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o batismo
A morte é cercada de cerimônias lúgubres, que mais infundem terror do que provocam a esperança. Se descrevem a morte, é sempre com aspecto repelente e nunca como sono de transição; todos os seus emblemas lembram a destruição do corpo, mostrando-o hediondo e descarnado; nenhum simboliza a alma se desembaraçando radiosa dos grilhões terrenos.
A Doutrina Espírita modifica completamente a maneira de encarar o futuro.
A vida futura deixa de ser uma hipótese para ser realidade. O estado das almas depois da morte não é mais um sistema, porém o resultado da observação.
Já não é apenas a esperança que os conforta, mas a certeza; sabem que a vida futura é a continuação da vida presente em melhores condições e aguardam-na com a mesma confiança com que aguardariam o nascer do Sol após uma noite de tempestade.
Para os espíritas, a alma não é mais uma abstração; tem um corpo etéreo, que dela faz um ser definido, capaz de ser concebido pelo pensamento, o que já é muito para fixar as ideias sobre a sua individualidade, aptidões e percepções.
o temor da morte perde a sua razão de ser, por não ser mais permitida qualquer dúvida sobre o futuro, de modo que o espírita encara a sua aproximação a sangue-frio, como quem aguarda a libertação pela porta da vida e não do nada.
Em geral, a palavra céu designa o espaço indefinido que circunda a Terra,
A teologia cristã reconhece três céus: o primeiro é o da região do ar e das nuvens; o segundo, o Espaço em que se movem os astros; o terceiro, para além deste, é a morada do Altíssimo,
é lícito perguntar-se por que Deus faria da Terra a única sede da vida e nela houvesse relegado as suas criaturas prediletas? Tudo, ao contrário, anuncia a vida por toda parte e a humanidade é infinita como o universo.
mundos semelhantes aos nossos, Deus não podia tê-los criado sem objetivo, antes deve tê-los povoado de seres capazes de os governar.
O homem compõe-se de corpo e Espírito; o Espírito é o ser principal, racional, inteligente; o corpo é o envoltório material que reveste o Espírito temporariamente, para o cumprimento de sua missão na Terra e a execução do trabalho necessário ao seu adiantamento. O corpo, gasto, se destrói e o Espírito sobrevive à sua destruição. Sem o Espírito, o corpo não passa de matéria inerte, qual instrumento privado da mola que o faz agir; sem o corpo, o Espírito é tudo: a vida, a inteligência. Ao deixar o corpo, retorna ao mundo espiritual, de onde havia saído para reencarnar. Existem, portanto, dois
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Os Espíritos são criados simples e ignorantes, mas dotados de aptidão para tudo conhecerem e progredirem, em virtude do seu livre-arbítrio.
O mundo espiritual tem esplendores por toda parte, harmonias e sensações que os Espíritos inferiores, ainda submetidos à influência da matéria, nem sequer entreveem, e que somente são acessíveis aos Espíritos depurados.
O progresso nos Espíritos é fruto do seu próprio trabalho; mas, como são livres, trabalham pelo seu próprio adiantamento com maior ou menor atividade, com mais ou menos negligência, segundo a vontade deles; desse modo, aceleram ou retardam o progresso e, por conseguinte, a própria felicidade.
todo Espírito que se atrasa não pode queixar-se senão de si mesmo, assim como o que se adianta tem o mérito exclusivo do seu esforço, dando por isso maior apreço à felicidade conquistada.
A suprema felicidade só é partilhada pelos Espíritos perfeitos, ou, por outra, pelos Espíritos puros, que só a conseguem depois de terem progredido em inteligência e moralidade.
O progresso intelectual e o progresso moral raramente marcham juntos, mas o que o Espírito não consegue em dado tempo, alcança em outro, de sorte que os dois progressos acabam por atingir o mesmo nível. É por isso que se veem muitas vezes homens in...
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A encarnação é necessária ao duplo progresso moral e intelectual do Espírito: ao progresso intelectual pela atividade obrigatória do trabalho; ao progresso moral pela...
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tudo o que constitui o homem de bem ou o homem perverso tem por móvel, por alvo e por estímulo as relações do homem com os seus semelhantes.
Para o homem que vivesse isolado não haveria vícios nem virtudes. Se, pelo isolamento, ele se preserva do mal, por outro lado o bem se anularia.
Uma só existência corpórea é claramente insuficiente para que o Espírito possa adquirir todo o bem que lhe falta e de se des...
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Para cada nova existência, o Espírito traz consigo o que adquiriu nas anteriores, em aptidões, conhecimentos intuitivos, inteligência e moralidade. Cada existência é assim um passo adiante no caminho do progresso.
A encarnação é inerente à inferioridade dos Espíritos. Deixa de ser necessária quando estes, transpondo-lhe os limites, progrediram no estado espiritual, ou nas existências corpóreas de mundos superiores, que nada mais têm da materialidade terrena. Da parte destes a encarnação é voluntária, tendo por fim exercer sobre os encarnados uma ação mais direta para o cumprimento da missão de que estão encarregados junto a eles. Nesse caso, é por devotamento que aceitam as vicissitudes e os sofrimentos que tais encarnações acarretam.
No intervalo das existências corpóreas o Espírito torna a entrar no mundo espiritual por um tempo mais ou menos longo, onde é feliz ou infeliz conforme o bem ou o mal que haja feito.
O estado espiritual é o estado normal do Espírito; é o seu estado definitivo; o corpo espiritual não morre. O estado co...
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É no estado espiritual sobretudo que o Espírito colhe os frutos do progresso realizado pelo seu trabalho na encarnação; é também nesse estado que se prepara para novas lutas e toma as resoluções que se esf...
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O Espírito também progride na erraticidade,6 adquirindo conhecimentos especiais que não poderia obter na Terr...
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O estado corpóreo e o estado espiritual constituem a fonte de dois gêneros de progresso, solidários entre si, pelos quais o Espírito tem de passar alternadamente, nas existências peculiar...
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A reencarnação pode ocorrer na Terra ou em...
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Há entre os mundos alguns mais adiantados do que outros, onde a existência se exerce em condições menos penosas que na Terra, física e moralmente, mas onde só são admitidos Espíritos chegados a u...
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A vida nos mundos superiores já é uma recompensa, visto nos acharmos isentos, aí, dos males e vicissitudes de que somos vítimas na Terra. Os corpos, menos materiais, quase fluídicos, não mais estão sujeitos às moléstias, à...
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Em tais mundos reina a verdadeira fraternidade, porque não há egoísmo; a verdadeira igualdade, porque não há orgulho; e a verdadeira liberdade por não haver desordens a reprimir, nem ambiciosos que procurem oprimir o fraco. Comparados à Terra, esses mundos são verdadeiros paraísos; são etapas no caminho do progresso que conduzem ao estado definitivo.
Sendo a Terra um mundo inferior destinado à depuração dos Espíritos imperfeitos, fica patente a razão do mal que aí predomina, até que praza a Deus fazer dela morada de Espíritos mais adiantados.
A suprema felicidade consiste no gozo de todos os esplendores da Criação, que nenhuma linguagem humana poderia descrever, que a imaginação mais fecunda não seria capaz de conceber. Consiste também no conhecimento e na penetração de todas as coisas, na ausência de sofrimentos físicos e morais, numa satisfação íntima, numa imperturbável serenidade de alma, no amor puro que envolve todos os seres, por causa da ausência de atrito devido ao contato dos maus e, acima de tudo, na contemplação de Deus e na compreensão dos seus mistérios revelados aos mais dignos. A felicidade também existe nas tarefas
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Os Espíritos puros são os messias ou mensageiros de Deus para a transmissão e execução das suas vontades. Executam as grandes missões, presidem à formação dos mundos e à harmonia geral do universo, tarefa gloriosa a que não se chega senão pela perfeição.
Os da ordem mais elevada são os únicos a possuírem os segredos de Deus, inspirando-se no seu pensamento, de qu...
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As atribuições dos Espíritos são proporcionais ao seu progresso, às luzes que possuem, às suas capacidades, experiência e grau de conf...
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tudo é medido e pesado na balança da es...
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As missões mais importantes são confiadas àqueles que Deus julga capazes de as cumprir e incapazes de...
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Ao lado das grandes missões confiadas aos Espíritos superiores, há outras de importância relativa em todos os graus, concedidas a Espíritos de todas as categorias, o que nos leva a afirmar que cada encarnado tem a sua, isto é, deveres a cumprir a bem dos seus semelhantes, desde o pai de família, a quem incumbe o progresso dos filhos, até o homem de gênio que lança na sociedade novos elementos de progresso.
Existe atividade em toda parte, desde a base até o ápice da escala, onde todos se instruem, auxiliam-se mutuamente e se dão as mãos para alcançarem o ponto culminante.
A felicidade depende das qualidades próprias dos indivíduos, e não do estado material do meio em que se encontram;
a felicidade não é pessoal. Se a possuíssemos somente em nós mesmos e não pudéssemos partilhá-la com os outros, ela seria egoísta e triste. Também a encontramos na comunhão de pensamentos que une os seres simpáticos.
A Terra ainda faz parte dos mundos atrasados.
Nessa imensidade sem limites, onde está o céu? Em toda parte. Nada o cerca nem lhe traça limites. Os mundos felizes são as últimas estações do caminho que a ele conduz, cujo acesso as virtudes franqueiam e os vícios interditam.
por que Deus não lhes revelou desde o princípio toda a verdade? Pela mesma razão por que não se ensina à infância o que se ensina aos de idade madura.