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(O termo “robô” vem de uma palavra checa que significa “trabalho compulsório”.)
No entanto, mesmo quando eu era jovem, não conseguia acreditar que, se o conhecimento oferecesse perigo, a solução seria a ignorância. Sempre me pareceu que a solução tinha que ser a sabedoria. Não se devia deixar de olhar para o perigo; ao contrário, devia-se aprender a lidar cautelosamente com ele.
Qualquer avanço tecnológico pode ser perigoso. O fogo era perigoso no princípio, assim como (e até mais) a fala – e ambos ainda são perigosos nos dias de hoje –, mas os seres humanos não seriam humanos sem eles.
Quando chovia, eles não pensavam nisso como um desperdício. Eles se alegravam com a chuva. Viviam próximos à natureza. É mais saudável, é melhor. Os problemas da vida moderna se originam do fato de vivermos afastados da natureza.
Quando a população chega a oito bilhões, entretanto, a subalimentação se torna um cenário muito próximo da realidade.
Cada Cidade se tornou uma unidade semiautônoma, quase autossuficiente economicamente. Ela podia cobrir-se, cercar-se por todos os lados e cavar um espaço debaixo da terra. Ela se tornou uma caverna metálica, uma enorme e independente caverna de aço e concreto.
eles são treinados desde o nascimento para aceitar a autoridade. Aparentemente, isso resulta do seu modo de vida.
Seu anseio por uma viatura era, na verdade, uma expressão do seu desejo quase instintivo de que uma autoridade superior tirasse a responsabilidade das suas mãos.
A separação entre humano e robô talvez não seja tão significante quanto a divisão entre inteligência e falta de inteligência.
primeiro problema de convivência a resolver é minimizar o atrito com as multidões que cercam uma pessoa por todos os lados.
Sei que um homem chamado Roj Nemennuh Sarton, cidadão do planeta Aurora e residente na Vila Sideral, foi assassinado por uma pessoa ou por pessoas desconhecidas. Fiquei sabendo que, de acordo com a opinião dos Siderais, esse não é um evento isolado.
Eles o relacionam a tentativas recentes de sabotar o projeto patrocinado pelos Siderais de nos converter em uma sociedade que promova a integração humanos/robôs com base no modelo dos Mundos Exteriores, e supõem que o assassinato foi cometido por um grupo terrorista bem organizado.
Para começar, essa suposição dos Siderais é necessariamente verdadeira? Por que o assassinato não pode ter sido obra de um fanático isolado? Há fortes sentimentos antirrobô na Terra, mas não há grupos organizados defendendo esse tipo de violência.
Mesmo uma organização secreta dedicada à destruição de robôs e fábricas de robôs teria o bom senso de perceber que a pior coisa que poderia fazer seria assassinar um Sideral. Parece muito mais provável que tenha sido obra de uma mente desequilibrada.
Acho que o peso da probabilidade está contra a teoria “fanática”. A pessoa morta foi muito bem escolhida e o momento do assassinato era apropriado demais para que não fosse um plano deliberado por parte de um grupo organizado.
“Um robô não pode ferir um ser humano nem deixar, por inação, que um ser humano venha a ser ferido”.
– É melhor seguir o próprio caminho para o inferno do que alcançar o céu pelo caminho dos outros, não é?
Segunda Lei, segundo a qual “um robô deve obedecer às ordens dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei”,
Terceira Lei, segundo a qual “um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou com a Segunda Lei”.
Porque a forma humana é a forma geral mais bem-sucedida em toda a natureza.
Um cérebro humano, ou qualquer cérebro de mamífero, não pode ser de todo analisado por nenhuma disciplina matemática conhecida nos dias atuais. Portanto, não se pode contar com uma resposta como uma certeza. O cérebro do robô é completamente analisável, caso contrário não poderia ser construído.
às vezes as pessoas confundem as próprias falhas com as da sociedade e querem consertar as Cidades porque não sabem como consertar a si mesmas?
Várias partes dele, quando interpretado de modo apropriado, contêm um código de conduta que muitos homens consideram adequado à felicidade suprema do ser humano.