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Regan, com as pernas erguidas e abertas na cama que balançava e tremia com força, os olhos arregalados de medo, o rosto manchado com o sangue que escorria de seu nariz, de onde a sonda nasogástrica havia sido arrancada com violência, olhava para um crucifixo branco, que segurava e mirava diretamente na vagina.
Os próprios exorcistas, às vezes, se tornavam vítimas de possessão, como acontecera em 1634, no convento ursulino de freiras em Loudun, na França. Dos quatro exorcistas jesuítas que tinham sido mandados para lidar com uma epidemia de possessão, três deles — os padres Lucas, Lactance e Tranquille —, além de serem possuídos, morreram logo depois, vítimas de um aparente ataque cardíaco causado por hiperatividade psicomotora ininterrupta:
Sprechen Sie deutsch? — perguntou Karras. “Mais brincadeiras?” — Sprechen Sie deutsch? — repetiu o jesuíta, com o coração acelerado. — Natürlich — respondeu o demônio, olhando-o com malícia. — Mirabile dictu, não acha? O jesuíta sentiu o coração disparar. Ele falava não apenas alemão, mas também latim! E dentro do contexto! — Quod nomen mihi est? — “Qual é o meu nome?” — Karras. O padre se animou. — Ubi sum? — “Onde estou?” — In cubiculo. — “Num quarto.” — Et ubi est cubiculum? — “E onde fica o quarto?” — In domo. — “Numa casa.” — Ubi est Burke Dennings? — “Onde está Burke Dennings?” —
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Que belo nome você tem — comentou Merrin. — Chris MacNeil. Não é nome artístico? Despejando conhaque no próprio café, Chris balançou a cabeça. — Não, meu nome não é Sadie Glutz. — Agradeça a Deus por isso — disse Merrin, olhando para baixo. Com um sorriso simpático, Chris sentou-se. — E o nome Lankester, padre? Tão incomum. O senhor foi batizado em homenagem a alguém? — Acho que talvez a um navio de carga — respondeu Merrin, encarando a parede.