O Amanhã Não Está à Venda
Rate it:
Open Preview
Read between September 20 - September 22, 2024
26%
Flag icon
Eu não percebo que exista algo que não seja natureza. Tudo é natureza. O cosmos é natureza. Tudo em que eu consigo pensar é natureza.
Jefersson Nathan
Faltou dar a definição de natureza, daí que ele começa a aplicar essa noção subjetiva a qualquer coisa.
36%
Flag icon
Governos burros acham que a economia não pode parar. Mas a economia é uma atividade que os humanos inventaram e que depende de nós. Se os humanos estão em risco, qualquer atividade humana deixa de ter importância.
Jefersson Nathan
No que concerne ao trecho aqui destacado, parece tratar-se de um argumentum ad passiones, o que se torna ainda mais evidente quando o transcrevemos em forma de silogismo: Maior: Todas as atividades humanas deixam de ter importância quando os humanos estão em risco. Menor: A economia é uma atividade humana. Conclusão: Logo, a economia deixa de ter importância quando os humanos estão em risco. Respondo, distinguindo o antecedente: “A economia deixa de ter importância quando os humanos estão em risco”, nego. Apenas as atividades humanas não essenciais cessam de fazer sentido quando os humanos estão em risco; contudo, a economia não é uma dessas atividades. Na verdade, muitas guerras e atrocidades são evitadas justamente em virtude da consideração dos efeitos que teriam sobre a economia. Assim, o silogismo incorre em um vício de generalização indevida (ampliatio indebita) ao estender seu argumento a todas as atividades humanas. Para refutá-lo, basta encontrarmos uma atividade humana que, mesmo em situação de risco, se mantenha de vital importância: por exemplo, a agricultura, que não pode ser interrompida, sob pena de se criar um risco ainda maior à humanidade. Obviamente, aqui; ignoro importâncias pessoais. Quod erat demonstrandum.
50%
Flag icon
Tomara que não voltemos à normalidade, pois, se voltarmos, é porque não valeu nada a morte de milhares de pessoas no mundo inteiro.
Jefersson Nathan
Afirmo, em primeiro lugar, que a morte, em si mesma, não possui um valor intrínseco. Com efeito, a vida é, na maior parte dos casos, o bem de maior importância que a pessoa carrega consigo, sendo a sua existência e atividade neste mundo o que confere significado e dignidade à sua trajetória. A morte em si, não confere valor algum,exceto em casos excepcionais, como a morte de Cristo, que alcançou um propósito sublime, o da redenção da humanidade.O que há de valor na maior parte das pessoas é a vida. A morte dessas pessoas não valeu nada, porque não teve um fim devido; como por exemplo um fim de estudo ou avanço ciêntifico. Quod erat demonstrandum.