A vontade radical (Portuguese Edition)
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Started reading March 26, 2018
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Espiritualidade = planos, terminologias, noções de conduta voltados para a resolução das penosas contradições estruturais inerentes à situação do homem, para a perfeição da consciência humana e a transcendência.)
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A acomodação desses dois impulsos contrários pode produzir a necessidade de preencher todos os espaços com objetos de peso emocional insignificante, ou com amplas áreas de cor apenas modulada, ou com objetos uniformemente detalhados; ou engendrar um discurso com um mínimo possível de inflexões, de variações emotivas e de aumentos e diminuições de ênfase. Esses procedimentos parecem semelhantes ao comportamento de um neurótico obsessivo precavendo-se contra um perigo. Os atos de uma tal pessoa devem ser repetidos de forma idêntica, pois o perigo continua o mesmo; e precisam ser repetidos ...more
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(O problema da pornografia é um “dos dilemas de uma sociedade em transição”, disse Goodman, em um ensaio, alguns anos atrás.)
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O argumento seguinte: o texto pornográfico não é capaz de evidenciar nenhum cuidado com seu meio de expressão enquanto tal (a preocupação da literatura), uma vez que o propósito da pornografia é inspirar uma série de fantasias não verbais em que a linguagem desempenha um papel secundário, meramente instrumental.
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Em certos aspectos, o uso de obsessões sexuais como tema da literatura assemelha-se ao uso de um tema literário cuja validade bem poucas pessoas contestariam: as obsessões religiosas.
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Sade, Lautréamont, Bataille e os autores de História de O e A imagem.
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Sauve qui peut.
Filipe Mafagafo
Salve-se quem puder
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No momento em que a história usurpou a natureza como quadro de referência decisivo para a experiência humana, o homem passou a pensar historicamente sobre a sua experiência, e as categorias a-históricas tradicionais da filosofia tornaram-se vazias. O único pensador a assumir frontalmente esse impressionante desafio foi Hegel, que supôs poder resgatar o empreendimento filosófico dessa reorientação radical da consciência humana, apresentando a filosofia como, de fato, nem mais nem menos que a história da filosofia.
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destino de toda ideia profunda é ser logo colocada em xeque por outra ideia que, de maneira implícita, ela mesma gerou.
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filosofia passa a ser um pensar torturado, que devora a si próprio — e permanece intacto, quando não floresce, a despeito desses atos reiterados de autocanibalismo (ou talvez devido a eles). No ato apaixonado do pensar, o pensador joga, ao mesmo tempo, os papéis de protagonista e antagonista. Ele é, simultaneamente, o sofrido Prometeu e o impiedoso abutre, que devora suas entranhas em perpétua renovação.
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E uma vez que, para Cioran, o uso da mente é um sofrimento, o uso da mente em público — mais especificamente, tornando-se um escritor — passa a ser um ato problemático e, em parte, vergonhoso; algo sempre suspeito; em última análise, alguma coisa obscena, tanto no plano social como no individual.
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Aqui, Cioran está mais preocupado com as incursões que a ação efetua sobre o pensamento.
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“Uma vez que deixemos de vincular nossa vida recôndita a Deus, podemos ascender a êxtases tão efetivos como aqueles dos místicos e conquistar esse mundo sem recorrer ao Além” — é a frase inicial do último parágrafo do ensaio “Tratando dos místicos”.
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Quando lemos Cage ficamos conscientes de quanto Cioran ainda está limitado às premissas da consciência historicizante; de como continua a repetir inapelavelmente esses gestos, por mais que anseie transcendê-los.
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Erwin Panofsky
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“Estilo e meio nas fitas cinematográficas”
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um dos critérios para avaliar uma película é a sua libertação das impurezas da teatralidade e que, para falar sobre o filme, é precis...
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Dessa maneira, Theo van Doesburg, em seu ensaio de 1929, “O filme como forma pura”, visualiza essa arte como veículo de “poesia óptica”, de “arquitetura de luz dinâmica”, de “criação de um ornamento móvel”. Os filmes cinematográficos realizarão “o sonho de Bach de encontrar um equivalente óptico para a estrutura temporal de uma composição musical”.