua coxa, por baixo da mesa. — Pelo menos há um lado bom de você morar sozinha... Quando eu for até lá, podemos transar por qualquer lugar, qualquer dia da semana e sem correr nenhum risco de ninguém atrapalhar. Rossi deu um sorrisinho malicioso. — Acho que só as suas fodas aparecem sem serem convidadas — lembrou, dando um gole no vinho e me olhando de maneira desafiadora. — É... Eu já sei que Paula é inconveniente pra caralho, já falei pra ela não aparecer mais no apartamento sem avisar e já te disse que isso não vai acontecer ...more
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— Acho que estou bêbada. — Mas já? — O álcool tem um efeito maior nas mulheres — ela comentou, rodando o líquido na taça e arqueei uma das sobrancelhas. — A gente tem uma quantidade menor de enzimas pra metabolizar o álcool no organismo. Ela acha mesmo que sabe mais que todo mundo, a exibida do caralho. Abri um sorrisinho malicioso.
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— Não culpe sua baixa produção de ADH. Você é que é fraca demais. Seus olhos pareceram escurecer na mesma hora, piscando devagar e sua boca ficou levemente entreaberta. Ela ficava excitada sempre que eu abria minha boca para proferir algum conhecimento. Só que diferente de Rossi, eu me controlava. Ninguém queria saber sobre álcool desidrogenase em um encontro, porra.
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Graças a Deus o garçom apareceu em seguida ou provavelmente acabaríamos trepando no banheiro do restaurante. Porque precisei ajustar meu pau nas calças apenas pela maneira como ela me fitava.
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— E você vai? Eu achei que estivesse feliz na Anvisa, sempre querendo atravancar minha vida — falei, com desdém, e ela riu. — Algo me diz que você escolheu esse emprego justamente pelo prazer de me ver puto. — Nossa, achei que tivesse escondido isso melhor — brincou, e depois tornou a ficar séria.
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Nós bebemos duas garrafas de vinho e continuamos conversando sobre diversos assuntos. Era meio assustador que hoje em dia tivéssemos conversas longas, interessantes, sem um querer matar o outro.
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— Posso te contar um segredo? — perguntou, comprimindo os lábios para não rir. — O que foi, Rossi? — Eu ainda estou com fome — confessou, rindo e escondendo o rosto entre as mãos, apenas entreabrindo os dedos nos olhos para ver minha reação. — Eu disse! Porra! E você esperou a gente sair do restaurante para falar isso? Puta merda, achei que você fosse mais inteligente, Rossi. O álcool te impede de raciocinar?
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Nós atravessamos a rua em direção ao lago e fomos para uma parte mais afastada, longe da maioria dos restaurantes. — Vamos ser assaltados, essa parte é super deserta, é escuro, ninguém vem aqui. — Cale a boca, Marco! Deu uma risada, apertando mais a minha mão e nós passamos por uma cerca de folhas, que dividia a área pública de uma privada.
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— É sério isso? — Não seja chato. Tirou dois potes de sorvete de dentro do saco, juntamente com batatas fritas e deu um gritinho animado enquanto eu fazia uma careta ao perceber que ela pretendia comer ambas as coisas ao mesmo tempo. — Ah não. Sem condições. — Balancei a cabeça negativamente quando ela mergulhou a primeira batata no sorvete, gargalhando. — Vá em frente. Prove! — Realmente estou satisfeito, Rossi. Você também estaria se tivesse me ouvido. Por favor, pare de comer isso, porra, é nojento.
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— Você precisa provar! Eu te prometo que é bom. — E eu deveria acreditar por qual motivo? — Eu estou dizendo! — Você bota limão no uísque, não é fã de carne de porco e ainda prefere torradas com geleia a manteiga. Que credibilidade você tem? — Como você sabe que eu prefiro geleia? — Ela arqueou uma das sobrancelhas. — Ah, Rossi, poupe-me, você come isso sempre e ainda acaba com a geleia toda da casa. Principalmente se tiver a de amora. — Como você é dramático, você nem gosta tanto assim de geleia. E a de amora é minha preferida. — Que bom, não é? Porque se eu gostasse muito, você nunca ...more
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— Que susto! — Ela levou a mão ao peito. — Merda de sapo idiota. Você também não acha esses bichos esquisitos? Sempre odiei sapos, morria de medo quando era menor — contou, rindo, e encarando o animal. — Como você é fresca, Rossi. — Balancei a cabeça negativamente. — Acho que nunca tive problemas com eles. Minha mãe conta que quando eu era bem pequeno, praticamente me joguei dentro de um lago porque achei que eles fossem se afogar — contei, rindo, e ela fez o mesmo. — Aaaaaah, que fofo! — Rossi fez um biquinho e virou a cabeça de lado. Revirei os olhos. — Bem idiota, na verdade. — Eu achei ...more
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Nós conversamos mais um pouco e depois voltamos para o apartamento. Assim que abri a porta, Rossi praticamente me empurrou até o sofá, tirando o vestido por cima da cabeça, revelando uma lingerie azul escura. Era nova, mas eu ainda preferia as verdes. Colocou um joelho de cada lado, sentando-se no meu colo, tirou a minha camisa com rapidez e começou a distribuir beijos molhados no meu pescoço, enquanto pressionava o quadril com um pouco mais de força contra o meu. — Não, Nick, eu prometo, é rapidinho... Meu cu! — Nós ouvimos a voz de Duda ecoando pela sala e Rossi pulou do meu colo, ...more
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Eu pisquei. E pisquei de novo na tentativa de entender se aquilo era realmente verdade ou se estava sonhando. Duda estava parada na porta, ainda segurando a maçaneta, com Guedes atrás dela. Sua boca estava entreaberta, seus olhos arregalados e ela não conseguiu dizer mais nada além de “Meu cu”.
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— Ah, Duda, cale a boca. O que infernos você veio fazer aqui, afinal? — Pegar a porcaria da lingerie que eu comprei e esqueci, porque Nick ia transar hoje, mas não vai, por ser um idiota que não me conta as coisas — disse, cheia de ironia cruzando os braços e Montes riu. — Eu... Ah, Duda, porra. Eu não podia contar. Marco me fez jurar e... — Azar. — Eu te odeio, seu filho da puta — ele rosnou para o amigo. — Saiba que vou estragar a foda de vocês qualquer dia. Estejam avisados. — Você já fez isso, caso não se lembre — eu respondi, e ele me fuzilou com os olhos. — Pois farei de novo!
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— E eu ainda disse que precisávamos sair porque você não arrumaria nenhuma foda dentro de casa. — Ela gargalhou. — Subestimei Marco demais. — Não fique chateada por não termos falado nada. — Estou mais puta por ter perdido meses de implicância com os dois, jogando na cara toda a hipocrisia de vocês. — Você é ridícula.
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Marco Montes me intrigava. Tudo nele deixava-me incerta e eu odiava incertezas. Não conseguia entender por qual motivo ele continuava se prendendo a uma única experiência ruim e eu não aceitava o fato de pensar nele constantemente, não tinha lógica para a química que nós dois tínhamos, não sabia o motivo pelo qual queria estar próxima a ele.
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Não era idiota, eu tinha sentimentos por ele, mais fortes do que gostaria de admitir. Talvez toda a intensidade diminuísse quando eu saísse do apartamento. É, certamente isso aconteceria. Era totalmente aceitável e lógico que eu pudesse estar mais envolvida por morar com ele, por ter saído de um relacionamento turbulento. Deveria ter algum livro que explicasse isso psicologicamente. Tudo ficaria bem quando eu fosse embora.
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Duda voltou para sala, com Rossi atrás dela, agora com seu pijama de flanelas. — Estão namorando, então? — perguntei, e Nick chutou minha canela e xingou um palavrão. — Porra, Nicolas, eu queria contar! Sério, você está querendo que me arrependa de ter começado a te namorar? — Ela se virou para ele irritada e colocou as mãos na cintura. — Nossa, Guedes, você só faz cagada, percebeu? — Rossi implicou, rindo, sentando-se do meu lado no sofá. — Duda, Rossi estava trepando com seu melhor amigo e não te contou nada, direcione sua raiva pra ela. — E ele sabia e não disse nada — Rossi tornou a dizer, ...more
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— Você pode ficar quieta? — perguntei, colocando um travesseiro na cara, tentando empurrá-la, mas ela continuou jogando o peso para cima de mim. — Deus, você me chuta a noite toda como uma maldita pônei e ainda acorda escalando em cima de mim?
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— Eu estou exausta, queria dormir por mais umas dez horas — choramingou. — Que pena que você trabalha para a Anvisa, Rossi. Se eu fosse seu chefe, talvez liberasse você no dia de hoje. Ela riu e me chamou de idiota.
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Nós saímos do quarto e fomos em direção à cozinha e quando chegamos, Duda estava conversando com Nick animadamente. — Que gracinha nós quatro, é quase como a festa de pijama que fizemos lá em casa uma vez, mas agora com Rossi — Nick disse, ironicamente, quando nos viu em nossas roupas de dormir.
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— Ah, aquele dia foi tão divertido! — Duda fez um biquinho. — Não foi, você bebeu pra caralho e cismou que queria andar de bicicleta. Tivemos que trancar a porta do quarto para você não fugir. Meu Deus, Duda, suas memórias são totalmente erradas — eu resmunguei, e ela gargalhou, junto com Rossi.
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Então, Duda mostrou a tela do celular na nossa direção, que estampava uma foto (de baixa qualidade, provavelmente tirada de um celular) minha e de Rossi no restaurante ontem.   “De rivais a amantes? Alice Rossi e Marco Montes foram vistos juntos ontem no Mancini. Os dois pareciam extremamente íntimos e confortáveis um com o outro, trocando olhares carregados de paixão e sussurros secretos, em uma química de invejar qualquer casal no estabelecimento.”
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— Misericórdia! Tinha um fotógrafo aqui. Acho que era aquele maldito do Kiko, fotógrafo da coluna de fofocas do jornal. Ele tirou uma foto minha e saiu correndo. — Rossi apoiou o corpo na porta, com as mãos do lado, em pânico. — Mas ninguém sabe que eu moro aqui. — Mas ele sabe onde Marco mora. Provavelmente veio ver se vocês dormiram juntos. — Duda soltou uma gargalhada. — Parabéns, Alice, você acabou de confirmar isso para o jornal e provavelmente todas as páginas de fofoca.
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— É incrível, eles se conhecem em uma livraria, mesmo sendo de mundos tão diferentes, se apaixonam e no final ela ainda se declara para ele onde? EM UMA LIVRARIA! Desculpe, Duda, mas você não sabe nada sobre romance. — Ela deu de ombros. — Me parece uma porcaria — falei, e ela me fuzilou com os olhos.
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— É, realmente, Rossi — Nick concordou. — Tenho certeza de que não chega aos pés de Leia e Han Solo. Duda deu um gritinho e pulou nos braços de Nick, que deu uma risada. Lá vinham os dois com aqueles malditos filmes nerds que eles sempre viam juntos e não calavam a boca sobre. Nem Rossi gostava daquela merda de Star Wars (e ela gostava de tudo que era estranho), eu só imagino a merda que não deveria ser.
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— Então, jantar, Marco? — Duda ergueu uma das sobrancelhas, de maneira sugestiva. — O que foi, Maria Eduarda? Sim, fomos jantar apenas. As pessoas precisam comer, porra. — Ei! Não me chame assim. — Por que está tão irritado? — Nick perguntou. — Vocês são chatos pra caralho, por isso.
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— Essa merda de notícia acabou de foder com todos os meus esquemas, toda cidade vai achar que estou tendo um caso com Rossi agora. Apenas pare de me azucrinar hoje, por favor. — Só hoje — respondeu, rindo, me deu um abraço e um beijo no rosto. — Que esquemas? Você só fode com Rossi atualmente — Nick contou, rindo e o fuzilei com os olhos. — É o quê? — Duda berrou, e eu passei as mãos pelo rosto sem acreditar no meu próprio azar de ter amigos tão péssimos. — Não! Não vou lidar com vocês agora — avisei, saindo da sala, balançando a cabeça negativamente.
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Aqueles malditos fofoqueiros tinham fodido com minha vida. E Ortega estalava a porra do dedo e Rossi ia atrás dele como um cachorro. Inferno do caralho!
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Aquela maldita página de fofoca tinha a doce missão de atrapalhar a minha vida. Como diabos foram capazes de inventar que estávamos com “olhares carregados de paixão e sussurros secretos”?
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— E por qual motivo você foi jantar com ele? — Seu tom saiu enjoado na última palavra. Por que trepamos feito dois animais e estávamos com fome? — Realmente não é nada demais, Leo. Como você sabe, moramos no mesmo apartamento, nós fazemos diversas refeições juntos.
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— Você conseguiu um extra! — comemorei, e ele riu. — Eu amo o fato de você não gostar desses biscoitos. — Eu gosto desses biscoitos, Ali. Pisquei, horrorizada. — Leonardo! Mas você sempre os dá para mim. — Fico mais satisfeito com o quanto você fica feliz com eles do que comendo os benditos biscoitos. — Ele deu uma risada e eu fiz um barulhinho de “own” e o abracei.
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Não podia acreditar na porra da cena diante dos meus olhos. Ortega com a língua dentro da garganta de Rossi. Ortega! Aquele Louva-a-deus Míope Pau no Cu. Ortega, que era a maldição na minha vida. Ortega, que sempre se achou melhor que todos, com aquele jeito insuportável e julgador dele desde a porra do maternal. Ortega, que com seu senso escroto de justiça era o queridinho dos professores, afinal, ele precisava sempre abrir aquela boca grande, como fizera quando nós colamos o aluno novo na cadeira com o superbonder.
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Amava como ela parecia se entregar a mim no sexo, mas isso parecia ainda mais íntimo, mais profu... Eu me afastei um pouco. Minhas mãos ainda seguravam seu rosto, parte dos dedos embolados nos cachos. Nossos lábios estavam úmidos, vermelhos, inchados e porra, como eu queria voltar a beijá-la. Mas que inferno eu havia feito? DE NOVO!
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— Por que fez isso? — Ela abriu os olhos lentamente e me encarou, sua voz saindo rouca. — Porque eu quis. — Por que você quis? Você disse que não faríamos mais isso. Eu pisquei. — E daí? — E daí que você disse que não faríamos. Alguma coisa mudou? — Como assim? — Entre nós dois. Alguma coisa mudou? — Não — respondi, seco, e ela deu uma risada e afastou o corpo do meu, empurrando-me devagar.
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— Você fez isso por conta de Leo. Isso é só uma porcaria de competição pra você? — Rossi me fitava com os olhos brilhando de raiva. — Você o viu me beijando e então acha que pode chegar e me beijar também? — Você não está falando sério... — Sim, eu estou! — Ela quase explodiu. — Você é muito egoísta, Marco. — Eu? Eu sou egoísta? Por que caralho eu sou egoísta? — Você diz que não quer se envolver e então me beija. Minutos depois, volta atrás, afirma que não podemos fazer isso de novo, se vamos continuar transando. E agora me beija de novo, simplesmente porque quis! Você não está preocupado ...more
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— “Como se sente em relação a mim?” — Repeti sua frase, confuso. Rossi puxou o ar e soltou. — Você sabe que eu me envolvi, que estou bem mais envolvida que você na nossa relação e mesmo assim, se acha no direito de bagunçar os meus sentimentos. Isso não é justo!
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— Eu perguntei se estava se envolvendo e você disse que não. — Porque eu não queria que acabasse! — retrucou, com raiva. — Eu sabia que no minuto em que falasse qualquer coisa, você me afastaria. Por que você não sente nada, não é? De alguma forma, as palavras dela me atingiram de um jeito que eu não esperava. Rossi parecia chateada e me senti um pouco culpado por isso. Como não me sentiria?
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— Nossa, Montes, você é mesmo um babaca. Honestamente sinto muito por você, por Lorena ter fodido tanto com seu psicológico a ponto de você agir dessa forma. Senti o ar me faltar e fiquei imóvel por alguns segundos. Ela sabia. Sabia porque a porra da Maria Eduarda não conseguia manter o caralho da língua dentro da boca. E estava aqui, com aquele jeito julgador, como se fosse melhor do que eu em lidar com as merdas do passado. — Não fale sobre a merda que você não sabe, Rossi. — É, talvez eu realmente não saiba de nada mesmo. Bem, de qualquer forma, finalmente chegamos ao fim desse absurdo — ...more
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— É isto então? Você está terminando comigo? — Terminando? Nós nunca tivemos nada, Marco. Não foi você quem sempre deixou isso claro? O que temos para terminar? — Então agora você vai correr pros braços do Ortega? Ela me olhou chateada. — Tchau, Montes — disse, levantando os olhos uma última vez pra mim e girando a maçaneta. — Rossi! — eu chamei, mas ela já tinha batido a porta.
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— Cadê Alice? Ainda não acredito que hoje é o último dia dela aqui — choramingou, fazendo beicinho. — Acho que o último dia dela aqui foi ontem, Duda. — Que merda você fez, Marco? — ela berrou. — Eu não fiz... Por que acha que eu fiz alguma coisa? — Sério que você está perguntando isso? — Nick arqueou uma das sobrancelhas.
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— Fala logo, Marco, mas que inferno. Ninguém quer ficar desvendando mistério aqui não. Você não é uma esfinge. — Anda! — a loira berrou. — Eu a beijei. Duda deu um gritinho e voltou a levar as mãos até a boca. — Eu te falei! Passe minhas notinhas para cá! — ela disse para Nick, que praguejava enquanto abria a carteira e entregava algumas notas de má vontade. — Você... Vocês estão de sacanagem! — eu quase gritei. — Caralho, que amigos fodidos fui arrumar. — Não seja dramático.
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— Não sei o que você espera que eu diga. — Está apaixonado por ela? Dei uma risada alta. — Você é uma piada, Duda. — E você é infantil pra caralho, Marco — Nicolas disse, rispidamente. — Não sinto nada por Rossi, não comece a acreditar nas realidades que Duda inventa e coloca na sua cabeça. Foda-se, foi só um beijo. — Não tem como ser só um beijo pra você. Sabe muito bem disso. Você fugiu disso por tempo demais — ela insistiu.
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— Talvez meu corpo só tenha sentido falta. Acontece. — E você escolheria beijar logo Alice? Alguém que você tem transado todos os dias? — A gente não transa todo dia. — Merda, pare de ser tão literal para fugir das coisas. — Não estou fugindo de nada, Duda. Apenas do fato de você ser irritante. — Duda está certa, você sabe... não sei que tipo de merda você repete pra si mesmo, mas você está envolvido com Rossi até o pescoço. — Os dois lunáticos agora se uniram. Transar entre vocês os deixa burros?
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Duda suspirou fundo, segurou minhas mãos e olhou nos meus olhos, levemente preocupada, da mesma forma que ela havia olhado dois anos atrás tantas vezes. — Marco, eu melhor do que ninguém sei o quanto você sofreu com Lorena, o quanto gostava dela e o quanto foi difícil quando descobriu sobre a traição. E entendo você ter decidido se fechar para isso, nunca te julguei, mas entenda, ninguém controla os sentimentos. — Ela puxou o ar e soltou. — Compreendo que você e Alice se odiaram a vida inteira, mas é bem nítido que esse sentimento entre vocês morreu. Vejo como olha para ela, não há um pingo de ...more
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