A Gênese
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Read between November 2, 2023 - June 27, 2024
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Sabe que não há criaturas deserdadas, nem mais favorecidas ...
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toda a Criação resulta da grande lei de unidade que rege o universo e que todos os seres gravitam para um fim comum, que é a perfeição, sem que uns sejam favorecidos à custa de outros, visto serem todos filhos das suas próprias obras.
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Pelas relações que agora pode estabelecer com aqueles que deixaram a Terra, o homem possui não só a prova material da existência e da individualidade da alma, como também compreende a solidariedade que liga os vivos aos mortos deste mundo, e os deste mundo aos dos outros planetas. Conhece a situação deles no mundo dos Espíritos, acompanha-os em suas migrações, testemunha suas alegrias e penas; sabe por que são felizes ou infelizes e a sorte que lhes está reservada, conforme o bem ou o mal que fizeram.
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o futuro já não é uma vaga esperança, mas um fato positivo, uma certeza matemática. Desde então, a morte nada mais tem de aterrador, por lhe ser a libertação, a porta da verdadeira vida.
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felicidade e a infelicidade na vida espiritual são inerentes ao grau de perfeição e de imperfeição; que cada um sofre as consequências diretas e naturais de suas faltas, ou, por outra, que é punido no que pecou; que essas consequências duram tanto quanto a causa que as produziu; que, por conseguinte, o culpado sofreria eternamente se persistisse sempre no mal, mas que o sofrimento cessa com o arrependimento e a reparação.
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Ora, como depende de cada qual o seu aperfeiçoamento, todos podem, em virtude do livre-arbítrio, prolongar ou abreviar seus sofrimentos, como o doente sofre, pelos seus excessos, enquanto não lhes põe termo.
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A pluralidade das existências, cujo princípio o Cristo estabeleceu no Evangelho, sem, todavia, defini-lo como a muitos outros, é uma das leis mais importantes reveladas pelo Espiritismo, visto demonstrar a sua realidade e a necessidade para o progresso. Com esta lei, o homem explica todas as aparentes anomalias da vida humana; as diferenças de posição social; as mortes prematuras que, sem a reencarnação, tornariam inúteis para a alma as vidas de curta duração; a desigualdade de aptidões intelectuais e morais, pela ancianidade do Espírito que mais ou menos aprendeu ou progrediu, e que traz, ao ...more
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Com a reencarnação, desaparecem os preconceitos de raças e de castas, pois o mesmo Espírito pode tornar a nascer rico ou pobre, capitalista ou proletário, chefe ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher.
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Pela mesma razão, aquele que progrediu moralmente traz, ao renascer, qualidades naturais, como o que progrediu intelectualmente traz ideias inatas.
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Identificado com o bem, pratica-o sem esforço, sem cálculo e, por assim dizer, sem pensar. Aquele que é obrigado a combater as suas más tendências vive ainda em luta; o primeiro já venceu, o segundo está prestes a vencer.
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Existe, pois, a virtude original, como existe o saber original, e o pecado ou, ...
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corpo fluídico da alma, após a destruição do corpo tangível. Sabe-se hoje que esse envoltório é inseparável da alma, forma um dos elementos constitutivos do ser humano, é o veículo da transmissão do pensamento e, durante a vida do corpo, serve de laço entre o Espírito e a matéria.
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Longe de negar ou destruir o Evangelho, o Espiritismo vem, ao contrário, confirmar, explicar e desenvolver, pelas novas leis da natureza que ele revela, tudo quanto o Cristo disse e fez; elucida os pontos obscuros do ensino cristão, de tal sorte que aqueles para quem eram ininteligíveis certas partes do Evangelho, ou pareciam inadmissíveis, as compreendem e admitem, sem dificuldade, com o auxílio desta doutrina, veem melhor o seu alcance e podem distinguir entre a realidade e a alegoria; o Cristo lhes parece maior: já não é simplesmente um filósofo, mas um Messias divino.
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Além disso, se se considerar o poder moralizador do Espiritismo, pela finalidade que confere a todas as ações da vida, por tornar quase tangíveis as consequências do bem e do mal, pela força moral, a coragem e as consolações que dá nas aflições, mediante inalterável confiança no futuro, pela ideia de ter, cada um, perto de si os seres a quem amou, a certeza de os rever, a possibilidade de conversar com eles; enfim, pela certeza de que tudo quanto se fez, quanto se adquiriu em inteligência, sabedoria, moralidade, até a última hora da vida, não fica perdido, que tudo aproveita ao adiantamento do ...more
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Ora, como é o Espírito de Verdade que preside ao grande movimento regenerador, a promessa do seu advento se acha por essa forma cumprida, porque, de fato, é ele o verdadeiro Consolador.
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Os aflitos de toda sorte são em grande número. Não é, pois, de admirar que tanta gente acolha uma doutrina que consola, de preferência às que desesperam, porque aos deserdados, mais que aos felizes do mundo, é que o Espiritismo se dirige. O doente vê chegar o médico com maior satisfação do que aquele que está bem de saúde; ora, os aflitos são os doentes e o Consolador é o médico.
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A primeira revelação teve a sua personificação em Moisés, a segunda no Cristo, mas a terceira não tem indivíduo algum a personificá-la. As duas primeiras foram individuais, a terceira foi coletiva; aí está um caráter essencial de grande importância. Ela é coletiva no sentido de não ser feita ou dada como privilégio a pessoa alguma; ninguém, por conseguinte, pode arrogar-se como seu profeta exclusivo. Foi espalhada simultaneamente por sobre toda a Terra, a milhões de pessoas, de todas as idades e condições, desde a mais baixa até a mais alta da escala, conforme esta predição registrada pelo ...more
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As duas primeiras revelações, sendo fruto do ensino pessoal, ficaram forçosamente localizadas, isto é, apareceram num só ponto, em torno do qual a ideia se propagou pouco a pouco; mas foram precisos muitos séculos para que atingissem as extremidades do mundo, sem mesmo o invadirem completamente.
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A terceira tem isto de particular: não sendo personificada em um só indivíduo, surgiu simultaneamente em milhares de pontos diferentes, que se tornaram centros ou focos de irradiação. Multiplicando-se esses centros, seus raios se reúnem pouco a pouco, como os círculos formados por uma imensidade de pedras lançadas na água, de tal sorte que, em dado tempo, acabarão por cobrir toda a superfície do globo.
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Essa é uma das causas da rápida propagação da Doutrina. Se ela tivesse surgido num só ponto, se fosse obra exclusiva de um homem, teria formado seitas em torno dela e talvez decorresse meio século sem que atingisse os limites do país onde começara, ...
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A doutrina de Moisés é absoluta, despótica; não admite discussão e se impõe ao povo pela força.
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A de Jesus é essencialmente conselheira; é livremente aceita e só se impõe pela persuasão; foi controvertida desde o tempo do seu fundador, que não desdenhava de discutir com os seus adversários.
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A Terceira Revelação, vinda numa época de emancipação e de maturidade intelectual, em que a inteligência, já desenvolvida, não se conforma em representar um papel meramente passivo, em que o homem nada aceita às cegas, mas, ao contrário, quer ver aonde o conduzem, quer saber o porquê e o como de cada coisa, tinha ela que ser ao mesmo tempo o produto de um ensino e o fruto do trabalho, da pesquisa e do livre-exame.
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Os Espíritos só ensinam o que é preciso para guiar o homem no caminho da verdade, mas se abstêm de revelar o que ele pode descobrir por si mesmo, deixando-lhe o cuidado de discutir, verificar e submeter tudo ao crivo da razão, deixando mesmo, muitas vezes, que adquira experiência à própria custa.
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Os Espíritos fornecem-lhe o princípio, os materiais, cabendo a ele aproveitá-...
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Além disso, convém notar que em parte alguma o ensino espírita foi dado de maneira completa.
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Tendo o ensino que ser coletivo e não individual, os Espíritos dividiram o trabalho, disseminando os assuntos de estudo e observação como, em algumas fábricas, a confecção de cada parte de um mesmo objeto é repartida por diversos operários.
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A revelação fez-se assim, parcialmente, em diversos lugares e por uma multidão de intermediários, e é dessa maneira que ela prossegue ainda, pois nem tudo foi revelado. Cada centro encontra nos outros centros o complemento do que obtém, e foi o conjunto, a coordenação de todos os ensinos parciais que constituíram a Doutrina Espírita.
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Era, pois, necessário agrupar os fatos esparsos para se lhes verificar a correlação, reunir os documentos diversos, as instruções dadas pelos Espíritos sobre todos os pontos e sobre todos os assuntos, a fim de compará...
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De todas essas coisas resultou dupla corrente de ideias: umas se dirigindo das extremidades para o centro; as outras se encaminhando do centro para a periferia. Desse modo a Doutrina caminhou rapidamente para a unidade, apesar da diversidade das fontes de onde emanou; os sistemas diversos ruíram pouco a pouco, devido ao isolamento em que ficaram, diante do ascendente da opinião da maioria, por não encontrar repercussão simpática.
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Foi assim que os Espíritos procederam com relação ao Espiritismo, razão por que é gradativo o ensino que ministraram, pois eles não abordam as questões senão à medida que os princípios sobre os quais hajam de apoiar-se estejam suficientemente elaborados e bastante amadurecida a opinião para os assimilar.
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Resulta esse fato da inumerável multidão de Espíritos que, por vontade de Deus, se manifestaram simultaneamente, trazendo cada um o contingente de seus conhecimentos. Resultou daí que todas as partes da Doutrina, em vez de serem elaboradas sucessivamente durante vários séculos, o foram quase ao mesmo tempo, em alguns anos apenas, e que bastou reuni-las para que estruturassem um todo.
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Quis Deus que fosse assim, primeiro para que o edifício chegasse mais rapidamente ao fim; em seguida para que se pudesse, por meio da comparação, ter um controle, a bem dizer imediato e permanente, da universalidade do ensino, pois nenhuma de suas partes tem valor nem autoridade, a não ser pela sua conexão com o conjunto, devendo todas harmonizar-se, achando cada uma o devido lugar e vindo cada qual a seu tempo.
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Não confiando a um único Espírito o encargo de promulgar a Doutrina, quis Deus, também, que tanto o menor quanto o maior, tanto entre os Espíritos quanto entre os homens, trouxesse sua pedra para o edifício, a fim de estabelecer entre eles um laço de solidariedade co...
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É por isso também que a Doutrina, em cumprimento aos desígnios do Criador, não podia ser obra nem de um só Espírito nem de um só médium. Tinha que sair da coletividade dos trabalhos, comprovados uns pelos outros.
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Um último caráter da revelação espírita, a ressaltar das próprias condições em que ela se produz, é que, apoiando-se em fatos, tem que ser, e não pode deixar de ser, essencialmente progressiva, como todas as ciências de observação.
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O Espiritismo, pois, estabelece como princípio absoluto somente o que se acha evidentemente demonstrado, ou o que ressalta logicamente da observação.
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Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará.
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Do ponto de vista moral, é fora de dúvida que Deus outorgou ao homem um guia, que é a sua consciência, a dizer-lhe: “Não façais aos outros o que não gostaríeis que eles vos fizessem.”
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A moral que os Espíritos ensinam é a do Cristo, em virtude de não haver outra melhor.
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O que o ensino dos Espíritos acrescenta à moral do Cristo é o conhecimento dos princípios que regem as relações entre os mortos e os vivos, princípios que completam as noções vagas que se tinham da alma, de seu passado e de seu futuro, dando por sanção à doutrina cristã as próprias leis da natureza.
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Com o auxílio das novas luzes que o Espiritismo e os Espíritos trouxeram, o homem compreende a solidariedade que religa todos os seres; a caridade e a fraternidade se tornam uma necessidade social; ele faz por convicção o que fazia unicamente por dever, e o faz melhor.
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Ora, as manifestações, nas suas inumeráveis modalidades, são fatos que o homem estuda para lhes deduzir a lei, auxiliado nesse trabalho por Espíritos de todas as categorias que, assim, são mais colaboradores seus do que reveladores, no sentido usual do termo. Ele lhe submete os dizeres ao controle da lógica e do bom senso, beneficiando-se, dessa maneira, dos conhecimentos especiais de que os Espíritos dispõem pela posição em que se acham, mas sem abdicar do uso da própria razão.
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Os homens de gênio, que foram condutores da humanidade, vieram do mundo dos Espíritos e para lá voltaram ao deixarem a Terra.
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Considerando-se que os Espíritos podem comunicar-se com os homens, esses mesmos gênios podem dar-lhes instruções sob a forma espiritual, como o fizeram sob a forma corpórea. Podem instruir-nos depois de terem morrido, tal qual faziam quando vivos; apenas são invisíveis, ao invés de serem visíveis, sendo essa a única diferença. A experiência e o saber de que dispõem não devem ser menores do que antes e, se a palavra deles, como homens, tinha autoridade, não há razão para tê-la menos somente pelo fato de estarem no mundo dos Espíritos.
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Todavia, não são apenas os Espíritos superiores que se manifestam, mas igualmente os de todas as categorias, e era preciso que assim acontecesse para nos iniciarmos no que respeita ao verdadeiro caráter do mundo espiritual, no-lo mostrando em todas as suas faces. Daí resulta serem mais íntimas as relações entre o mundo visível e o mundo invisível, e mais evidente a conexão entre os dois.
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Todos os Espíritos, pois, seja qual for o grau de elevação em que se encontrem, nos ensinam alguma coisa; cabe, porém, a nós, visto que eles são mais ou menos esclarecidos, discernir o que há de bom ou de mau no que nos digam e tirar, do ensino que nos deem, o proveito possível.
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Deus, em sua sabedoria, não quis que assim acontecesse; quis que o ensino fosse dado pelos próprios Espíritos, e não por encarnados, a fim de que os primeiros convencessem estes últimos da sua existência, e quis que isso ocorresse por toda a Terra simultaneamente, quer para que o ensino se propagasse com maior rapidez, quer para que, coincidindo em toda parte, constituísse uma prova de verdade, tendo assim cada um o meio de convencer-se a si próprio.
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Assim como na Terra, no plano invisível também há os superiores e os vulgares; muitos deles, pois, do ponto de vista científico e filosófico, sabem menos do que certos homens; eles dizem o que sabem, nem mais, nem menos. Do mesmo modo ocorre com os homens, os Espíritos mais adiantados podem instruir-nos sobre maior quantidade de coisas, dar-nos opiniões mais judiciosas, do que os atrasados.
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Pedir conselhos aos Espíritos não é entrar em entendimento com potências sobrenaturais; é tratar com seus iguais, com aqueles mesmos a quem o homem se dirigiria neste mundo: a seus parentes, a seus amigos ou a indivíduos mais esclarecidos do que ele.