Netflix trai a confiança de todos nós fazendo filme do Adam Sandler

Você imaginaria que pelo menos a empresa que ganha dinheiro com os abortos cinematográficos do Adam Sandler gosta do cara, mas uma das muitas coisas que descobrimos com aquele hack da Sony no ano passado é que nem eles entendem o apelo do “comediante”. Veja bem: os caras ganham dinheiro diretamente com o sujeito, e nem eles conseguem dar um bom motivo pra continuarem contratando o ator.


Isso é como você ter um amigo que te convida semanalmente pra orgias com coelhinhas da Playboy, e ainda assim você sinceramente não consegue entender por que é amigo do cara. Ou seja — imagine o tipo de personalidade pútrida que o sujeito deve ter.


Pois bem, contrariando qualquer lógica e provando que não existe um deus neste universo, o Netflix resolveu fazer um filme com o Adam Sandler. Aí está a merda:



Enquanto você assiste esta bosta, lembre-se que há pelo menos uns 15 anos o Sandler não faz um bom filme, mas que a despeito disso ele ganhará 15 milhões de dólares por essa porcaria. E não apenas isso, mas há outros 3 filmes agendados com o serviço de streaming, ou seja — O Adam Sandler, que se ganhasse 100 reais pra fazer stand up já estaria sendo bem pago, é agora 60 milhões de dólares mais rico que você.


E eu já sei que você você vai falar: tu fez a conta dos tais 15 anos, viu que Click saiu mais recentemente que isso, e dirá “mas Izzy, e Click? Click é um filme bom!” Isso serve apenas pra mostrar o quão pouco esperamos do Sandler após sua saída do SNL (nem naquela época ele era particularmente engraçado, diga-se de passagem): Click é um filme medíocre com 6.4 no IMDb e 32% no Rotten Tomatoes, mas comparado à filmografia do Adam Sandler, Click é como se O Poderoso Chefão e Um Sonho de Liberdade tivessem um filho juntos, dirigido pelo Paul Tomas Anderson.


Click é como encontrar uma moeda de 50 centavos no meio de um tolete — sim, está coberto de bosta, e mesmo que não estivesse é de pouco valor, mas considerando o contexo em que ele está inserido, é até memorável.


Se há alguma vantagem nessa parceria do Sandler com o Netflix é que ao menos nós não estaremos dando o NOSSO dinheiro pra ele, ao menos não diretamente. Há uma certa ironia no fato de que os próximos filmes do Sandler não venderão um ingresso sequer, sendo pagos inteiramente pelos mesmos executivos que deram luz a filmografia do ator.


É como se os caras que trouxeram a carreira do sujeito à vida estão finalmente pagando o preço pelo que criaram.


Uma pensão alimentícia cinematográfica. Menos mal.


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Published on October 28, 2015 11:28
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Izzy Nobre
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