Coração das Trevas
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Read between December 9 - December 9, 2022
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Coração das trevas abriu uma janela, uma das primeiras de sua época, para que o mundo olhasse a violência do imperialismo na África.
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No Congo belga, então propriedade privada do rei Leopoldo II, cerca de dez milhões de vidas foram ceifadas de forma direta ou indireta. Execuções, trabalho até a exaustão, negligência, doenças. A ganância pela borracha introduziu no continente africano uma prática vista até hoje: a punição pelo decepar de mãos ou antebraços, uma “invenção” belga.
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A experiência de ler Coração das trevas é, como dito antes, a de olhar por uma janela, que nos permite ver o abismo da mente humana; o medo do desconhecido; a violência e barbárie que o homem é capaz de infligir mesmo em nome da civilização; como isso era, e é, normalizado; como criamos imagens em nossas cabeças em vez de entender a realidade e sua complexidade. Conrad nos deu uma obra que pode ser lida como uma aventura, como um soco no estômago e como uma amostra do que nos cerca.
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O estuário do Tâmisa se estendia à nossa frente como o começo de um canal interminável. No horizonte, o mar e o céu fundiam-se sem emenda, e no espaço luminoso as velas tostadas das barcaças que deslizavam rio acima com a maré pareciam paradas em grupos vermelhos de lona em picos, com brilhos de espichas envernizadas.