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Kindle Notes & Highlights
by
Luc Ferry
Read between
November 2 - November 30, 2022
“não existem fatos, apenas interpretações”:
é no seio deste mundo, permanecendo nesta terra e nesta vida, que é preciso aprender a distinguir o que vale ser vivido e o que merece perecer. É aqui e agora que se deve saber separar as formas de vida frustradas, medíocres, reativas e enfraquecidas, das formas de vida intensas, grandiosas, corajosas e ricas em diversidade.
os dois males que estragam nossa existência são a nostalgia de um passado que não existe mais e a espera de um futuro que ainda não existe;
com isso, em nome desses dois nadas, perdemos a vida tal como é, a única realidade que vale porque é a única verdadeiramente real: a do instante que deveríamos aprender a amar tal como ele é.
não importando a maneira como se mostrasse o cubo em questão, não veríamos nunca mais que três faces ao mesmo tempo, embora ele tivesse seis.
todo visível (no caso, o visível é simbolizado pelas três faces expostas do cubo) se apresenta sempre sobre um fundo de invisível (as três faces escondidas). Em outras palavras, toda presença supõe uma ausência, toda imanência, uma transcendência escondida, toda doação de objeto, alguma coisa que se tira.
nunca se ama a pessoa, mas somente qualidades.
todos tendemos a nos prender às particularidades, às qualidades “exteriores” dos seres que pretendemos amar: beleza, força, humor, inteligência etc., que de imediato nos seduzem. Mas, como esses atributos são por demais perecíveis,
um dia o amor acaba, dando lugar ao cansaço e ao tédio.
só a singularidade, que ultrapassa ao mesmo tempo o particular e o universal, pode ser objeto de amor.
Acho o dispositivo cristão infinitamente mais tentador... a não ser por um único detalhe: não acredito.
peso do passado e do futuro estraga o gosto do presente