Grande sertão: Veredas
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Read between May 29 - August 20, 2022
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E eu mesmo estava contra mim, o resto do tempo.
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De que jeito eu podia amar um homem, meu de natureza igual, macho em suas roupas e suas armas, espalhado rústico em suas ações?!
Daniela
Pela primeira vez ele questiona.
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O sertão não tem janelas nem portas. E a regra é assim: ou o senhor bendito governa o sertão, ou o sertão maldito vos governa…
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Assim
Daniela
Dia 12
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Todo
Daniela
Dia 13
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Riobaldo, o cumprir de nossa vingança vem perto… Daí, quando tudo estiver repago e refeito, um segredo, uma coisa, vou contar a você…”
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porque o demo não era homem para mandar em mim e me pôr em raiva.
Daniela
Ele faz o pacto e não quer o diabo dando ordens?
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De seguida, tochamos fogo na casa, pelos quinze cantos mortos.
Daniela
O ataque a casa de Hermógenes.
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cheguei
Daniela
Dia 15
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Assim,
Daniela
Dia 16
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Rumor dele se escuta. Sertão sendo do sol e os pássaros: urubú, gavião — que sempre vôam, às imensidões, por sobre… Travessia perigosa, mas é a da vida. Sertão que se alteia e se abaixa. Mas que as curvas dos campos estendem sempre para mais longe. Ali envelhece vento. E os brabos bichos, do fundo dele…
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Quem sabe, tudo o que já está escrito tem constante reforma — mas que a gente não sabe em que rumo está — em bem ou mal, todo-o-tempo reformando?
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Fui o chefe Urutú-Branco — depois de ser Tatarana e de ter sido o jagunço Riobaldo. Essas coisas larguei, largaram de mim, na remotidão.
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E Diadorim? — o senhor cuida. Ingratidão é o defeito que a gente menos reconhece em si? Diadorim — ele ia para uma banda, eu para outra, diferente; que nem, dos brejos dos Gerais, sai uma vereda para o nascente e outra para o poente, riachinhos que se apartam de vez, mas correndo, claramente, na sombra de seus buritizais…
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Mas,
Daniela
Dia17
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“Riobaldo, você sempre foi o meu chefe sempre…”
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Pensei;
Daniela
Dia 18
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Também eu queria que tudo tivesse logo um razoável fim, em tanto para eu então poder largar a jagunçagem. Minha Otacília, horas dessas, graças a Deus havia de parar longe dali, resguardada protegida. O tudo conseguisse fim, eu batia para lá, topava com ela, conduzia.
Daniela
Riobaldo nunca quis ser jagunço, seu amor por Diadorim que o trouxe.
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Mas Marcelino Pampa era ouro, merecia lágrimas dalguma mulher perto, mão tremente que lhe fechasse bem os olhos. Porque não se vê outro assim, com tão legítimo valor, capaz de ser e valer, sem querer parecer.
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O querer-bem da gente se despedindo feito um riso e soluço, nesse meio de vida.
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Viver — não é? — é muito perigoso. Porque ainda não se sabe. Porque aprender-a-viver é que é o viver, mesmo. O sertão me produz, depois me enguliu, depois me cuspiu do quente da boca…
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Saiba
Daniela
Dia 19 último
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Uivei. Diadorim! Diadorim era uma mulher. Diadorim era mulher como o sol não acende a água do rio Urucúia, como eu solucei meu desespero.
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Fico até aflita de tanto gostar.
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estará ausente a função mediadora do contar, a história passa agora a desenrolar-se na proximidade imediata do leitor. Este a vê quando se passa, em lugar de saber dela através da narração.
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Poderíamos falar, então, em diálogo pela metade, ou diálogo visto por uma face. De qualquer modo, trata-se de um monólogo inserto em situação dialógica.
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o jagunço, em face do homem da cidade, passa em revista seu passado, seu mundo, suas crenças. Essa revisão é a essência do livro.
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