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[ Pergunta do Dia ] Você já experimentou um “bug na Matrix”?

Matrix foi um filme legal pra caralho. Lembram desta cena?



http://www.youtube.com/watch?v=z_KmNZNT5xw



Essa cena imortalizou um conceito na cabeça da molecada — quando você vê algo inexplicável ou fora da ordem natural das coisas (como um deja vu usado como exemplo), isso significa um glitch na simulação em que vivemos (causada, neste caso, porque os Agentes alteraram a Matrix pra foder com os “heróis”). Uso “heróis” entre aspas porque quero faz tempo escrever um artigo falando sobre protagonistas que o filme enquadra como heróis, mas não estão na realidade ajudando porra nenhuma. Me cobrem isso, porque eu estou com essa idéia desde 2009 e até agora não escrevi UMA LINHA SEQUER.


Pois bem, a idéia do bug na Matrix é perene nos círculos nerds, e rendeu até este subreddit. E eu tenho certeza que vocês já experimentaram seus próprios bugs.


Hoje contarei a história do meu mais recente.


Estava eu no trabalho indo ver um paciente num quarto em isolamento. Não sei se a terminologia usada no cenário médico brasileiro é este, mas aqui é assim que chamamos pacientes infectados com MRSA, VRE, tuberculose, catapora, entre outros.


E isolamento é um saco porque, além de significar um risco extra pra gente, torna o processo de visitar um paciente mais complicado. Tenho que tirar o jaleco, lavar as mãos, colocar uma bata por cima do pijama cirúrgico, pôr uma máscara, luvas, um protetor facial, separar alguns poucos instrumentos pra entrar no quarto do indivíduo (por via de regra tudo que entra num quarto em isolamento deveria ficar lá, então tentamos limitar o que entra)… No final desse processo todo eu fico assim:


ppe


Pois bem. Nestes dias eu fui ver um paciente em isolamento, e enquanto fazia todo esse procedimento descrito acima e escaneava o ambiente, vi uma enfermeira entrando no quarto vizinho…


…E menos de 2 segundos depois, ela saia de um quarto do outro lado do corredor, a PELO MENOS uns 40-50 metros de distância. Nesse exato instante eu parei no meio da tarefa de põr as luvas e fiquei lá, com a luva semi-penetrada pela mão esquerda, boquiaberto, como se eu fosse um filme e alguém tivesse me dado pause. Olhei pra um quarto, e depois pro outro, não conseguindo entender a parada.


Foi uma sensação tão surreal que eu duvidei meus próprios olhos. Pra mulher ter percorrido aquela distância, ela teria que correr desesperadamente e ter acesso aos laboratórios da Aperture Sciences, já que não há conexões entre os quartos.


Peraí, eu pensei, e tive que resistir a tentação de coçar a cabeça porque já estava de luvas. Eu a vi mesmo entrando aqui do lado…? Eu “sei” que eu vi, mas devo estar enganado. Como ela poderia ter saído LÁ DO OUTRO LADO, CARALHO?! Em dois segundos?!?!


Olhei pro meu pager, me sentindo confuso e já esquecendo até o que diabos eu estava fazendo ali. O plantão tinha começado apenas a umas 3 ou 4 horas; eu não podia estar tão cansado assim que começava a não compreender mais o mundo ao meu redor. Tô ficando louco…? O QUE DIABOS?!


E logo em seguida a mesma enfermeira, que estava sentada a uma mesa olhando uns papéis, sai de novo daquele primeiro quarto. E aí eu entendi.


Eram gêmeas. E, pelo jeito, devem se divertir confundindo pacientes e colegas de trabalho, porque elas se vestem EXATAMENTE IGUAL, e inclusive prendendo o cabelo da mesma maneira. A segunda irmã foi perguntar algo pra primeira, e nisso ela olhou de soslaio pra mim. Eu devia ainda estar com um semblante de confusão ou incredulidade — ou talvez esboçando aquele “ahhh…” de alguém que finalmente entende um problema complicado de matemática — porque ao olhar pra mim ela sorriu, provavelmente entendendo por que eu estava questionando minha sanidade.


Ou de repente ela até pensou “hahahaha, deixamos mais um louco!”


Você já experimentou algum “bug na Matrix” desse jeito? O meu teve explicação no final, mas por uns 3 ou 4 segundos eu tive plena convicção de que nosso mundo é uma realidade virtual controlada por máquinas que podem ou não ser os vilões da história. Juro que vou escrever aquele post lá.


Conte aí suas experiências de má interpretação da realidade física que nos rodeia, quer a confusão tenha sido solucionada depois ou não.


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Published on January 27, 2014 03:00
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Izzy Nobre
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