O Deus pródigo: Recuperando a essência da fé cristã (Portuguese Edition)
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Há vezes em que pessoas que frequentam a igreja desde que se entendem por gente veem-se tão impactadas e reorientadas por uma nova compreensão da mensagem do cristianismo, que praticamente sentem ter passado por uma “nova conversão”.
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O próprio Jesus não se refere a ela como Parábola do Filho Pródigo, mas começa o relato dizendo: “Um homem tinha dois filhos”.
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E o que Jesus afirma sobre o irmão mais velho constitui uma das mais importantes lições que aprendemos na Bíblia. Acho melhor dar a essa parábola o título “Os dois filhos perdidos”.
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esbanjador imponderado”. A palavra encerra a ideia de “gastar até o fim”.
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Jesus está nos apresentando o “Deus que Gasta Muito”, aquele que é pródigo em relação a nós, seus filhos.
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No antigo Oriente Próximo, sentar-se e comer com alguém era sinal de aceitação.
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A parábola dos dois filhos estende o olhar à alma do irmão mais velho e culmina em um forte apelo para que ele mude a postura de seu coração.
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A história é dirigida não a “pecadores rebeldes”, mas a pessoas religiosas que fazem tudo o que a Bíblia manda.
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Portanto, estaremos equivocados se pensarmos que Jesus está contando essa história principalmente para os irmãos mais novos a fim de lhes dar certeza de seu amor incondicional.
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O objetivo de Jesus não é acalentar nosso coração, mas pôr abaixo nossos conceitos.
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Com essa parábola, Jesus desafia o que praticamente todos nós pensamos sobre Deus, pecado e salvação. A história revela o egoísmo destruidor do irmão mais novo, mas também condena com todas as letras a vida moralista do irmão mais velho. Jesus está dizendo que ambos religiosos e não religiosos estão espiritualmente perdidos, andando por caminhos na vida que levam a becos sem saída, e que todos os pensamentos da raça humana sobre como se relacionar com Deus estão errados.
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Na parábola, a resposta de Jesus a essa pergunta é semelhante. Ele não está do lado do não religioso nem do religioso, mas dá destaque ao moralismo da religião como uma doença espiritual particularmente fatal.
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Hoje é difícil entender isso, mas em seus primeiros dias o cristianismo não era visto como religião. Ele era a negação da religião.
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O próprio Jesus era o templo, o sacerdote e o sacrifício que eliminava todos os templos, todos os sacerdotes e todos os sacrifícios.2
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Os licenciosos e liberados ou os dilacerados e marginalizados evitam a igreja. Há só uma explicação para esse fenômeno. Se a pregação de nossos pastores e as ações dos membros de nossas igrejas não exercem sobre as pessoas o mesmo efeito que Jesus exercia, então a mensagem que estamos proclamando não é a mesma que ele proclamava. Se nossas igrejas não atraem irmãos mais novos, elas provavelmente estão cheias de irmãos mais velhos — bem mais do que gostaríamos de admitir.
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No fundo, o que o filho mais novo estava dizendo era que desejava os bens do pai, mas não o pai.
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Mas aquele pai mantém a afeição pelo filho e suporta a agonia.
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o amor e o perdão de Deus podem absolver e restaurar qualquer que seja o pecado ou erro. Não importa quem você seja nem o que tenha feito. Não importa se você deliberadamente oprimiu ou até matou alguém nem se impôs maus tratos a si mesmo. O irmão mais novo sabia que na casa de seu pai havia alimento à vontade, mas ele também descobriu que havia graça à vontade. Não há mal algum que o amor do pai não possa perdoar e apagar, não há pecado que seja páreo para sua graça.
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O primeiro ato, portanto, dá prova da graça de Deus oferecida com prodigalidade e sem limites.
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O primeiro ato nos mostra a gratuidade da graça de Deus, mas o segundo ato nos revela a grandeza dessa graça e o verdadeiro auge da história.
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a fúria do irmão mais velho o leva a ofender o pai ainda mais.
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Por que Jesus não terminou a história e não nos disse o que aconteceu?! Porque os verdadeiros alvos da história são os fariseus, os irmãos mais velhos.
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Em suma, ele está redefinindo tudo o que pensávamos saber sobre nossa relação com Deus. Ele está redefinindo pecado, o que significa estar perdido e o que significa ser salvo.
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Jesus se vale das figuras do irmão mais novo e do irmão mais velho para retratar os dois principais caminhos pelos quais tentamos ser felizes e nos sentir realizados: o caminho da conformidade moral e o caminho do autoconhecimento.
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Apesar dessas variações, são essas as duas principais posturas diante da vida. A mensagem da história contada por Jesus é que ambas estão erradas. Sua parábola representa uma alternativa radical.
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Assim, a parábola não retrata somente um filho perdido, mas dois.
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Aquele que buscou a companhia de prostitutas é salvo, mas o homem cheio de retidão moral continua perdido.
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o que o impede de participar do banquete do pai não é sua iniquidade, mas sua retidão.
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Mas como algo assim é possível? A resposta é que o coração dos irmãos e os dois paradigmas de vida que eles representam são muito mais semelhantes do que se poderia imaginar.
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Os dois irmãos tinham corações iguais. Os dois filhos eram hostis à autoridade do pai e procuravam formas de evitá-la. Ambos queriam ter condições de dizer ao pai o que ele deveria fazer. Em outras palavras, os dois se rebelaram — mas um decidiu se rebelar sendo muito mal, e o outro, sendo muito bom. Ambos estavam alienados do coração do pai; ambos estavam perdidos.
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Você percebe o que Jesus estava ensinando? Nenhum dos filhos amava o pai por aquilo que ele era. Os dois estavam usando o pai para alcançar seus objetivos egoístas, em vez de amá-lo, desfrutar de sua companhia e servi-lo sem interesses. Isso significa que podemos nos rebelar contra Deus e dele nos alienar transgredindo suas leis ou cumprindo-as com todo zelo.
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uma obediência meticulosa à lei de Deus pode ser uma estratégia de...
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Por meio dessa parábola Jesus apresenta um conceito muito mais profundo de “pecado”, algo que nenhum de nós seria capaz de imaginar. Quase todo mundo pensa em pecado como a não observância das normas de conduta estipuladas por Deus, mas, embora não seja menos do que isso, a definição de Jesus vai muito além disso.
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Se, a exemplo do irmão mais velho, você pensa que Deus precisa abençoá-lo e ajudá-lo porque, afinal de contas, você se esforçou tanto para obedecer e ser uma pessoa do bem, então Jesus até pode ser seu ajudador, seu exemplo e até inspiração, mas ele não é seu Salvador. Você está servindo na condição de seu próprio Salvador.
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Para eles, felicidade e realização encontram-se na riqueza, não no amor do pai.
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O irmão mais velho, no final da história, tem uma grande oportunidade de alegrar o pai entrando para participar do banquete. Mas sua recusa marcada por hostilidade revela que ele nunca havia pensado na felicidade do pai.
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Se você, à semelhança do irmão mais velho, tenta controlar Deus por meio de sua obediência, então toda a sua vida pautada pela moral não passa de um meio de usar a Deus para levá-lo a lhe dar aquilo que você realmente quer na vida.
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Irmãos mais velhos obedecem a Deus para conseguir o que desejam. Eles não obedecem para ter acesso ao próprio Deus — a fim de ser semelhantes a ele, amá-lo, conhecê-lo e nele se alegrar.
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Quase todo mundo define pecado como transgressão de uma lista de normas. Jesus, porém, está nos mostrando que um homem que não transgrediu praticamente nada da lista de condutas impróprias pode estar espiritualmente perdido tanto quanto a pessoa mais imoral e depravada.
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Porque pecado não é simplesmente uma transgressão de normas, mas é colocar-se no lugar de Deus como Salvador, Senhor e Juiz, a exemplo dos dois filhos que tentaram se livrar da autoridade do pai sobre a vida deles.
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Você pode ser seu próprio Senhor e Salvador de duas maneiras. Uma é transgredindo todas as leis morais e definindo por conta própria o caminho a seguir na vida; a outra é cumprindo todas as leis morais e sendo extremamente bom.
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O irmão mais velho está mais cego para o que está se passando e, por isso, de uma perspectiva espiritual, a condição de um fariseu como irmão mais velho era mais desesperadora.
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O primeiro sinal de que temos um espírito de irmão mais velho é este: quando nossa vida não é aquilo que nós queremos, não ficamos apenas tristes, mas também com muita raiva e cheios de amargura.
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Os irmãos mais velhos acham que, se levarem uma vida marcada pelas virtudes, serão felizes e se procurarem viver segundo os padrões estabelecidos, Deus lhes deverá um mar de rosas.
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Os irmãos mais velhos são incapazes de lidar com o sofrimento, e essa incapacidade é consequência do fato de que eles esperam resultados de sua observância das regras. Eles vivem uma vida pautada pela moral não porque têm prazer nas virtudes em si, mas porque desejam controlar as circunstâncias da vida.
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À semelhança de Pedro, os irmãos mais velhos esperam que sua bondade pague dividendos e, se isso não acontece, instalam-se confusão e raiva. Se você acha que bondade e decência constituem o meio pelo qual passa a merecer uma vida feliz das mãos de Deus, você será consumido pela raiva, pois a vida nunca é aquilo que desejamos.
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Você sempre achará que merece mais do que está recebendo e que sempre alguém estará se saindo melhor do que você em algum aspecto; então perguntará: “Por que ele e não eu? Depois de tudo o que eu fiz!”. A culpa por essa amargura é sua. Ela é fruto não da prosperidade da outra pessoa, mas de sua tentativa de controlar a vida por meio de seu desempenho.
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Os irmãos mais velhos baseiam sua autoimagem no trabalho árduo, na retidão moral ou no fato de serem membros de um grupo de elite, ou de se acharem extremamente inteligentes e espertos.
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[Aqueles] que perdem a certeza de que Deus os ama e aceita em Jesus, não importa quais sejam suas realizações espirituais do presente, são indivíduos que, abaixo do nível da consciência, são profundamente inseguros.
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Como ele não se considera parte de uma comunidade de pecadores, fica preso na armadilha de sua própria amargura. É impossível perdoar uma pessoa se você se sente superior a ela.
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