Existir ou não existir (na rede)
Faz exatamente 96 dias que excluí meu perfil pessoal no facebook, deixando apenas uma fanpage capenga com atualizações eventuais, assim como o blog. No twitter, decidi não seguir ninguém (nem minha esposa, nem meu melhor amigo, nem a the new yorker ou a empresa onde trabalho). No instagram, uma censura idiota me fez perder o interesse pela rede (quem não estiver ciente de minha relação com a censura, aqui vai um artigo que escrevi originalmente para a Carta Potiguar, e que depois republiquei na revista Sexus). Além dessas, ainda mantenho uma conta no filmow (principalmente para pegar recomendações de filmes e seguir algumas listas), e outra no goodreads, que quase sempre esqueço existir. No skoob, há uma página que não controlo. E no google+, um perfil que a bem da verdade nem sei como foi parar lá.
Em síntese, nas redes sociais das quais participo, participo de forma unilateral, e no blog, não permito comentários nas postagens. Atualmente uso as redes quase que exclusivamente para divulgar minhas publicações (no blog, na obvious ou onde quer que seja) ou entrar em contato com meus parcos leitores que vez por outra me mandam mensagens encorajadoras.
Apesar do que esse comportamento e atitudes podem sugerir, não sou uma pessoa antissocial, como qualquer um que me conheça pessoalmente poderá atestar com segurança. Claro que tenho um temperamento voltado para a introspecção (sou escritor, pelamordedeus!), mas estou longe de ser um misantropo. Portanto, não estranhe se você por acaso me encontrar rindo à toa e falando pelos cotovelos na casa de algum amigo em comum.
E também é verdade que adoro escrever emails, apesar de nos últimos meses ter escrito pouco mais que nada.
Confesso, entretanto, que sou tentado diariamente por uma vontade de sumir, em absoluto, de toda e qualquer rede social da qual ainda participe, mesmo que de forma unilateral. A única coisa que me impede é essa crença ingênua criada por um mix de vaidade e senso comum de que na rede poderei divulgar melhor o meu trabalho. Não sei até quando isso vai durar, já que percebi, com a publicação de Kabal, que no frigir dos ovos essa minha presença nas redes não faz muita diferença: a maioria dos meus leitores são aleatórios, caem de paraquedas nos meus livros sabe-se lá por que motivo, e só depois é que vão lá com seu like, seu follow.
Pós-escrito: Todo esse desabafo me remete, agora, à declaração de um escritor brasileiro de que Rubem Fonseca, hoje, não seria publicado (pelo menos não por uma editora comercial). Talvez ele tenha razão, afinal, ou talvez o Rubem fosse sim publicado, mas seus livros pouco seriam lidos.
Em síntese, nas redes sociais das quais participo, participo de forma unilateral, e no blog, não permito comentários nas postagens. Atualmente uso as redes quase que exclusivamente para divulgar minhas publicações (no blog, na obvious ou onde quer que seja) ou entrar em contato com meus parcos leitores que vez por outra me mandam mensagens encorajadoras.
Apesar do que esse comportamento e atitudes podem sugerir, não sou uma pessoa antissocial, como qualquer um que me conheça pessoalmente poderá atestar com segurança. Claro que tenho um temperamento voltado para a introspecção (sou escritor, pelamordedeus!), mas estou longe de ser um misantropo. Portanto, não estranhe se você por acaso me encontrar rindo à toa e falando pelos cotovelos na casa de algum amigo em comum.
E também é verdade que adoro escrever emails, apesar de nos últimos meses ter escrito pouco mais que nada.
Confesso, entretanto, que sou tentado diariamente por uma vontade de sumir, em absoluto, de toda e qualquer rede social da qual ainda participe, mesmo que de forma unilateral. A única coisa que me impede é essa crença ingênua criada por um mix de vaidade e senso comum de que na rede poderei divulgar melhor o meu trabalho. Não sei até quando isso vai durar, já que percebi, com a publicação de Kabal, que no frigir dos ovos essa minha presença nas redes não faz muita diferença: a maioria dos meus leitores são aleatórios, caem de paraquedas nos meus livros sabe-se lá por que motivo, e só depois é que vão lá com seu like, seu follow.
Pós-escrito: Todo esse desabafo me remete, agora, à declaração de um escritor brasileiro de que Rubem Fonseca, hoje, não seria publicado (pelo menos não por uma editora comercial). Talvez ele tenha razão, afinal, ou talvez o Rubem fosse sim publicado, mas seus livros pouco seriam lidos.
Published on January 20, 2016 07:33
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