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Kindle Notes & Highlights
by
Lisa Kleypas
Read between
September 21 - September 22, 2022
Coitado do senhor. Deve ser muito desafiador, além de inconveniente, ter que pensar em outra pessoa além de si próprio.
Só quando já fosse tarde demais, Kathleen descobriria um fato crucial da vida: só se conhece verdadeiramente um homem quando se convive com ele.
Às vezes é preciso amar algo antes que ele se torne digno de amor.
Ninguém buscara conforto em Devon antes, e o ato de dar esse conforto pareceu muito mais íntimo do que o mais tórrido encontro sexual. Devon sentiu a força de todo o seu ser envolver Kathleen em um doce e rudimentar momento de conexão.
Então por que a solução é usada, se é prejudicial para os empregados? – perguntou Pandora. – Porque sempre há trabalhadores para substituir os prejudicados
Morarei com Cassandra quando ela se casar. A menos que o marido dela proíba, é claro. – Sua tola – esbravejou Cassandra à irmã gêmea. – Eu jamais me casaria com um homem que nos mantivesse separadas.
Eu não colocaria advogados no caso. Só queria chamar a sua atenção. A resposta dele foi em tom suave: – A senhora tem sempre a minha atenção.
Que visão impactante… um homem viril e saudável em seu auge. Forte, todo musculoso… bruto e ainda assim lindo.
Nunca um presente a deixara tão feliz. Não podia dizer isso a Devon, mas teve vontade.
O prazer de abraçá-la o invadiu em incessantes ondas. Kathleen era pequena, de estrutura frágil, e o perfume delicioso de rosas alcançou as narinas dele.
Kathleen era o destino dele, dele. Moveria céus e terras para ficar com ela. Mas não adiantava, o rio continuava a levá-lo para a escuridão.
Não conseguia suportar a ideia de Devon ferido. Naquele exato momento, aquele homem lindo, arrogante, extremamente saudável, estava sentindo dor, talvez até morrendo.
O olhar desorientado encontrou o dela com um ardor de um azul profano, e seus lábios formaram o nome de Kathleen sem emitir som.
– Kathleen. A voz dele era baixa e rouca. – Só queria ver como você estava. Precisa de alguma coisa? Um copo de água? – De você. – Devon segurou a mão livre dela e a puxou para si. Kathleen sentiu nos dedos os lábios dele. – Preciso falar com você.
Minha vida não passou diante dos meus olhos. Tudo o que vi foi você. – As pálpebras dele se fecharam e a mão deslizou do rosto dela. E Devon só conseguiu sussurrar mais uma coisa antes de adormecer: – Cheguei a pensar que… morreria querendo você.
Kathleen baixou os olhos para o presente, maravilhada. Primeiro o xale, agora aquilo. Objetos pessoais, lindos, carregados de sentido. Jamais haviam compreendido o gosto dela com tanta exatidão.
Ela era como uma concha de madrepérola, que à primeira vista tem apenas uma cor, mas que, observada de outros ângulos, revela cintilações delicadas de lavanda, rosa, azul, verde. Um lindo exterior que demonstra pouco de sua verdadeira natureza.
Deus, o modo como ele a olhava, sério e terno ao mesmo tempo, o olhar devorando-a. – Você é a coisa mais linda que eu já vi. A voz de Devon saiu um tanto rouca.
– E você pode até ter alguns defeitos, mas ser difícil de amar não é um deles.
Sou sua, ele a fizera dizer uma vez, no local das carruagens, enquanto a enlouquecia de prazer. E era verdade. Ela sempre seria dele, não importava para onde fosse ou o que fizesse.
Seu coração doía ao ver a natureza alegre de Helen esmagada sob o peso da ansiedade.
E se eu dissesse que a amo? – perguntou ele, baixinho.
Só há um modo de eu provar que a amarei e serei fiel a você pelo resto da vida: amando e sendo fiel a você pelo resto da vida. Mesmo se você não me quiser. Mesmo se escolher não ficar comigo. Estou lhe dando todo o tempo que me resta. Eu lhe juro que deste momento em diante jamais tocarei em outra mulher, ou darei meu coração a alguém que não você. Se eu tiver que esperar sessenta anos, nem um minuto será desperdiçado, porque terei passado todo esse período amando você.
Dito isso – sussurrou ele –, espero que considere a possibilidade de se casar comigo o mais rápido possível. – Outro beijo, lento e devastador. – Porque anseio por você, Kathleen, meu amor. Quero dormir com você todas as noites e acordar todas as manhãs ao seu lado. – A boca de Devon a acariciou em uma pressão crescente até que ela passasse os braços ao redor do pescoço dele. – E quero filhos com você. Logo.
Adoro seus presentes – confessou. – Nunca tinham me dado coisas tão lindas. – Meu amorzinho – murmurou ele, os lábios roçando nos dela. – Farei chover tesouros sobre você.

