Kindle Notes & Highlights
Os corpos compostos se formam sempre em proporções definidas, isto é, pela combinação de uma quantidade determinada de princípios constituintes.
A inumerável variedade desses corpos resulta de pequeníssimo número de princípios elementares combinados em proporções diferentes.
Em sua origem, a Terra não continha essas matérias em combinação, mas apenas os seus princípios constituintes volatilizados.
Quando as terras calcárias e outras, tornadas pedrosas com o tempo, se depositaram na sua superfície, aquelas matérias não existiam inteiramente formadas; porém, se encontravam no ar, em estado gasoso, todas as substâncias primitivas. Precipitadas por efeito do resfriamento, essas substâncias, sob o império de circunstâncias favoráveis, se combinaram, segundo o grau de suas afinidades moleculares. Foi então que se formaram as diversas variedades de carbonatos, de sulfatos etc., a princípio em dissolução nas águas, depois na superfície do solo.
Depois, outro resfriamento determinaria nova precipitação e de novo se formariam as antigas combinações.
Na formação dos corpos sólidos, um dos mais notáveis fenômenos é o da cristalização, que consiste na forma regular que assumem certas substâncias, ao passarem do estado líquido ou gasoso para o estado sólido.
A lei que preside à formação dos minerais conduz naturalmente à formação dos corpos orgânicos.
A análise química mostra que todas as substâncias vegetais e animais são compostas dos mesmos elementos que os corpos inorgânicos. Desses elementos, os que desempenham papel mais importante são o oxigênio, o hidrogênio, o azoto e o carbono. Os outros entram acessoriamente.
Como no reino mineral, a diferença de proporções na combinação desses elementos produz todas as variedades de substâncias orgânicas e suas diversas propriedades, tais como: os músculos, os ossos, o sangue, a bile, os nervos, a matéria cerebral, a gordura, nos animais; a seiva, o lenho, as...
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na formação dos animais e das plantas, não entra nenhum corpo especial que também não se ...
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Uma vez que os elementos constitutivos dos seres orgânicos e inorgânicos são os mesmos; que os vemos incessantemente, em dadas circunstâncias, a formar pedras, plantas e frutos, podemos concluir daí que os corpos dos primeiros seres vivos se formaram, como as primeiras pedras, pela reunião das moléculas elementares, em virtude da lei de afinidade, à medida que as condições da vitalidade do globo foram propícias a esta ou àquela espécie.
há na matéria orgânica um princípio especial, inapreensível, e que ainda não pôde ser definido: o princípio vital. Ativo no ser vivo, esse princípio se acha extinto no ser morto; mas nem por isso deixa de dar à substância propriedades características que a distinguem das substâncias inorgânicas.
Mas seja qual for a opinião que se tenha sobre a natureza do princípio vital, o certo é que ele existe, pois que se apreciam os seus efeitos.
Pode-se, portanto, logicamente, admitir que, ao se formarem, os seres orgânicos assimilaram o princípio vital, por ser necessário à destinação deles; ou, se o preferirem, que esse princípio se desenvolveu, por efeito mesmo da combinação dos elementos, tal como se desenvolvem, em certas circunstâncias, o calor, a luz e a eletricidade.
A atividade do princípio vital é alimentada durante a vida pela ação do funcionamento dos órgãos, do mesmo modo que o calor, pelo movimento de rotação de uma roda. Cessada aquela ação, por motivo da morte, o princípio vital se extingue, como o calor, quando a roda deixa de girar.
Na análise dos corpos orgânicos, a Química encontra os elementos que os constituem: oxigênio, hidrogênio, azoto e carbono, mas é incapaz de reconstituir aqueles corpos, porque, já não existindo a causa, não lhe é possível reproduzir o efeito, ao passo que pode reconstituir uma pedra.
Os corpos orgânicos seriam, então, verdadeiras pilhas elétricas, que funcionariam enquanto os elementos dessas pilhas se acham em condições de produzir eletricidade: é a vida; que deixam de funcionar quando tais condições desaparecem: é a morte.
o princípio vital não seria mais que uma espécie particular de eletricidade, denominada eletricidade animal, que durante a vida se desprende pela ação dos órgãos,122 sua produção cessa por ocasião da morte, por se extinguir tal ação.
Os seres vivos eram gerados espontaneamente;
Provinham de corpos de cadáveres em decomposição;
Rás, cobras e crocodilos eram gerados a partir do lodo dos rios.
• O cuidado de Kardec
Apresentar a Teoria da Geração Espontânea como uma hipótese provável e não como um princípio que fizesse parte da Doutrina Espírita.
No estado atual dos nossos conhecimentos, não podemos estabelecer a teoria da geração espontânea permanente, senão como hipótese, mas como hipótese provável e que um dia, talvez, tome lugar entre as verdades científicas incontestáveis.
Adquirindo cada espécie a faculdade de reproduzir-se, os cruzamentos acarretaram inúmeras variedades.
Não há em seu sangue, na sua carne, em seus ossos, um átomo diferente dos que se encontram no corpo dos animais.
Na classe dos mamíferos, o homem pertence à ordem dos bímanos.
cada espécie é um aperfeiçoamento, uma transformação da espécie imediatamente inferior.
Visto que as condições do corpo do homem são idênticas às dos outros corpos, química e constitucionalmente, e considerando-se que ele nasce, vive e morre da mesma maneira, também ele há de se ter formado nas mesmas condições que os outros.
quanto mais o corpo diminui de valor aos seus olhos, tanto mais cresce de importância o princípio espiritual. Se o primeiro o nivela ao bruto, o segundo o eleva a uma altura incomensurável. Vemos o limite extremo do animal, mas não vemos o limite a que chegará o Espírito do homem.
o materialismo pode ver que o Espiritismo, longe de temer as descobertas da Ciência e o seu positivismo, vai ao encontro deles e os provoca, porque está certo de que o princípio espiritual, que tem existência própria, em nada pode com elas sofrer.
O Espiritismo marcha ao lado do materialismo, no campo da matéria; admite tudo o que o segundo admite; mas avança para além do ponto em que este se detém.
O Espiritismo e o materialismo são como dois viajantes que caminham juntos, partindo de um mesmo ponto; chegados a certa distânci...
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o materialismo se detém, enquanto o Espiritismo prossegue em suas pesquisas no domínio da Gênese espiritual.
A existência do princípio espiritual é um fato que, a bem dizer, não precisa de demonstração, do mesmo modo que o da existência do princípio material.
O princípio espiritual é o corolário da existência de Deus;
sem esse princípio, Deus não teria razão de ser, visto que não se poderia conceber a soberana inteligência a reinar, durante toda a eternidade, unicamente sobre a matéria bruta, como não se poderia conceber que um monarca terrestre, durante toda a sua vida, reinasse exclusivamente sobre pedras.
Sem a sobrevivência do ser pensante, os sofrimentos da vida seriam, da parte de Deus, uma crueldade sem objetivo.
O materialismo é, pois, coerente consigo mesmo, embora não o seja com a razão.
À ideia intuitiva e à força do raciocínio o Espiritismo vem juntar a sanção dos fatos, a prova material da existência do ser espiritual, da sua sobrevivência, da sua imortalidade e da sua individualidade. Torna precisa e define o que aquela ideia tinha de vago e de abstrato. Mostra o ser inteligente a atuar fora da matéria, quer depois, quer durante a vida do corpo.
a vida orgânica reside num princípio inerente à matéria, independente da vida espiritual, que é inerente ao Espírito.
visto que a matéria tem uma vitalidade independente do Espírito e que o Espírito tem uma vitalidade independente da matéria, torna-se evidente que essa dupla vitalidade repousa em dois princípios diferentes.
Desde que a inteligência e o pensamento não podem ser atributos da matéria, chega-se, remontando dos efeitos à causa, à conclusão de que o elemento material e o elemento espiritual são os dois princípios constitutivos do universo.
conclusão de que o elemento material e o elemento espiritual são os dois princípios constitutivos do universo.
O elemento espiritual individualizado constitui os seres chamados Espíritos, como o elemento material individualizado constitui os diferentes cor...
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elemento espiritual individualizado constitui os seres chamados Espíritos, como o elemento material individualizado constitui os diferentes corp...
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O que Deus permite que seus mensageiros lhe digam e o que, aliás, o próprio homem pode deduzir por si mesmo do princípio da soberana justiça, atributo essencial da Divindade, é que todos procedem do mesmo ponto de partida; que todos são criados simples e ignorantes, com igual aptidão para progredir pelas suas atividades individuais. Que todos atingirão o grau de perfeição compatível com os esforços pessoais das criaturas; que todos, sendo filhos do mesmo Pai, são objeto de igual solicitude; que não há nenhum mais favorecido ou melhor dotado do que os outros, nem dispensado do trabalho imposto
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Ao mesmo tempo que criou, desde todo o sempre, mundos materiais, Deus igualmente tem criado seres espirituais desde toda a eternidade. Se não fosse assim, os mundos materiais não teriam nenhum objetivo.
O progresso é a condição normal dos seres espirituais e a perfeição relativa à meta a que devem atingir.
havendo Deus criado desde toda a eternidade, e criando incessantemente, também desde toda a eternidade tem havido seres que já atingiram o ponto culminante da escala.
Antes que a Terra existisse, mundos incontáveis haviam sucedido a mundos e, quando a Terra saiu do caos dos elementos, o espaço já estava povoado de seres espirituais em todos os graus de adiantamento, desde os que surgiram para a vida até os que, desde toda a eternidade, ...
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O corpo é, pois, ao mesmo tempo, o envoltório e o instrumento do Espírito e, à medida que este adquire novas aptidões, reveste outro envoltório apropriado ao novo gênero de trabalho que lhe cumpre executar, tal como se faz com o operário, a quem é dado instrumento menos grosseiro à proporção que ele vai se mostrando capaz de executar obra mais bem cuidada.
Para ser mais exato, é preciso dizer que é o próprio Espírito que modela o seu envoltório e o apropria às suas novas necessidades; aperfeiçoa-o e lhe desenvolve e completa o organismo à medida que experimenta a necessidade de manifestar novas faculdades; numa palavra, ajusta-o de acordo com a sua inteligência. Deus lhe fornece os materiais, cabendo a ele empregá-los. É assim que as raças adiantadas têm um organismo ou, se quiserem, um mecanismo cerebral mais aperfeiçoado do que as raças primitivas. Desse modo também se explica a marca especial que o caráter do Espírito imprime aos traços da
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