“Diga a verdade”, repetiu. Ele sentia como se estivesse se debatendo contra algo fisicamente duro; ela permaneceu inabalável. Era como se fosse de ferro, de sílex, rígida até a espinha. E quando ela disse, “Não vale a pena. Não vale a pena. Acabou” − depois de ele ter falado durante horas, pelo menos assim lhe pareceu, com as lágrimas escorrendo pelo rosto −, foi como se tivesse sido golpeado no rosto. Ela se virou e o deixou e foi embora. “Clarissa!”, gritou ainda. “Clarissa!” Mas ela nunca mais voltou. Havia acabado. Ele partiu naquela mesma noite. E nunca mais a reviu.

