O Fim da Eternidade
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Read between February 18 - February 25, 2021
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Quando alguém começa demonstrando falta de conhecimento numa determinada área, geralmente significa que, em seguida, emitirá uma opinião simplista sobre essa mesma área.
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Se havia um tema sobre o qual os Eternos eram quase supersticiosos era sobre “Os Séculos Ocultos”, o tempo entre o 70.000 e o 150.000. Era um assunto raramente mencionado. Somente por sua proximidade com Twissell é que Harlan conhecia um pouco dessa época. O fato é que os Eternos não conseguiam entrar no Tempo em todos aqueles milhares de Séculos. As portas entre a Eternidade e o Tempo eram impenetráveis. Por quê? Ninguém sabia.
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Relutantemente, confessou que tais coisas exerciam atração e aceitou a sabedoria que mandava cada Setor da Eternidade viver na escala média de seu respectivo Século, em vez de seu nível mais confortável. Dessa forma, o Setor poderia manter contato com os problemas e “sentir” o Século, sem sucumbir a uma identificação próxima demais com um dos extremos sociológicos. É fácil, pensou Harlan naquela primeira noite, viver com aristocratas.
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Poderia contar alguma dessas coisas a ela? Claro que não. Poderia lhe dizer que quase nenhuma mulher se qualificava para a Eternidade porque, por alguma razão que ele não entendia (Computadores talvez entendessem, mas ele certamente não), sua subtração do Tempo tinha dez vezes mais probabilidade de distorcer a Realidade do que a subtração de um homem?
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não há graça nenhuma na Eternidade, moça. Nós trabalhamos! Trabalhamos para planejar todos os detalhes de todos os tempos, desde o início da Eternidade até onde a Terra está vazia, e tentamos planejar todas as infinitas possibilidades de tudo o que-poderia-ter-sido e escolher um poderia-ter-sido melhor do que aquilo que é, e decidimos onde, no Tempo, podemos fazer uma pequena mudança para transformar aquilo que é naquilo que pode-ser, e então temos um novo é e procuramos um novo pode-ser, e assim continuamente, continuamente, e é assim que tem sido desde que Vikkor Mallansohn descobriu o Campo ...more
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Somente quando todos os graus de liberdade desapareciam é que ocorria a Mudança. Enquanto houvesse sequer uma possibilidade matemática para ações alternativas, a Mudança não ocorria.
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Como era óbvio que a relação havia sido friamente calculada. A garota tinha certos atributos físicos inegáveis e nenhum princípio moral que a impedisse de usá-los. Ela os usou, e isso não teve nada a ver com Andrew Harlan como pessoa. Ele simplesmente representava sua visão distorcida da Eternidade e seu significado.
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Um Observador, ou qualquer um atuando como Observador, nunca deveria saber os fins alcançados com sua Observação. Isso o desviava muito da posição ideal de ferramenta objetiva e não humana.
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Publicidade! Um artifício para persuadir os relutantes. Importava ao fabricante de veículos terrestres se um determinado indivíduo sentia desejo original ou espontâneo por seu produto? Se o cliente em potencial (era essa a expressão) poderia ser artificialmente induzido ou engambelado a sentir aquele desejo e agir de acordo com ele, não seria bom? Então, o que importava se Noÿs o amasse por paixão ou por cálculo? Era só ficarem juntos pelo tempo suficiente e ela o amaria de verdade. Ele faria com que ela o amasse e, afinal, era o amor que importava, e não sua motivação.
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Isabelle Domingues
Owa! What a wrecked way to see things !
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Finge poderia ter provado ele mesmo a existência da superstição. Certamente, a ideia lhe ocorreu, com a tentação constante da presença de Noÿs. Então, ela deve tê-lo rejeitado.
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Dizer em voz alta o que ele já sabia em teoria faria com que o assunto fosse rebaixado ao nível do prosaico.
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Centenas de coisas ocorreram naquelas fisiossemanas e tudo se confundiu inextricavelmente na memória de Harlan, mais tarde, fazendo o período parecer muito mais longo do que realmente fora.
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Era um grande acréscimo à vida de Harlan. Ter alguém com quem conversar, com quem falar sobre sua vida, seus feitos e pensamentos. Era como se ela fosse uma parte dele, mas uma parte suficientemente separada para exigir a fala como comunicação, em vez do pensamento. Era uma parte suficientemente separada para ser capaz de responder de maneira imprevista, por meio de processos racionais independentes.
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Poderia ter previsto com antecedência, por exemplo, que seriam os interlúdios apaixonados que ele, mais tarde, raramente associaria ao idílio?
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Um homem que conhece seu próprio futuro, em qualquer mínimo detalhe, poderá agir com base nesse conhecimento e, portanto, mudar seu futuro.
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O resultado é que a Realidade deve ser mudada o suficiente para não permitir que A e B se encontrem ou, pelo menos, para evitar que A veja B. Então, como nada que se tornou não-Real numa Realidade pode ser detectado, A nunca encontrou B. Da mesma forma, em cada aparente paradoxo da viagem no Tempo, a Realidade sempre muda para evitar o paradoxo, e chegamos à conclusão de que não há paradoxos nas viagens no Tempo e não pode haver.
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Harlan emergiu lentamente do atoleiro moral. – O que vamos fazer? – Certamente não isso. Desespero, não.
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Ao eliminar os desastres da Realidade – disse Noÿs –, a Eternidade exclui também os triunfos. É enfrentando as grandes dificuldades que a humanidade consegue alcançar com mais êxito os grandes objetivos. É do perigo e da insegurança que surge a força que impulsiona a humanidade para novas e grandiosas conquistas.
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Consegue entender que, ao afastar as armadilhas e vicissitudes que perseguem o homem, a Eternidade não deixa que ele encontre suas próprias soluções, boas e amargas, soluções reais que chegam quando a dificuldade é enfrentada, não evitada?
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Qualquer sistema parecido com a Eternidade, que permite ao homem escolher seu próprio futuro, terminará optando pela segurança e pela mediocridade,