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— E enquanto isso, eu fui me apaixonando por você — ele continuou, mais baixo dessa vez. — Pela pessoa verdadeira que você é, o que vai contra o que eu fiz desde que a fama começou a ser uma parte de mim. Pela jogadora impecável que você é em campo, porque ainda acho que você deveria melhorar na parte estratégica da equipe, mas podemos conversar sobre isso em outro momento.
— Pelo seu sorriso — Daniel suspirou. — Pela sua voz, pela sua sinceridade, pelo seu toque. Pela sua dificuldade irritante de se manter calma, também. Porque seria estranho se eu só amasse as suas qualidades. Aí eu percebi que você estava me entregando tudo isso como se eu merecesse sequer fazer parte da sua vida, e que eu precisava tentar ser a melhor pessoa da sua vida pra compensar o quanto você é. Porra, Mariana, você é tanto. Quantas pessoas desistiriam da Itália por alguém?
— Quem é que chama um cachorro de Nicolas, Mariana?! — É um nome lindo! — Pra pessoas!
Daniel finalmente sentiu que tudo ficaria bem.
— Em segundo, a responsabilidade de namorar um cara bonito é muito grande. Tipo, muito bonito. Aposto que se tivesse uma lista de figuras do futebol mais bonitas, você estaria em primeiro lugar. Não sei se consigo lidar com esse compromisso. — Essa lista existe, na real. A Cosmopolitan fez no final do semestre passado. — Puta merda, e você tá nela? — Obviamente — ele sorriu, convencido. — Se você estiver no primeiro lugar, Daniel, eu juro que vou te socar. — Nah, me colocaram no segundo. — Puta diferença! — Mariana socou o seu ombro ao vê-lo rir. — Quem ficou na sua frente? — Gerard Piqué. — O
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— Para de ser legal, é irritante
Daniel havia dito para Lúcia que não havia nada melhor do que estar ao lado de Mariana, mas havia, sim. Vê-la e fazê-la feliz superava qualquer outra sensação na qual poderia pensar.
Mariana ergueu uma sobrancelha quando Daniel se afastou em um passo. E arregalou os olhos quando ele tirou algo do bolso. E precisou cobrir a boca com a mão para abafar um palavrão quando, por fim, ele se ajoelhou.
Há uma linha tênue entre ser feliz e estar feliz.
Quando Daniel William Xavier fez aquela pergunta para Mariana Dias na cozinha do apartamento que dividiriam pelos próximos anos — ou até que outro time a convocasse —, ele soube que poderia ter tido a honra de fazer as duas coisas simultaneamente. — Mariana Dias, você aceitaria se casar comigo? Ambos sabiam que seria para sempre.
— Oi. — O ruivo limpou a garganta ao se aproximar, comprimindo os lábios. — Eu trouxe o meu gato. — Imaginei, seria estranho se você pedisse uma consulta estando sozinho
— Diz o que eu sou outra vez — ele pediu, segurando o rosto dela entre as duas mãos. — Bonito? — Também. Mas não, a outra coisa. — Meu noivo? — Isso — o loiro suspirou, selando os seus lábios. — É igualmente incrível estar com você, il mio sogno inspiegabile. Ela sorriu ao ouvir as palavras em italiano. Sim, aquela era a sensação de estar em casa. Meu sonho inexplicável.