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Existe um fato que ninguém te avisa quando você começa a namorar seu melhor amigo: a merda que acontece quando tudo acaba.
Nós éramos totalmente opostos. Como Superman e Lex Luthor, como Luke Skywalker e Darth Vader, como Gregos e Romanos, como Grifinória e Sonserina.
Era constrangedor, ele continuava sem camisa, exibindo aquele estilo que mais parecia uma mistura ridícula de Damon Salvatore e Chuck Bass.
Você é o tipo de pessoa que chamamos de nuvens, no momento em que desaparecem, automaticamente o dia melhora. Ninguém te aguenta por muito tempo,
— Não quero um relacionamento. Só não sabia que era tão difícil conseguir uma foda decente. — As palavras simplesmente saíram da minha boca e ele me olhou surpreso.
— Você está falando sério? — perguntei, perplexa. — Você? — Cerrei os olhos e cruzei os braços. — Quer transar comigo? — Você fodeu com a minha vida por tantos anos, talvez seja minha hora, não acha? — falou, divertido, mexendo as sobrancelhas.
Como... Isso realmente funciona pra você, Montes? — Beijo é algo íntimo demais. Essa era nova! Dei uma risada descrente. — E sexo não?
— Acha mesmo que é capaz de foder sem se envolver, Rossi? — ele perguntou, em um tom entretido perto do meu ouvido e senti sua respiração no meu pescoço. Deus, eu já estava completamente louca. — É você, Montes. Isso não tem a menor chance de acontecer — falei, dando uma risada fraca e ele fez o mesmo.
Ele estava por toda parte e nem mesmo estava ali.
— Podemos esquecer que isso aconteceu? — pedi, completamente constrangida, andando em passo acelerado até o armário, pegando uma xícara e colocando café no seu interior. — Nenhum problema para mim, mas você realmente é capaz disso?
Não, definitivamente não e eu me odiava demais por isso.
Rossi era diferente das outras, porque as outras me queriam e amavam isso. Ela me queria e se odiava por isso. Somente este fato era interessante o suficiente para que eu quisesse de novo.
— Eu te odeio — ela disse, baixinho, fechando os olhos e mordendo o lábio inferior quando novamente enfiei minha mão por dentro do short, pressionando seu corpo ainda mais na bancada. — Sem problemas Rossi, é recíproco. Nós vamos trepar, não casar —
— Sabe qual é a coisa boa disso entre nós dois, Montes? — falei, baixinho, desabotoando devagar a camisa dele. — Qual é, Rossi? — perguntou, divertido, erguendo uma das sobrancelhas, as mãos alisando minha coxa, deslizando por baixo da saia. Já sentia sua ereção dura pressionando no tecido fino da minha calcinha. Porra, como eu o queria. — Você é um babaca, eu sei disso e não me importo. Não há expectativa nenhuma sobre você. E nem você sobre mim. — Ele sorriu ainda mais.
— Sem beijo, Montes, o que mais? — perguntei, impaciente, completamente ofegante. Ele riu de canto de lábio. — Sem exclusividade — sussurrou, mordendo meu ombro e fazendo um pouco mais de pressão. — Não esperava por isso. — E o principal, Rossi... — Fez uma pausa. — Não se apaixone. — E enterrou os dois dedos em mim com força e os girou, a ponto de me fazer revirar os olhos e contorcer. Respirei fundo, tentando organizar as frases na minha cabeça. — Por você? — Minha voz saiu entrecortada. Eu já estava totalmente fora de mim. — Isso não tem a menor chance, Montes.
— De qualquer forma, meu problema com Rossi vai além da questão política, das nossas famílias. Ela seria insuportável mesmo se não fizesse parte da oposição, nós nos odiaríamos a vida inteira mesmo assim — falei, dando uma risada fraca. Não era apenas uma questão política e de ideais para nós dois. Nós vivíamos em disputa, a personalidade dela me irritava, sempre achando que sabia mais do que todos à sua volta, com aquela expressão julgadora que vivia estampada no seu rosto. — Você que pensa. — Ela riu. — Se ela fizesse parte do nosso ciclo, você teria se apaixonado por ela quando mais novo.
Assunto desagradável do caralho. Era só o que me faltava, ter que ouvir aquele tipo de atrocidade, minha própria mãe dizendo que a pessoa mais insuportável já nascida era, de alguma forma, certa para mim. Definitivamente o mundo estava perdido.
Acho que nunca tinha feito tanto sexo em um intervalo de um mês, nem mesmo no início do meu namoro com Hugo. E com toda certeza, nunca tinha gozado tantas vezes em 30 dias. Talvez pelo fato de ele não ser Montes, de não ter aquele corpo perfeito, de não saber fazer com que eu ficasse totalmente fora de mim. Eu me sentia simplesmente insaciável, querendo-o cada vez mais.
disse, com uma voz rouca, sem parar de me encarar. — Tenho certeza de que boa parte das mulheres dessa festa quer trepar comigo. — Deu uma risada fraca e fez menção de girar a maçaneta. — Não. — eu me ouvi dizendo e afastando sua mão da porta. Reuni toda minha voz sensual e deslizei os dedos por seu peito. — Você sabe muito bem que nossa foda vai ser melhor do que qualquer uma que você vá arrumar nessa festa.
corar. — Você está incrivelmente gostosa com essa roupa. — Esse vestido é lindo — respondi, um pouco sem graça. — Eu sei, fui eu quem escolhi. — Você? Mas esse vestido era de Duda. — E quem você acha que deu pra ela? — disse divertido. — Ela queria o vermelho, tinha visto em uma revista e passou uma semana falando sobre essa merda. Comprei o verde apenas por implicância, porque ela sabe que eu odeio vermelho (é claro que ele odiava a minha cor preferida). Ela não sabia se me agradecia ou me xingava — contou, rindo. — Não sabia que você tinha comprado — falei, levemente sem graça. — Não teria
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Na verdade, eu nem sabia ao certo se era a resposta correta. Eu amava ler, mas também amava o pau de Montes. Parecia-me extremamente deprimente ficar sem uma das duas coisas.
— Vou te foder com força, Rossi — disse, com a voz rouca e estremeci. — Avise se eu for além.
— Fique de olhos abertos, Rossi — ordenou, seu hálito queimando minha nuca, deslizando a língua quente pela curva do meu pescoço. — E abra as pernas.
— Talvez a gente possa otimizar o seu tempo, Rossi. Eu posso te chupar enquanto você põe sua leitura em dia — disse, com a voz rouca e o senti rindo contra minha pele.
— Hoje eu vou te amarrar nessa cama... — ele começou a dizer, seu timbre de voz retumbando em cada osso do meu corpo. — Vou te chupar até você gozar... — Montes falava cada uma das frases, movendo a boca de um ouvido para o outro, ainda sem encostar em mim. — Vou te foder até você gritar... — O aperto entre minhas pernas aumentava mais e mais e pressionei minhas coxas uma contra a outra em resposta. Soltou um dos meus pulsos, segurando meu maxilar e abri os olhos. Seu polegar deslizou pelos meus lábios, entreabrindo-os um pouco. — E você vai gozar junto comigo.
— Você pode queimar todas suas calcinhas vermelhas, Rossi, eu realmente prefiro as verdes — respondeu, com um sorrisinho no rosto. — Não vou queimar minhas calcinhas. — Eu compro outras pra você. Eu compro a porra da loja inteira de lingerie pra você, se você quiser — ele disse, com um tom divertido, antes de impelir com mais força.
Quem ele pensava que era? Aquele bruxo escroto do cinema, caralho? Ao menos já tinha a namoradinha ruiva. Era essa a história, não era? O moleque esquisito que morava dentro do armário que vivia atrás dos pobres ruivos segurando uma varinha.
— Você vai ficar preso nessa cama... — começou a dizer, roçando os lábios pelo lóbulo da minha orelha. — Vou sentar em você... De novo... e de novo... — Sua boca encostou na minha e ela sorriu maliciosamente. — Vou te chupar... — Seus dentes puxaram meu lábio inferior. — E você vai gozar na minha boca... Na hora que eu quiser. — Ela se afastou um pouco, os olhos escuros e mordeu o lábio inferior.
Abaixe sua bolinha, Rossi. Dizer que eu te odeio é algo que faço com bom grado. Porque era a verdade, eu a odiava. Muito. Mais do que no passado. Mais do que nunca.
A verdade é que eu não queria que mais ninguém estivesse com ela. Foda-se, não queria mesmo. Era possessivo demais para isso. Mas, ao mesmo tempo, sabia que as coisas não podiam ser assim, sabia o caminho para onde isso me levaria e não podia deixar acontecer.
— Enfim, na semana seguinte, Marco comentou que tinha chamado a cretina para viajar, ela disse que não estava se sentindo muito bem e iria ficar. Nós o fizemos dizer que iria mesmo assim, ficamos de tocaia na frente da casa dela, a seguimos até um restaurante no Rio e vimos os dois aos beijos. Foi realmente uma merda e isso acabou com Marco. E a frase que ele me falou logo na minha primeira semana no apartamento veio como um flash. Eu sequer me lembrava direito da conversa que havíamos tido, estava bêbada, mas a cena veio perfeitamente na minha cabeça agora. “As pessoas são escrotas e ponto.
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E pensei em Marco Montes durante todo o meu dia de trabalho. Era entendível que ele não quisesse mais se envolver com ninguém. Achava uma atitude totalmente extrema, mas cada um lidava de uma forma com seus sentimentos. E era isso. Ele continuaria transando com outras mulheres pelo apartamento e agora eu precisava mais do que nunca me mudar. Seria mais fácil continuar dessa forma. Eu o queria, mesmo que só pudesse ter o que ele podia oferecer, mesmo que fosse insuficiente para mim. Eventualmente eu cansaria, eventualmente conheceria outra pessoa e todo o encanto com Montes acabaria. Sim, isso
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— Já te disse que minha mão fica melhor no seu pescoço do que esse cordão horrível, Rossi — falei, com desdém, passando a língua em um ponto pulsante abaixo da orelha.
— Como quer que eu aja? Um tempo depois do acidente e o escândalo, você mudou comigo, com Hugo. Afastando-se de nós o máximo possível. — Funguei e ele me olhou triste, sem tirar a mão do meu rosto. — Eu tentei te entender, te dar espaço, pensando que talvez você estivesse sobrecarregado por conta dos meus pais e porque as pesquisas apontavam que seu pai iria ser eleito. E nós sempre quisemos isso, mas é algo totalmente diferente porque a oportunidade estava ali de verdade. Cansei de discutir com Hugo dizendo que você tinha todos os motivos para se afastar, que provavelmente queria se mudar
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— Marco, eu melhor do que ninguém sei o quanto você sofreu com Lorena, o quanto gostava dela e o quanto foi difícil quando descobriu sobre a traição. E entendo você ter decidido se fechar para isso, nunca te julguei, mas entenda, ninguém controla os sentimentos. — Ela puxou o ar e soltou. — Compreendo que você e Alice se odiaram a vida inteira, mas é bem nítido que esse sentimento entre vocês morreu. Vejo como olha para ela, não há um pingo de raiva, nem ódio, nem nada parecido. — Fiz menção de me pronunciar, mas ela me olhou de cara feia. — E está tudo bem, Marco. Você não vai ter seu orgulho
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Duda não era capaz de entender que não havia a menor possibilidade de que eu sentisse alguma coisa por Rossi. Tudo apenas havia sido uma consequência de todo o tempo que ela havia passado lá. Apenas uma consequência.
A vida prega dessas peças, não é? Como por exemplo fazer você se apaixonar pelo cara que você odiou boa parte da sua vida...
Há quatro dias. Longos quatro dias que eu não dormia direito. Foda-se. Sim, eu sentia falta dela. Mais do que conseguia admitir para mim mesmo. Porém, tinha plena convicção de que era por conta de toda rotina que desenvolvemos durante o tempo em que ela esteve lá.
— E eu gostava quando você era mais inteligente. É uma pena, ficar apaixonado te deixa burro e certamente te impede de ver o que está a um palmo dos seus olhos — respondeu, ácida.
Foda-se se ele tinha Rossi, ele não teria a porra da geleia para dar para ela, porque eu faria isso.
— Estou bem decidida sobre o que eu quero, Marco. Nós dois não estamos na mesma página e já não estamos há um bom tempo. Mas independente de qualquer coisa, eu tenho carinho por você — afirmou, suavemente, ainda olhando no fundo dos meus olhos. — É engraçado como nossa relação evoluiu, não é? Eu gosto da sua companhia, das nossas conversas. Seria bom se pudéssemos ser maduros a respeito de tudo, gostaria de tê-lo na minha vida... Boa noite, Marco. — Ela me lançou um último olhar e subiu as escadas. Merda. Merda, merda, merda.
Não havia mais como mentir para mim mesmo, eu estava completamente apaixonado por Alice Rossi.
Não queria que isso acontecesse de novo, não saberia lidar com toda aquela avalanche de sentimentos. Não conseguiria lidar com outro coração partido. Eu a queria. Eu a queria tanto que chegava a doer.
Como eu podia ter sido tão idiota? Como minhas percepções podiam ser tão tardias? Como pude tê-la e ter deixado que escapasse? E diretamente para os braços do pau no cu do Ortega!
— Eu realmente tentei, Duda. Realmente tentei não me envolver com ela, mas é tão difícil. Rossi é... Ela simplesmente... parece tão perfeita para mim. Ela tem todas as qualidades que sempre quis em uma mulher, é como se o universo jogasse isso na minha cara o tempo inteiro e é exaustivo. Eu não aguento mais. Ela me intriga, ela sempre me intrigou, mas acho que ela me quebrou por completo. Rossi tinha todos os motivos para me odiar, Duda. Eu sempre fui um babaca com ela. — É, você sempre foi. — E mesmo assim ela continuava voltando, continuava insistindo em estar perto de mim, em me ajudar de
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Ele nunca havia se envolvido com ninguém, nunca deixara ninguém ultrapassar aquela barreira da sua vida. Exceto eu. Eu era a exceção da vida de Nick. Eu sempre fui. Ele sempre me colocou em primeiro lugar, sem sequer hesitar. Nick me acolhia sempre, desde a primeira vez em que desabei em seus braços.
— Nunca vou entender sua relação com eles. — Porque nós nos pertencemos, Leonardo. E você não vai entender, porque eu e você nunca pertencemos um ao outro.
— Eu te amo. — Eu sei — ele respondeu, em um tom divertido, imitando Han Solo. Meus olhos encontraram os dele por alguns segundos. — É sério, Nick. Eu... eu não sei viver sem você. — Eu sei, Duda, mas preciso de um tempo, não tem como as coisas voltarem a ser como antes, porque... — Nick — o interrompi. — Eu sei viver sem Jonas, mas não sei viver sem você.
Eu certamente não só tinha jogado pedra na cruz como provavelmente havia usado o manto de Nossa Senhora como guardanapo na Santa Ceia.
— Preciso de você. — Marco, você não precisa de mim. Você me quer. Nós dois sabemos que isso é diferente. — E se eu precisasse, Alice? — perguntei, olhando no fundo dos seus olhos e ela respirou de forma desregulada ao ouvir seu primeiro nome saindo da minha boca. — E se eu precisasse de você? E somente você?

