Desprendera-se da Terra a pontapés. Diabo de homem! Chutara a própria Terra, desfazendo-a em pedaços. Agora ele estava só, e, diante dele, eu não sabia se permanecia no chão ou flutuava no ar. Tenho narrado a vocês o que falamos… repetindo as frases que pronunciamos… mas para quê? Eram palavras comuns, corriqueiras – os sons vagos e familiares que emitimos ao despertar cada manhã. Mas e daí? É que para mim elas continham também a fabulosa sugestividade de palavras ouvidas em sonhos, de frases faladas em pesadelos. Alma! Se alguém alguma vez lutou com uma alma, esse alguém sou eu.
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