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Há, pois, diariamente, emigrações do mundo corpóreo para o mundo espiritual e imigrações do mundo espiritual para o mundo corpóreo: é o estado normal.
Em certas épocas, reguladas pela sabedoria divina, essas emigrações e imigrações se operam em massas mais ou menos consideráveis, em virtude das grandes revoluções que lhes acarretam a partida simultânea em quantidades enormes, logo substituídas por quantidades equivalentes de encarnações.
não passa de vestimentas que se rasgam, já que nenhum Espírito perece; eles apenas mudam de planos;
As renovações rápidas, quase instantâneas, que se produzem no elemento espiritual da população, em consequência dos flagelos destruidores, apressam o progresso social; sem as emigrações e imigrações que de tempos em tempos lhe vêm dar violento impulso, esse progresso só se realizaria com extrema lentidão.
Essa transfusão, que se opera entre a população encarnada e desencarnada de um mesmo planeta, igualmente se efetua entre os mundos, quer individualmente, nas condições normais, quer por massas, em circunstâncias especiais. Há, pois, emigrações e imigrações coletivas de um mundo para outro, donde resulta a introdução, na população de um deles, de elementos inteiramente novos. Novas raças de Espíritos, vindo misturar-se às existentes, constituem novas raças de homens. Ora, como os Espíritos nunca mais perdem o que adquiriram, trazem consigo a inteligência e a intuição dos conhecimentos que
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1. Como definir a chamada Raça Adâmica e quais suas principais características?
"Segundo o ensino dos Espíritos, foi uma dessas grandes imigrações, ou, se quiserem, uma dessas colônias de Espíritos, vinda de outra esfera, que deu origem à raça simbolizada na pessoa de Adão e, por esse motivo, chamada raça adâmica. Quando chegou à Terra, o planeta já estava povoado desde tempos imemoriais, como a América, quando chegaram os europeus. Mais adiantada do que as que a tinham precedido neste globo, a raça adâmica é, com efeito, a mais inteligente, a que impele ao progresso todas as outras."
2. Quais as razões de ordem física que refutam a teoria de que todo o gênero humano procede de uma única individualidade, representado na figura de Adão?
"As raças negras, mongólica e caucásicas."
3. E as de ordem moral?
"A inteligência."
4. De que forma a própria população do globo comprova a existência do homem na Terra antes da época fixada pelo livro Gênesis?
"Pelas camadas geológicas."
5. Qual a incompatibilidade apontada por Kardec entre a época do surgimento do homem na Terra determinada pela Gênese Bíblica e o Dilúvio narrado na mesma obra?
"Antes dos egípcios existiam outros povos habitados."
Segundo o ensino dos Espíritos, foi uma dessas grandes imigrações, ou, se quiserem, uma dessas colônias de Espíritos, vinda de outra esfera, que deu origem à raça simbolizada na pessoa de Adão e, por esse motivo, chamada raça adâmica. Quando chegou à Terra, o planeta já estava povoado desde tempos imemoriais, como a América, quando chegaram os europeus. Mais adiantada do que as que a tinham precedido neste globo, a raça adâmica é, com efeito, a mais inteligente, a que impele ao progresso todas as outras.
Tudo prova que a raça adâmica não é antiga na Terra e nada se opõe a que seja considerada como habitando este globo desde apenas alguns milhares de anos, o que não estaria em contradição nem com os fatos geológicos nem com as observações antropológicas, antes tenderia a confirmá-las.
Sabe-se hoje que a cor do negro provém de um tecido131 especial subcutâneo peculiar à espécie.
Deve-se, pois, considerar as raças negras, mongólicas, caucásicas como tendo origem própria, como tendo nascido simultânea ou sucessivamente em diversas partes do globo. O cruzamento delas produziu as raças mistas secundárias.
Independentemente dos fatos geológicos, a prova da existência do homem na Terra, antes da época fixada pela Gênese, é tirada da população do globo. Sem falar da cronologia chinesa, que, dizem alguns, remonta a trinta mil anos,132 documentos mais autênticos provam que o Egito, a Índia e outros países já eram povoados e floresciam, pelo menos, três mil anos antes da Era Cristã, ou seja, mil anos depois da criação do primeiro homem, segundo a cronologia bíblica. Documentos e observações recentes não deixam hoje dúvida alguma quanto às relações que existiram entre a América e os antigos egípcios,
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A impossibilidade se torna ainda mais evidente quando se admite, com a Gênese, que o dilúvio destruiu todo o gênero humano, com exceção de Noé e de sua família, que não era numerosa, no ano 1656 do mundo, ou seja, 2.348 anos antes da Era Cristã. Em realidade, pois, dataria apenas de Noé o povoamento da Terra. Ora, quando os hebreus se estabeleceram no Egito, 612 anos após o dilúvio, esse país já era um poderoso império, que teria sido povoado, sem falar de outras regiões, em menos de seis séculos, tão só pelos descendentes de Noé, o que não é admissível.
Rigorosa lógica, corroborada pelos fatos, demonstra, pois, da maneira mais categórica, que o homem está na Terra desde tempo indeterminado, muito anterior à época que a Gênese assinala.
6. Como devemos entender a expressão Anjos Decaídos?
"São os espíritos emigrados para os mundos e/ou outros planetas inferiores."
7. E como entender perda do Paraíso?
”A forma que não souberam aproveitar, não se elevaram moralmente, partem para outros mundos/planetas mais inferiores."
8. Relacione Anjos Decaídos e Raça Adâmica.
"Anjos Decaídos espíritos que já são inferiores e Raça Adâmica são Espíritos que foram exilados para a terra."
9. Que consequências a chegada desses anjos decaídos trouxe para a Terra?
"Evolução."
10. Leia o item 47 e faça uma comparação do que foi dito pelo comandante e a teoria do Paraíso Perdido.
"Oportunidade de resgatar o passado através do trabalho e disciplina."
11. O fato de um espírito reencarnar em condições inferiores a que ocupava em outra existência não se opõe ao conceito de que o espírito não retroage?
"O Espírito, embora em posição inferior, nada perde do que adquiriu; seu desenvolvimento moral e intelectual é o mesmo, qualquer que seja o meio onde se ache colocado. Ele está na situação do homem do mundo condenado à prisão por seus delitos. Certamente, esse homem se encontra degradado, decaído do ponto de vista social, mas não se torna nem mais estúpido nem mais ignorante."
Os mundos progridem fisicamente, pela elaboração da matéria e, moralmente, pela depuração dos Espíritos que os habitam.
A felicidade que neles se desfruta está na razão direta da predominância do bem sobre o mal e a predominância do bem resulta do adiantamento moral dos Espíritos. Não basta o progresso intelectual, visto que com a inteligência eles podem fazer o mal.
Logo que um mundo tem chegado a um de seus períodos de transformação, a fim de ascender na hierarquia dos mundos, operam-se mutações na sua população encarnada e desencarnada. É...
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Ao mesmo tempo que os maus se afastam do mundo em que habitavam, Espíritos melhores aí os substituem, vindos quer da erraticidade, concernente a esse mesmo mundo, quer de um mundo menos adiantado, que mereceram abandonar, Espíritos esses para os quais a nova habitação é uma recompensa.
É igualmente com o objetivo de fazer que a humanidade progrida em determinado sentido que os Espíritos superiores, embora não tenha as qualidades do Cristo, encarnam de tempos a tempos na Terra para desempenhar missões especiais, proveitosas, simultaneamente, ao adiantamento pessoal deles, se as cumprirem de acordo com os desígnios do Criador.
Sem a reencarnação, a missão do Cristo seria um contrassenso, assim como a promessa feita por Deus.
O Espírito, embora em posição inferior, nada perde do que adquiriu; seu desenvolvimento moral e intelectual é o mesmo, qualquer que seja o meio onde se ache colocado. Ele está na situação do homem do mundo condenado à prisão por seus delitos. Certamente, esse homem se encontra degradado, decaído do ponto de vista social, mas não se torna nem mais estúpido nem mais ignorante.
os Espíritos da raça adâmica, uma vez transplantados para a terra de exílio, não se despojaram instantaneamente do seu orgulho e de seus maus instintos; ainda por muito tempo conservaram as inclinações que traziam, um resto da velha levedura.
O primeiro fato que se destaca desse quadro comparativo é que a obra de cada um dos seis dias não corresponde de maneira rigorosa, como muitos pensam, a cada um dos seis períodos geológicos.
O Sol não é o princípio da luz universal, mas uma concentração do elemento luminoso em um ponto, ou, por outra, do fluido que, em certas circunstâncias, adquire as propriedades luminosas. Esse fluido, que é a causa, havia necessariamente de preceder ao Sol, que é apenas um efeito. O Sol é causa, relativamente à luz que dele se irradia; é efeito, com relação à luz que recebeu.
O erro provém da ideia falsa, alimentada por longo tempo, de que o universo inteiro começou com a Terra, não se compreendendo, em consequência, que o Sol pudesse ser criado depois da luz. Sabe-se agora que, antes que o nosso Sol e a nossa Terra fossem criados, já existiam milhões de sóis e de terras no espaço, desfrutando, por conseguinte, da luz. Em princípio, pois, a asserção de Moisés é perfeitamente exata; é falsa quando faz crer que a Terra foi criada antes do Sol. Estando, pelo seu movimento de translação, sujeita ao Sol, a Terra houve de ser formada depois dele. É o que Moisés não podia
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A mulher formada de uma costela de Adão é uma alegoria, aparentemente pueril, se admitida ao pé da letra, mas profunda quanto ao sentido. Tem por fim mostrar que a mulher é da mesma natureza que o homem e que, por conseguinte, é igual a este perante Deus e não uma criatura à parte, feita para ser subjugada e tratada como um ser desprezível. Tendo-a como saída da própria carne do homem, a imagem da igualdade é bem mais expressiva do que se houvera sido formada, separadamente, do mesmo limo. Equivale a dizer ao homem que ela é sua igual e não sua escrava, que ele a deve amar como parte de si
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Que descrição, com efeito, mais sublime e mais poética desse poder do que estas palavras: “Deus disse: Faça-se a luz e a luz foi feita!” Deus, a criar o universo pela ação lenta e gradual das leis da natureza, lhes teria parecido menor e menos poderoso. Precisavam qualquer coisa de maravilhoso, que saísse do modelo comum, porque, do contrário, teriam dito que Deus não era mais hábil do que os homens.
Não rejeitemos, pois, a Gênese bíblica; ao contrário, estudemo-la, como se estuda a história da infância dos povos. Trata-se de uma época rica de alegorias, cujo sentido oculto se deve buscar; alegorias que se devem comentar e explicar com o auxílio das luzes da razão e da Ciência.
Adão é a personificação da humanidade; sua falta individualiza a fraqueza do homem, em quem predominam os instintos materiais a que ele não sabe resistir.
A árvore, como árvore da vida, é o emblema da vida espiritual; como árvore da Ciência, é o da consciência do bem e do mal, que o homem adquire pelo desenvolvimento da sua inteligência e do livre-arbítrio, em virtude do qual ele escolhe entre um e outro.
O fruto da árvore simboliza o objeto dos desejos materiais do homem; é a alegoria da cobiça e da concupiscência; resume, numa figura única, os motivos de arrastamento ao mal. O comer é sucumbir à tentação. A árvore se ergue no meio do jardim de delícias para mostrar que a sedução está no seio mesmo dos prazeres e para lembrar que, se o homem der preponderância aos gozos materiais, prender-se-á à Terra e se afastará do seu destino espiritual.
A morte de que ele é ameaçado, caso transgrida a proibição que lhe é feita, é um aviso das consequências inevitáveis, físicas e morais, decorrentes da violação das leis divinas que Deus lhe gravou na consciência.
A serpente está longe de ser considerada hoje como tipo de astúcia. Ela entra aqui mais pela sua forma do que pelo seu caráter, como alusão à perfídia dos maus conselhos, que se insinuam como a serpente e da qual, por essa razão, muitas vezes o homem nem desconfia.
Entretanto, o que constitui para a Teologia um caso sem solução, o Espiritismo o explica sem dificuldade e de maneira racional, pela anterioridade da alma e pela pluralidade das existências, lei sem a qual tudo é mistério e anomalia na vida do homem.
A expulsão do paraíso marca o momento em que esses Espíritos vieram encarnar entre os habitantes do nosso planeta, e a mudança de situação foi a consequência da expulsão.
Eram necessários os conhecimentos que o Espiritismo forneceu acerca das relações do princípio espiritual com o princípio material, acerca da natureza da alma, da sua criação em estado de simplicidade e de ignorância, da sua união com o corpo, da sua indefinida marcha progressiva através de sucessivas existências e através dos mundos, que são outros tantos degraus da senda do aperfeiçoamento, acerca da sua gradual libertação da influência da matéria, mediante o uso do livre-arbítrio, da causa dos seus pendores bons ou maus e de suas aptidões, do fenômeno do nascimento e da morte, da situação do
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O Espiritismo vem, pois, por sua vez, fazer o que cada ciência fez no seu advento: revelar novas leis e explicar, conseguintemente, os fenômenos compreendidos na alçada dessas leis.
O Espírito nada mais é do que a alma sobrevivente ao corpo; é o ser principal, visto que não morre, enquanto o corpo não passa de um acessório que se destrói. Sua existência, portanto, é tão natural depois, como durante a encarnação; está submetido às leis que regem o princípio espiritual, como o corpo está sujeito às leis que regem o princípio material;
Durante a sua encarnação, o Espírito atua sobre a matéria por intermédio do seu corpo fluídico ou perispírito, dando-se o mesmo quando ele não está encarnado.
já não ter o corpo carnal para instrumento, serve-se, quando necessário, dos órgãos materiais de um encarnado, que vem a ser o que se chama médium.
O secretário e o intérprete são os médiuns do encarnado, do mesmo modo que o médium é o secretário ou o intérprete de um Espírito.
as manifestações se dão em virtude de certas leis, nada há de sobrenatural ou de maravilhoso.
Dá-se o mesmo com os fenômenos espíritas, que não saem mais das leis naturais do que os fenômenos elétricos, acústicos, luminosos e outros, que serviram de fundamento a uma imensidão de crenças supersticiosas.
Os fenômenos espíritas consistem nos diferentes modos de manifestação da alma ou Espírito, seja durante a encarnação, seja no estado de erraticidade. É pelas manifestações que produz que a alma revela sua existência, sua sobrevivência e sua individualidade; julga-se dela pelos seus efeitos; sendo natural a causa, o efeito também o é.
Na maior parte das vezes os fenômenos espíritas são espontâneos e se produzem sem nenhuma ideia preconcebida da parte das pessoas com que eles se dão e que, em regra, são as que neles menos pensam.
Não sendo necessários os milagres para a glorificação de Deus, nada no universo se produz fora do âmbito das leis gerais. Deus não faz milagres, porque, sendo, como são, perfeitas as suas leis, não lhe é necessário derrogá-las.
Não é do sobrenatural que necessitam as religiões, mas do princípio espiritual, que elas confundem erradamente com o maravilhoso e sem o qual não há religião possível.
O Espiritismo considera a religião cristã de um ponto de vista mais elevado; dá-lhe uma base mais sólida do que a dos milagres: as leis imutáveis de Deus, que regem tanto o princípio espiritual como o princípio material.
Não há necessidade do sobrenatural para que se preste a Deus o culto que lhe é devido.