“Perdido em Marte” ignora parceria com russos

Perdido-em-Marte-29-07-640x286


 


É o enésimo filme que retrata a exploração de astronautas americanos em Marte.


Diferentemente dos outros, como Planeta Vermelho, Perdido em Marte faz um sucesso estrondoso no mundo todo.


Porque é sensacional.


Mas os russos, aliados há décadas dos americanos na conquista espacial e donos dos foguetes e naves que ligam a Estação Espacial Internacional à Terra, sumiram da trama.


As tensões entre o regime de Putin e o aliado espacial e cliente se estendem pela Ucrânia e Síria.


Obama quer destituir o ditador Bashar al-Assad, aliado dos russos, e entrega armas a uma oposição contestável: “A estratégia da Rússia não faz diferenças entre o Estado Islâmico e a oposição sunita moderada que quer a saída de Assad. Da perspectiva deles, eles são todos terroristas. E isso é uma receita para o desastre.”


Putin responsabiliza os americanos pela guerra civil, quer entrar no país com tropas, onde tem uma base militar na região, começa a bombardear posições e mira seus ataques a bases do Estado islâmico, apesar de atingir indiretamente grupos rebeldes como Exército Livre Sírio (ELS) e Exército do Fatahs, que os americanos apoiam.


No filme, o resgate ao astronauta solitário em Marte só é possível com a ajuda dos… chineses.


Chineses?!


Dirigido por Ridley Scott [baseado no livro homônimo de Andy Weir, que já está em destaque nas livrarias], é diferente das tentativas anteriores de retratar uma possível rotina em Marte.


É bem-humorado. É sobre amizade. Sobre persistência.


O astronauta Mark Watney [Matt Damon], dado como morto e deixado para trás, depois da missão abortada por uma violenta tempestade de poeira, não se faz de vítima, não culpa ninguém.


Sua nova missão: sobreviver até o resgate em mais de um ano com o que sabe de ciência, botânica e com os apetrechos que ficaram para trás.


E na NASA todos se unem para trazer nosso “rapaz” para casa.


Só o chefe [Jeff Daniels], como todo chefe, é a voz da razão e cria resistências em nome do futuro do projeto.


Os russos ficam de foram dessa vez.


Seu foguete, Progress M27, que abastece a Estação Espacial, não sai da plataforma de lançamento em Baikonur, no Cazaquistão.


Os chineses quem dão uma mãozinha.


#putinmagoado

 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on October 05, 2015 08:27
No comments have been added yet.


Marcelo Rubens Paiva's Blog

Marcelo Rubens Paiva
Marcelo Rubens Paiva isn't a Goodreads Author (yet), but they do have a blog, so here are some recent posts imported from their feed.
Follow Marcelo Rubens Paiva's blog with rss.