Debaixo do vulcão (Portuguese Edition)
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Quauhnahuac.
Erwin Maack
Náuatle = Cuernavaca
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Embora a tragédia começasse a se tornar irreal e sem sentido, parecia ainda ser possível lembrar dos dias em que uma vida individual guardava algum valor e não era um mero erro de datilografia em um communiqué.
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Havia nele algo tocantemente desamparado e ao mesmo tempo muito leal.
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“… quando Alabama aparece a gente não pergunta nada a ninguém”,
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“A gente entra voando com os calcanhares!”
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“como, a menos que beba como eu, você pode esperar entender a beleza de uma velha de Tarasco que joga dominó às sete da manhã?”
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“Escolho a única saída, ponto e vírgula”, disse o cônsul, alegre e sóbrio, ao passar. “Adeus, ponto-final. Outro parágrafo, outro capítulo, outros mundos…”
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Ah, mas por que, por alguma exótica taumaturgia geológica, não se podia fundir as partes outra vez! Ela queria curar a rocha fendida. Ela era uma das rochas e queria salvar a outra, para que ambas fossem salvas.
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“Está tudo muito bem”, disse a rocha, “mas acontece que a culpa é sua e, quanto a mim, proponho me desintegrar quanto eu quiser!”
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você teria adquirido uma certa, não digo exatamente técnica, mas um jeito, uma máscara, um modo, de qualquer forma, de lançar em seu rosto, num instante, um ar de sublime distanciamento desonesto.”
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“criou em si mesma a situação mais importante de sua vida a não ser exatamente a situação muito mais importante que cria por sua vez de você precisar de quinhentos drinques para lidar com ela”,
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e mais vezes do que sou capaz de pensar esses vulcões me lembram dele, assim como esse vale me lembra o vale do Indo e aquelas velhas árvores de turbante em Taxco me lembram de Serinagar e como Xochimilco — está me ouvindo, Hugh?
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com a inocência de um homem que cometeu um assassinato na posição de dummy num jogo de bridge,
Erwin Maack
Boneco que mata o ventríloquo !
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“Por que deveriam?… Mas o que eu gosto são os anos ‘vagos’ dos antigos maias. E seus ‘pseudoanos’, não se pode esquecer deles! E os nomes deliciosos que usavam para os meses. Pop. Uo. Zip. Zotz. Tzec. Xul. Yaxkin.
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“De que adianta escapar”, ele chegou à moral da história com toda a seriedade, “de nós mesmos?”
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E mesmo que não estivesse sóbrio agora, através de quais estágios fabulosos, de fato comparáveis apenas aos caminhos e às esferas da Sagrada Cabala, teria ele atingido aquele estágio outra vez, tocado brevemente uma vez antes dessa manhã, aquele estágio em que sozinho ele podia, como ela afirmava, “suportar”, aquele precário estágio precioso, tão árduo de ser mantido, de estar bêbado e somente nele ficar sóbrio!
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Coxcox
Erwin Maack
Sobrevivente do dilúvio universal &Xochiquetzal
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Mas é incrível, pensando bem, como o espírito humano parece florescer à sombra do matadouro! Como, sem falar de toda a poesia, não muito abaixo dos currais para escapar completamente do fedor da cervejaria do amanhã, as pessoas conseguem viver em porões a vida dos velhos alquimistas de Praga! É: viver entre as coabitações do próprio Fausto, entre litargo, ágata, jacinto e pérolas. Uma vida que é amorfa, plástica e cristalina. Do que estou falando? Copula maritalis? Ou de álcool para alcaeste. Você pode me dizer?… Ou talvez eu consiga outro emprego, com o cuidado de primeiro pôr um anúncio no ...more
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Yesod,
Erwin Maack
Inteligência Pura
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Malebolge…
Erwin Maack
Círculo do inferno de Dante
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“Jornalismo é igual a prostituição intelectual masculina, oral e escrita, Yvonne.
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Na verdade, ele dizia que seria muito melhor se os fascistas simplesmente vencessem e pusessem um fim em tudo…”
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e é tudo uma maldita mentira, ele pensou: caímos nela inevitavelmente, é como se, neste dia único do ano, os mortos voltassem à vida, ou pelo menos era-se informado disso com toda a confiança no ônibus, esse dia de visões e milagres, por alguma contrariedade nos foi permitido por uma hora um vislumbre do que nunca existiu de fato, do que nunca pôde existir desde que a fraternidade foi traída, a imagem de nossa felicidade, do que seria melhor pensar que nunca pudesse ter existido.
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No entanto eu não espero, nunca em minha vida, ser mais feliz do que sou agora. Nenhuma paz jamais encontrarei que não seja envenenada como são envenenados estes momentos…
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No entanto, era um país sem censura, com garantia de vida, liberdade e busca da felicidade? Um país de escolas com murais brilhantes e onde mesmo cada pequena aldeia gelada de montanha tinha seu palco de pedra ao ar livre, e a terra pertencente a seu povo livre para expressar seu gênio nativo?
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Era um país de escravidão, onde seres humanos eram vendidos como gado e seus povos nativos, os yaquis, os papagos, os tomasachics, exterminados através de deportação ou reduzidos a algo pior que trabalhos forçados, suas terras dominadas ou nas mãos de estrangeiros.
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E a consciência havia sido dada ao homem para lamentar apenas na medida em que podia mudar o futuro.
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O que era a vida senão a guerra e a estadia de um estranho?
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E ali, de fato, estava de novo a tentação, a covarde serpente corruptora do futuro: pise em cima dela, seu tolo idiota. Seja o México.
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Fazer ele ficar sóbrio um ou dois dias não vai ajudar nada. Meu Deus, se a nossa civilização ficasse sóbria uns dois dias, ia morrer de remorso no terceiro…”
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Apenas como uma ofensiva bem planejada podia ser derrotada em seus primeiros dias por potencialidades não consideradas que tiveram tempo de amadurecer, de forma que um repentino movimento desesperado podia ter sucesso precisamente por causa do número de potencialidades que destrói de um só golpe…
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Ele bateu no peito outra vez. “É, só a fronteira final da consciência, só isso. Gênio, como eu gosto tanto de dizer”, acrescentou ao se pôr de pé, ajeitar a gravata e (sem pensar mais na gravata) endireitar os ombros como se para acompanhar uma determinação que, também emprestada nessa ocasião da mesma fonte que o gênio e seu interesse por gatos, o abandonou tão abruptamente como o tinha tomado. “O gênio vai cuidar de si mesmo.”
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Knock, knock: quem vem lá? O gato. Gatástrofe. Gatástrofe quem? Gatastrofísico. O quê, é você, meu pequeno popogato? Espere só uma eternidade até Jacques e eu terminarmos de assassinar o sono! Gatábasis para gatabismo. Gathartes atratus… Claro, ele devia saber, eram os momentos finais da retirada do coração humano, ou a entrada final do demônio, o insulado noturno, bem como o verdadeiro De Quincey (aquele mero demônio-droga, ele pensou ao abrir os olhos e se viu olhando diretamente para a garrafa de tequila) imaginou o assassinato de Duncan e os outros insulados, autorrecolhido a uma profunda ...more
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uma tempestade de multicoloridas cartas de amor rasgadas, rolando ao vento diante dos bares do deque do passeio);
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“São mil aspectos”, o cônsul acrescentou “dessa infernal beleza de que eu estava falando, cada um com suas torturas peculiares, cada um enciumado como uma mulher de todos os estímulos que não os seus próprios.”
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Na guerra que viria, correspondentes iam assumir uma importância inaudita, iam mergulhar em chamas para alimentar o público com seus cálices de excremento desidratado.
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cada corda um cabo da memória de seu amigo que se apagava, rebentava, a corda mais aguda sempre primeiro, rebentando com um estampido de tiro, ou com gemidos curiosos e agonizantes, ou com provocantes miados noturnos, como um pesadelo na alma de George Frederic Watts, até não existir mais nada além da cara em branco da lira silenciosa, caverna sem som para aranhas e baratinhas, e o delicado pescoço ornamentado, assim como cada corda quebrada separara o próprio Hugh, pontada a pontada, de sua juventude, enquanto o passado permanecia com sua forma torturada,
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escura, palpável e acusadora.
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e talvez ele afinal amasse genuinamente o mar, e aquela nauseante extensão supervalorizada fosse seu único amor, a única mulher de quem sua futura esposa deveria ter ciúmes,
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a promessa de deleite ilimitado nos bordéis do Oriente
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O estado da ponte sugeria contato recente — seria possível? — com um tufão. Se não, ele possuía um ar de que logo os atrairia.
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Nenhuma condição porém podia ser boa demais para os homens fortes o bastante para suportá-la.
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No entanto, na vida, subindo ou descendo, você está perpetuamente envolvido em neblinas, frio e saliências, a corda traiçoeira e a amarra escorregadia; só que, enquanto a corda escorregava, havia às vezes tempo para rir.
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“Erekia, aquele que despedaça; e aqueles que dão um longo grito, Illirikim; Apelki, os enganadores ou desviadores; e aqueles que atacam sua presa com movimento trêmulo, Dresop; ah, e os aflitivos atormentadores, Arekesoli; e não se pode esquecer também de Burasin, os que destroem com hálito de fumaça sufocante; nem de Glesi, o que cintila horrivelmente como um inseto; nem de Effrigis, aquele que estremece de um jeito horrível, você ia gostar de Effrigis… tampouco dos Mames, aqueles que se movem para trás, nem dos que mudam com um movimento particularmente rasteiro, os Ramisen…”, disse o ...more
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Eu te amo, sim, tenho todo o amor do mundo por você, só que esse amor parece tão longe de mim e tão estranho também que é quase como se eu pudesse ouvi-lo, um zumbido ou um choro, mas longe, muito longe, e um triste som perdido, que pode estar se aproximando ou recuando, não sei dizer qual.
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alguém algum dia já dera uma boa razão por que bem e mal não deviam ser assim tão simplesmente divididos?
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La Machine infernale, de Jean Cocteau. “Oui, mon enfant, mon petit enfant”, ele leu, “les choses qui paraissent abominables aux humains, si tu savais, de l’endroit où j’habite, elles ont peu d’importance.”
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“Os deuses existem, eles são o diabo”, Baudelaire o informou.
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Mas os do d.t. são apenas o começo, a música em torno do portal do Qliphoth, a abertura, regida pelo Deus das Moscas… Por que as pessoas veem ratos? Esse é o tipo de pergunta que devia preocupar o mundo, Jacques. Pense na palavra remorso. Remors. Mordeo, mordere. La Mordida! Agenbite também… E por que rongueur?
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“Você nega a grandeza da minha batalha? Mesmo que eu vença. E eu com certeza vencerei, se quiser”, o cônsul acrescentou, consciente de um homem perto deles que, em cima de uma escada, pregava uma placa numa árvore.
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