O Céu e o Inferno
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Started reading February 12, 2024
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5o) Sendo o sofrimento inerente à imperfeição, como o gozo à perfeição, a alma traz em si mesma o próprio castigo ou prêmio, onde quer que se encontre, sem necessidade de lugar circunscrito. O inferno está por toda parte em que haja almas sofredoras, como o céu se acha por toda parte onde existam almas felizes.
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6o) O bem e o mal que fazemos resultam das qualidades que possuímos. Não fazer o bem quando podemos é, portanto, o resultado de uma imperfeição. Se toda imperfeição é fonte de sofrimento, o Espírito deve sofrer não somente pelo mal que fez, como por todo o bem que poderia ter feito, mas não fez na vida terrena. 7o) O Espírito sofre pelo mal que fez, de maneira que, sendo a sua atenção constantemente dirigida para as consequências desse mal, melhor compreende os seus inconvenientes e trata de corrigir-se. 8o) Sendo infinita a Justiça de Deus, o bem e o mal são rigorosamente considerados, não ...more
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Deus, que é justo, só pune o mal quando existe, e deixa de o punir quando não existe mais.56 Ou, se quisermos, sendo o mal moral a própria causa de sofrimento, este persistirá somente enquanto aquele subsistir, ou diminuirá de intensidade à medida que o mal for desaparecendo. 14o) Como a duração do castigo depende da melhoria do Espírito, o culpado que nunca melhorasse sofreria sempre e, para ele, a pena seria eterna. 15o) Uma condição inerente à inferioridade dos Espíritos é não entreverem o termo da situação em que se acham e acreditarem que sofrerão para sempre,
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16o) O arrependimento é o primeiro passo para a regeneração, mas não é suficiente, sendo necessárias ainda a expiação e a reparação. Arrependimento, expiação e reparação são as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências. O arrependimento suaviza as dores da expiação, abrindo pela esperança o caminho da reabilitação; só a reparação, contudo, pode anular o efeito destruindo-lhe a causa. Do contrário, o perdão seria uma graça, e não uma anulação das faltas cometidas. 17o) O arrependimento pode dar-se por toda parte e em qualquer tempo; se for tardio, o ...more
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18o) Os Espíritos imperfeitos são excluídos dos mundos felizes, cuja harmonia perturbariam. Ficam nos mundos inferiores a expiarem suas faltas pelas tribulações da vida, e se depurando das imperfeições até que mereçam encarnar em mundos mais adiantados moral e fisicamente. Se
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19o) Como o Espírito tem sempre o livre-arbítrio, seu progresso por vezes é lento, e tenaz a sua obstinação no mal. Nesse estado pode persistir anos e séculos; entretanto, chega por fim um momento em que a sua teimosia se modifica pelo sofrimento e, a despeito da sua bazófia, reconhece o poder superior que o domina. Então, desde que se manifestam os primeiros clarões de arrependimento, Deus lhe faz entrever a esperança. Nenhum Espírito está condenado a não progredir, seja quando for; de outro modo, estaria fatalmente destinado à eterna inferioridade e escaparia da lei do progresso, que rege ...more
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20o) Sejam quais forem a inferioridade e a perversidade dos Espíritos, Deus jamais os abandona. Todos têm seu anjo da guarda que por eles vela, que lhes espreitam os movimentos da alma e se esforçam por suscitar-lhes bons pensamentos, desejos de progredir e de reparar em nova existência o mal que praticaram. Contudo, a interferência desse guia protetor faz-se quase sempre de maneira oculta, sem exercer qualquer pressão, pois o Espírito deve progredir por impulso da própria vontade, e não por um constrangimento qualquer. Agirá bem ou mal em virtude do seu livre-arbítrio, mas sem ser fatalmente ...more
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21o) Cada criatura só é responsável pelas próprias faltas. Ninguém sofre por erros alheios, a não ser que os tenha gerado, quer provocando-os pelo exemplo, quer não os impedindo quando poderia fazê-lo.
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22o) Embora a diversidade de punições seja infinita, existem algumas que são inerentes à inferioridade dos Espíritos, e cujas consequências, salvo pormenores, são mais ou menos idênticas. A punição mais imediata, sobretudo aos que se acham apegados à vida material com prejuízo do progresso espiritual, consiste na lentidão do desprendimento da alma, nas angústias que acompanham a morte e o despertar na outra vida e na consequente perturbação que pode estender-se por meses e anos. Naqueles, ao contrário, que têm pura a consciência, e que desde a vida material já se haviam identificado com a vida ...more
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23o) Um fenômeno muito frequente entre os Espíritos de certa inferioridade moral consiste em se acreditarem ainda vivos, podendo esta ilusão se prolongar por muitos anos, durante os quais eles experimentarão todas as necessidades, todos os tormentos e todas as perplexidades da vida.
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